Joaquim Levy ocupou cargos nos governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Foto: Jamil Bittar / Reuters
Sucessor de Guido Mantega, Joaquim Vieira Ferreira Levy chega ao Ministério da Fazenda com a missão de recuperar o crescimento da economia e sinalizar ao mercado mudanças na política econômica.
Desde que seu nome surgiu como um dos possíveis sucessores de Guido Mantega, o mercado reagiu com otimismo. A Bovespa voltou a operar em alta e a flutuação do dólar foi contida.
Agentes econômicos acreditam que Levy tem condições de tomar medidas para fazer a economia do País voltar a crescer a taxas consideráveis, além de o governo cumprir a meta fiscal anual.
Nos bastidores, sua proximidade com Armínio Fraga, que seria ministro da Fazenda em caso de vitória de Aécio Neves (PSDB) nas eleições deste ano, pegou de surpresa alas mais resistentes do PT. O senador tucano chegou a dizer que Levy na Fazenda seria o mesmo que colocar um agente da norte-americana CIA no comando da soviética KGB.
Formação e carreira
Nascido em 1961, no Rio de Janeiro, Levy é formado em engenharia naval, mestre em economia pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e doutor em economia pela Universidade de Chicago.
Levy iniciou sua carreira no Departamento de Engenharia e na Diretoria de Operações da Flumar Navegação, em 1984. Foi professor do curso de mestrado da FGV, em 1990, antes de integrar os quadros do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na organização, de 1992 a 1999, ocupou cargos nos Departamentos do Hemisfério Ocidental Europeu I e de Pesquisa, em particular nas Divisões de Mercado de Capitais e da União Europeia.
No período de 1999 a 2000, exerceu atividades nas Divisões de Mercado de Capitais e de Estratégia Monetária no Banco Central Europeu, como economista visitante.
Participou do governo Fernando Henrique Cardoso como secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, cargo para o qual foi nomeado em 2000. Um ano depois, assumiu o posto de economista-chefe do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Já no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve à frente do Tesouro Nacional na gestão do ex-ministro Antonio Palocci. Na época, o primeiro presidente petista buscava, com a nomeação de Levy, conquistar a confiança do mercado, em ato similar ao realizado agora pela presidente Dilma Rousseff.
Para assumir o Ministério da Fazenda, Levy deixa o posto de diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco.
Terra
Durante a campanha, a principal bandeira eleitoral do presidenciável tucano era manter e ampliar as bandeiras da gestão petista, como o Bolsa Família e o programa Minha Casa, Minha Vida. Os mais atentos creditariam a Aécio Neves uma política fiscal mais austera, ortodoxa e menos constrangida a cortes de investimentos.
Assim, quem estaria mais decepcionado com os primeiros movimentos da Presidente Dilma? Os Petistas é claro.
E quem está sendo contraditório, incoerente e hipócrita em criticar algo que fariam até com maior vigor e amplitude? Os Tucanos é óbvio.
De maneira que a “turma do contra”, como podemos chamar a oposição, “é fundamental para a democracia, para a proteção das pessoas e das nossas instituições”. Mas ser do contra exige ao menos um pé da realidade. Não dá para posar de alazão com bico de ornitorrinco. Hipocrisia tem limites!
A turma derrotada tucanalha age assim: Se a Presidenta tivesse chamado um comunista para a economia estariam estéricos aqui, como ela chamou um secretário já da sua equipe de viés moderado, tb chiam e querem passar na cara o que nao existe. Essa turma é realmente confusa. Seria reflexo de três surras seguidas?
Já que meus comentários voltaram a ser liberados, queria indagar: os Petralhas foram buscar no berço do PSDB um economista que tivesse o respeito do mercado?
E não é o PT a nascente da responsabilidade, da ética e da honestidade mundial?
Pobres pastéis de vento, que são os militantes petistas que cegos não notam a furada que defendem.