Por Interino
A aluna Isis Karine, do cursinho da UFRN, relatou em seu facebook que foi vítima de um homem, que, segundo o depoimento da aluna, estava no banheiro feminino e tirando fotos suas com um celular. Veja a publicação na íntegra abaixo:
“Leiam, por favor!
Não gosto de compartilhar minha vida no face, mas… Depois de muito refletir, cheguei à conclusão de que se faz necessário contar o que aconteceu comigo hoje para que sirva de alerta principalmente a nós mulheres e que não nos calemos diante dos abusos e injustiças desse mundo cheio de covardia. Sou aluna do cursinho da UFRN e hoje no intervalo das aulas fui ao banheiro com duas amigas, estávamos conversando há um bom tempo lá e não parecia ter ninguém pois estava muito silêncio, mas a última porta do compartimento do banheiro estava fechada, pedi para as minhas amigas me esperarem e decidi ir ao banheiro que tinha papel, que por sinal era ao lado do banheiro que estava trancado. Quando estava fazendo xixi, vi um celular tirando fotos minha de cima e gritei muito alto para uma das minhas amigas “Ândria, tem alguém tirando foto minha” e saí rápido e assustada, quando gritei vieram duas meninas que viram junto com as minhas amigas a pessoa tirando o celular de cima, então uma colega de sala minha subiu no vazo para olhar o outro banheiro e viu que era um homem, enquanto isso minha amiga Brenda ficou batendo na porta para o homem sair e entregar o celular para apagar as fotos. O homem demorou a sair e disse “Sou da manutenção e tenho que tirar fotos, esse é o meu trabalho” e eu disse “tirar fotos de cima? Tirar foto minha??” E começou a dizer que ele estava certo e eu fiquei muito nervosa, uma das meninas que entraram no banheiro foi chamar alguém para ajudar e veio um outro homem dizer que “se ele apagou as fotos, está resolvido” e fiquei mais indignada com isso, então saiu de dentro da sala ao lado do banheiro um professor de direito que estava escutando a discussão, e me disse “Olhe, você não é obrigada a olhar para esse homem, nem discuta com ele, vá atrás dos seus direitos na delegacia” então eu ouvi esse professor e logo após encontrei meu coordenador que estava com um segurança. Me levaram à um lugar que é da administração da ufrn (não sei bem qual era aquele lugar) mas fui com minhas amigas e testemunhas, e quando cheguei lá o homem que tirou a foto já estava lá e tinha contado o que aconteceu, só que ele não contou a parte que ele estava trancado no banheiro e que tirou a foto de cima, então a administração entendeu o que ocorreu e me aconselhou ir para a delegacia, então fui pegar meus documentos na sala e meu material, e encontrei o segurança (que estava com o meu coordenador) no estacionamento que chamou outros seguranças e esperei eles me dizerem o que fazer, e aí chegou um homem responsável pela segurança da universidade aconselhando a deixar para lá, que se ele apagou as fotos não tinha prova, eu e minhas amigas ficamos revoltadas por todo aquele constrangimento e um outro segurança me chamou e disse “não deixe para lá, eu tenho certeza que esse homem tinha más intenções”, decidi ir com as minhas amigas à delegacia e fiz um BO. Enfim, fica aqui meu relato e minha indignação. Quanto tempo ele estava ali? Quantas pessoas passaram por aquele banheiro e ele tirou fotos? Onde isso vai parar? Porque passamos por esses absurdos e temos que nos conformar que vai dar em nada? Onde está nossa segurança? Pode ser constrangedor contar o que houve, mas, mais constrangedor ainda é passar por isso e ficar calada.Que fique de alerta para todas as pessoas que como eu sofreram constrangimentos e que não se calem, quem sabe denunciando, pelo menos inibiremos as ações desse mau caráter.”
Isso é um absurdo, a direção da UFRN deveria ter tomado de imediato uma atitude em relação ao fato, e não se abster da situação, pois foi o que ficou claro, tanto o individuo como a UFRN são responsáveis, acredito Karine que cabe um processo contra a UFRN. Devemos repudiar esse tipo de crime, sim é um crime.
Lamentável o ocorrido. Conto mais. No banheiro masculino do Centro de Convivência, quase sempre tem alguém fazendo um xixi sem fim. Fica sempre observando a mijada dos outros. Digo que é raro não encontrar um observador do xixi alheio ali. Fico constrangido pois faço o ato olhando p meu espaço e não me sinto bem qdo sou observado. Nunca passou disso comigo, mas ali é um antro de observadores do pinto alheio. Que situação…
Isis Karine, vc deveria ter se aconselhado com um bom advogado e ter entrado com uma ação contra a universidade por ter em seus quadros funcionários que aconselham "deixar pra lá" casos como esse. Será que esse homem que estaria fotografando não seria um colega deles que depois mostraria as fotos numa mesa de bar? Nada se duvida… Justiça seja feita !!
Vc ta de oarabens por sua atitude e a yniversudade tem a obrigacao moral e contratual de expulsar esse bandido, reprrender formalmente quem mandou vc calar e advrrtir a empreda contratada, afinal ela tem q saber auem contrata. entre com uma acao de danos morais contra a empresa. A assesdoria juridica da propria ufrn pode e deve te ajudar… nao pidemos deixar impune auem nao predta
Cara Fran,
concordo com vc no tocante a uma ação por danos morais,
porém creio q a UFRN não patrocinaria tal procedimento,
tendo em vista q a instituição de ensino tb responderia de forma solidária (litisconsorte),
já q é a contratante da empresa terceirizada (se for o caso), a ocorrência é muito grave e me deixou preocupado pois tenho uma sobrinha q estuda no Campus Central…
Ou vi quando o outro rapaz chegou e ele não disse “se ele apagou as fotos, está resolvido”! Ele pegou o celular do homem e mostrou pra menina que não tinha fotos nem vídeos dela. Não estou defendendo o homem mas vamos contar a história direito.
Mimimi
Cara jovem,
me causa espécie o fato desse suposto funcionário da instituição ,
não ter interditado o banheiro enquanto fazia a manutenção já que se tratava de uma área restrita ao sexo feminino,
vou além baseado no seu relato,
houve erro da direção do setor em não abrir um procedimento administrativo (se é q não abriu) para investigar o caso,
com o agravante de tentar abafar a ocorrência (de acordo com a estudante).
De qualquer forma fica o alerta…