Após o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, dispensar uma das testemunhas de acusação do julgamento do impeachment de Dilma Rousseff, senadores aliados do presidente em exercício Michel Temer afirmaram que irão contra-atacar para derrubar depoentes que falarão em defesa da petista.
De acordo com a senadora Simone Tebet (PMDB-ES), do mesmo partido de Temer, os apoiadores do impeachment pedirão a derrubada de duas testemunhas de defesa da petista: do ex-ministro Nelson Barbosa e de outro nome escolhido pela equipe da presidente afastada, que a parlamentar optou por não revelar.
Ela usou os argumentos utilizados por Lewandowski para rebaixar o procurador Júlio Marcelo de Oliveira da condição de testemunha para a de informante – o que derruba a obrigatoriedade de se dizer a verdade no depoimento. Ele foi declarado suspeito devido à sua influência dentro do Tribunal de Contas da União, do qual é funcionário, em promover e apoiar manifestações para convencer ministros a reprovarem as contas de Dilma de 2014.
No total, a defesa de Dilma conta com cinco testemunhas, além do ex-ministro: o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo; o consultor jurídico Geraldo Luiz Mascarenhas Prado; a ex-secretária de Orçamento Federal Esther Dweck; o ex-secretário executivo do Ministério da Educação Luiz Cláudio Costa; e o advogado Ricardo Lodi. A acusação, por sua vez, apenas com uma, após a queda de Oliveira: Antônio Carlos Costa D’Ávila Carvalho Junior, auditor federal de Controle Externo do TCU.
IG
Aqui vale a dura sentença do Apóstolo Paulo:”eles aprisionam a verdade na injustiça. É o que atrai a ira de Deus”(Romanos 1,18). Os golpistas levarão na testa, pela vida afora, o sinal de Caim que assassinou seu irmão Abel. Eles assassinaram a democracia. Sua memória será maldita pelo crime que cometeram. E a ira divina pesará sobre eles.
Leonardo Boff é ex-professor de Ética da UERJ e escritor.
Esse julgamento tá igual circo ruim, só tem palhaços no picadeiro.
Pega fogo cabaré.