Por Folha
Nem mesmo os grandes bancos privados do país escaparam da recessão econômica. Aumento das despesas contra calotes de grandes empresas, inadimplência em alta e redução nas carteiras de crédito minaram os lucros de Itaú, Bradesco e Santander.
Nesta terça (3), o Itaú anunciou tombo de 9,9% em seu lucro líquido recorrente quando comparado com igual período de 2015. O impacto maior veio do aumento de custos com provisões para devedores duvidosos (veja quadro acima).
Marcelo Kopel, diretor de relações com o investidor do banco, afirmou que o reforço nas reservas é para grandes empresas, inclusive no setor de óleo e gás. Ele disse ainda que a medida “tem caráter antecipatório” e não está relacionada a um único grupo.
Na semana passada, o Bradesco disse ter separado R$ 836 milhões para proteção contra calote de uma única empresa do setor de óleo e gás, que, segundo a Folha apurou, é a Sete Brasil.
O lucro líquido do Bradesco encolheu 3,8%, enquanto o do Santander avançou 1,7%.
O aumento das provisões é uma das frentes de proteção dos bancos contra a inadimplência, que sobre trimestre a trimestre.
As instituições também estão tomando a iniciativa na renegociação com grandes empresas, que concentram hoje o maior risco.
“A situação é mais drástica na pessoa jurídica, que é maior e mais sensível. Todo mundo sabe que a renda caiu e o desemprego em alta. Para pessoa física, isso está na conta”, diz Salles.
“Com o aumento das recuperações judiciais, o que os bancos têm tentado fazer é renegociar”, diz Luis Miguel Santacreu, da Austin Ratings.
Ao detalhar resultados do Bradesco na semana passada, Luiz Carlos Angelotti, diretor gerente e de relações com investidores, afirmou que o banco tem feito renegociações com clientes em que se percebe expectativa de recuperação do crédito, “visando proteger o cliente”.
A outra forma de limitar a alta nos calotes é restringir empréstimos de maior risco, sem garantia.
As carteiras encolheram neste primeiro trimestre, mas cresceram para pessoa física nas linhas de consignado e imobiliário.
“Os bancos estão se voltando para essas vertentes de crédito para evitar uma queda mais expressiva em suas carteiras, tudo por causa das garantias”, afirma João Augusto Salles, economista e analista de bancos da Lopes Filho Consultoria.
E pq não informa quanto é o lucro liquido dos bancos???? Que mesmo com esse "retrocesso" ou "tombo" que a reportagem fala não deve ser pequeno.
Banco é foda. Em um ano lucra 100bi e no seguinte lucra 97bi. Aí apresenta como resultado negativo (nossos lucros caíram 3%). Vão pra uma merda, que quem sente crise é o povo. Os bancos ajudam a fuder o povo na crise.
Nossa, vou fazer uma campanha de doação pra esses pobres coitados.