Esses dois vão se encarar o jogo inteiro. Onde um estiver, o outro também estará como uma sombra. Na entrada da área, no círculo central, até fora do campo se for preciso.
Apesar de posições e funções distintas, ambos têm a cara de suas torcidas. A final de hoje, às 16h na Arena das Dunas, colocará o zagueiro Flávio Boaventura, do América, e o atacante Nando, do ABC, frente a frente. Um não dará sossego ao outro.
A raça nunca faltou a ambos. E, apesar, de toda polêmica sobre ingressos e do festival de farpas trocadas entre dirigentes de maneira desnecessária na semana, ambos vão na contramão de toda essa incitação pública.
O respeito impera até mesmo quando Boaventura e Nando se olham no olho num momento mais pesado do Clássico-Rei. Eles têm a quem respeitar. Um ao outro. E às camisas de ABC e América, que são muito mais importantes que qualquer picuinha que se prezou.
A única motivação que eles querem dar ao torcedor é a do título. Os dois se conhecem de longa data, inclusive. Jogaram juntos, em 2010, no Mogi Mirim-SP. Hoje, se enfrentam como adversários numa importante final num palco de Copa do Mundo, mas, principalmente, sem nunca deixar a essência esportiva de lado.
No América, o momento é delicado. Com o treinador interino Moura e vindo de um segundo turno abaixo do esperado, Boaventura representa uma consistência no setor defensivo, uma aposta do América nesta final. Além do poder de decisão que possui – e que definiu o título do ano passado.
O contraponto está no atacante abcedista: a boa fase de Nando dá luz ao sonho do torcedor de recuperar a hegemonia do Campeonato Potiguar. O Alvinegro não vence um Estadual desde 2011.
E o camisa 9 tem sido o melhor remédio em todos os momentos do ano no clube. Vice-artilheiro do Brasil no ano com 14 anos, ele é a esperança para barrar a defesa americana. O atacante tem levado bom retrospecto contra a defesa do Dragão. Nos dois Clássicos-Rei deste ano, Nando balançou a rede em ambos.
No primeiro duelo, em janeiro, na Arena das Dunas, que será o palco do duelo de hoje, anotou um dos tentos mais bonitos do Estadual, quando arrematou de voleio para o gol defendido por Pantera. No Frasqueirão, manteve sua boa média no ano – e diante do rival, balançando as redes de pênalti.
Assim, ajudou ao Alvinegro a manter uma escrita nesta temporada: segue invicto diante do rival americano, o que deseja manter.
NOVO JORNAL
Vergonha!!!!
Clássico do descaso, organização desse evento serve só pra mídia, pois na realidade e totalmente diferente.
Pois bem, não sou torcedo estava abastecendo meu carro no posto em frente a ARENA e um senhor desmaia com sintomas reias de AVC eis o x da questão mais de 30 minutos e nada de atendimento, sendo que inumeras autoridades polícias ao redor em total inercia. Como explicar que um evento dessa magnitude não tem uma viatura de apoio hospitalar nas próximidades.
Quantas mil pessoas estaram ali hoje ?
Sem um viatura de atendimento a emergência ?