Em 2008, o Santos lutou contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro até a última rodada (ficou em 15°), fez um péssimo Campeonato Paulista (7°, quando só quatro se classificavam) e fez diversas apostas erradas durante o ano. A mais conhecida foi o pacotão de estrangeiros, que levou para a Vila jogadores como o chileno Sebastián Pinto, o equatoriano Michael Jackson Quiñonez, o argentino Mariano Trípodi e Nelson Cuevas.
Cuevas, 33 anos, atacante paraguaio com duas Copas do Mundo no currículo, chegou no meio do ano, vindo do Libertad-PAR, para ajudar Kléber Pereira no ataque santista. Fez 16 jogos, variando entre a titularidade e o banco de reservas, e marcou apenas dois gols – um deles, um golaço de sem pulo, contra o Atlético-PR, na Vila Belmiro.
Mas foi só. Nunca caiu nas graças da torcida nem pelo carisma – como por exemplo Quiñonez ou Molina – e nem do técnico Márcio Fernandes, principalmente depois de ser reprovado em teste físico, conforme apuração do UOL Esporte na época, que mostrou que Cuevas tinha força reduzida na perna direita.
Cinco anos depois, esse problema, pouco divulgado à época, se mostrou responsável por um drama na vida do atacante. A primeira operação nos joelhos foi feita em 2007 – desde então, ele já passou por mesas de cirurgia diversas vezes, a última em agosto deste ano, para tentar solucionar seu problema e voltar ao futebol.
“Tenho problema nos meniscos”, explicou o atacante, em contato com o UOL Esporte. E é essa lesão que deixa sua perna mais fraca que o normal, atrapalhando seus chutes. No Santos, pro exemplo, chegou a declarar que preferia “passar para Kléber Pereira” do que chutar.
“Acabei de passar por uma operação. Foi minha quarta cirurgia”, contou. Desde que saiu do Santos, rodou por Universidad de Chile, Albacete-ESP, Puebla-MEX, Cerro Porteño-PAR e pelos pequenos Sportivo Luqueño-PAR, Sportivo Carapeguá-PAR e Deportivo Capiatá-PAR, sem conseguir se firmar ou mesmo atuar, em alguns casos, em razão de sua lesão.
Mesmo assim, ele não perde a fé em voltar aos gramados: “Tudo está bem. Vou voltar a jogar. Vamos ver como a perna responde”, afirmou.
No Deportivo Capiatá, atualmente na primeira divisão paraguaia, Cuevas apenas treinou, para tentar mostrar que estava recuperado. Não estava. E isso acabou dando chance para que ele chegasse a largar o futebol momentaneamente, em 2012. Mas não para ficar parado – e sim dançar e cantar.
Uol Esporte
Comente aqui