Os advogados do ex-presidente da holding Odebrecht S.A Marcelo Odebrecht desistiram do depoimento da ex-presidente Dilma Rousseff como testemunha de defesa em uma das ações que o empresário responde no âmbito da Operação Lava Jato.
O depoimento estava marcado para 24 de março, e a defesa informou à Justiça Federal sobre a desistência na sexta-feira (17).
Dilma Rousseff iria depor, por meio de videoconferência com Porto Alegre, no processo que surgiu a partir da 35ª fase da Lava Jato, que apurou a relação entre o Grupo Odebrecht e o ex-ministro Antonio Palocci.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), há evidências de que o Palocci e o ex-assessor dele receberam propina para atuar em favor da empreiteira, entre 2006 e o final de 2013, interferindo em decisões tomadas pelo governo federal.
O ex-ministro também teria participado de conversas sobre a compra de um terreno para a sede do Instituto Lula, que foi feita pela Odebrecht.
Marcelo Odebrecht responde pelos crimes de corrupção ativa e de lavagem de dinheiro. Além de Palocci, 14 pessoas são rés neste processo.
A defesa de Marcelo Odebrecht também dispensou a oitiva de Roberto Prisco Paraíso Ramos, ex-presidente da Odebrecht Óleo e Gás. Ramos também foi alvo da Operação Lava Jato e teve a prisão temporária decretada na 26ª fase.
Na ocasião, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) afirmaram que a empresa tinha um setor dedicado ao pagamento de propina a funcionários públicos e agentes políticos chamado “Setor de Operações Estruturadas”.
G1
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