A desaceleração do mercado de crédito se aprofundou no primeiro trimestre de 2016, período em que o estoque de empréstimos encolheu 1,8%. Segundo o Banco Central, desde 2000 não se via retração neste período em relação ao trimestre anterior.
Os dados do BC divulgados nesta quinta-feira (28) mostram que a taxa de expansão do estoque em 12 meses caiu praticamente pela metade nesses três meses, de 6,7% até dezembro para 3,3% até março.
Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o estoque passou de um recorde de 54,5% no final do ano passado para 53,1% em março.
O chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, afirmou que os números mostram uma desaceleração mais pronunciada do crédito e refletem tanto a queda na demanda como a oferta mais restrita.
Maciel listou uma série de fatores que levaram a isso, como a retração da atividade econômica, eventos não econômicos (questão política e Lava Jato) que alimentam incertezas e um nível de confiança baixo tanto de consumidores como de empresários, além do aumento no custo do crédito.
Para o BC, que nesta quarta-feira (27) manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano, a reação do mercado de crédito passa pela recuperação da confiança. “Na medida em que a gente for observando isso, reflexos sobre o mercado de crédito também serão observados”, afirmou.
Folha Press
Este desGoverno não dá a mínima importância aos assalariados, desempregados, endividados, e outros. Deixa os banqueiros elevarem os juros sem limites. Se a taxa já está exorbitante, porque aumentar mais ainda?? Eu acho que no futuro deveria ser instalada a CPI dos Bancos. Aí saberíamos quem, nos últimos anos, recebeu "por fora" algum dinheiro. Acho que ficaríamos surpresos…