A prisão do pecuarista José Carlos Bumlai se insere em um esquema de corrupção e fraude para pagar dívidas da campanha da reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conforme os depoimentos de delatores e provas que embasaram a decretação da prisão do pecuarista pelo juiz Sergio Moro.
Preso em Brasília, o pecuarista, que é amigo de Lula, foi levado para Curitiba.
“José Carlos Bumlai se insere totalmente neste quadro [corrupção, fraude e lavagem sistêmica], pois as provas indicam que disponibilizou seu nome e suas empresas para viabilizar, de maneira fraudulenta, a partido político, com todos os danos decorrentes”, escreveu Moro, no decreto de prisão.
Num dos depoimentos de sua delação premiada, citados por Moro para justificar a prisão, o ex-gerente da área internacional Eduardo Musa afirmou que havia uma dívida de R$ 60 milhões da campanha presidencial de 2006, na qual Lula foi reeleito, com o banco Schahin. Para quitá-la o governo utilizaria o contrato de operacionalização da sonda Vitória 10.000.
Também delator, o acionista do grupo Salim Schahin afirmou que o negócio foi avalizado por Lula, conforme antecipou na Folha na semana passada.
“Bumlai chegou a dizer a Fernando [Schahin, diretor do grupo] que o negócio estava ‘abençoado’ pelo presidente Lula”, disse o delator, em depoimento.
“SIMULAÇÃO” DE EMPRÉSTIMO
Um empréstimo de R$ 12 milhões foi tomado por Bumlai junto ao banco Schahin, em outubro de 2004. De acordo com Moro, a garantia oferecida pelo pecuarista –uma mera nota promissória– foi precária.
Em depoimento, Sandro Tordin, que presidiu o banco entre 1998 e 2007, afirmou que os petistas Delúbio Soares e José Dirceu intercederam para que a instituição concedesse o empréstimo a Bumlai.
A quitação, escreveu o juiz, se deu por meio da contratação do grupo Schahin para operar o navio-sonda Vitória 10.000, de US$ 1,6 bilhão.
No papel, o empréstimo de Bumlai foi quitado, sem juros, em 27 de janeiro de 2009, um dia antes da celebração do contrato entre a Petrobras e o grupo Schahin.
Em entrevista publicada pela Folha no último domingo, Bumlai disse que liquidara a dívida com a entrega de embriões de gado bovino de elite.
A versão de Bumlai é contestada por Salim Schahin, um dos sócios do grupo e também delator. Segundo ele, o empréstimo teve como destinatário final o PT e jamais foi pago. Salim Schahin diz que os embriões invocados por Bumlai como meio de pagamento jamais existiram.
Não teria sido possível entregar a operação da Vitória 10.000 à Schahin como parte de um acordo político sem o funcionamento de uma engrenagem de fraude dentro da Petrobras, segundo os autos.
Relatório de auditoria da Petrobras confirmou que houve direcionamento indevido para a contratação da Schahin. O grupo já operava uma outra sonda e teve índices de produtividade inflados artificialmente para ser convidado a operar a Vitória 10.000, sem concorrência.
A investigação interna da companhia também mostrou que os Schahin recebiam bônus de performance de 15%, mais altos do que os praticados praticados para contratos similares.
Folha Press
Realmente Sebastião nossas leis protegem o psdb e sua trupe e vcs não enxergam isso também. Isso cá ser desmentido mais uma vez. Esse juiz moro e um farsante comorado pelo psdb, que quer tomar o poder a qualquer custo
O nome disso é crime organizado. Cobra mais por um serviço, com a ajuda de quem tem influência no poder ou por determinação do poder, no caso a shahin, foi a beneficiada para com esse dinheiro público, pudesse ser destinado para os esquemas políticos, no caso o patrocínio da reeleição do presidente Lula, onde este não sabe de nada.
Os detalhes das operações do maior esquema de corrupção do país é estarrecedor e olhe, são divulgados apenas uma pequena parte desse gigante esquema de desvio de recursos públicos montado pelo PT em nome de seu vergonhoso projeto de poder
Nesses casos deveria ser legal sair prendendo todos os envolvidos por tempo indeterminado, até que tudo fosse esclarecido, chegando dos pau mandados a cabeça do esquema
Realmente nossas leis protegem os corruptos, maus políticos, ladrões, criminosos e toda banda pobre da sociedade, que atualmente parece ser maioria dentro e fora da política, de acordo com os números apresentados com roubo, assaltos, sequestros, furto, corrupção, formação de quadrilha e todos os demais crimes vistos na sociedade brasileira
Lamentável o momento que estamos passando e quem mais perde e se vê preso são os cidadãos que tentam levar suas vidas trabalhando, produzindo, dando bom exemplo. Tão preocupante quanto o momento é não ver a menor perspectiva de mudança da situação, pelo contrário, são usadas todas as armas, meios e motivações para manter esse projeto asqueroso de poder pelo PT