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Economia deve se estabilizar no curto prazo, aponta Copom, destacando melhora perceptível do cenário macroeconômico

banco-central-bc-4Sede do Banco Central em Brasília – Gregg Newton / Bloomberg

Com recados claros para o mercado financeiro, governo e Congresso Nacional, o Banco Central (BC) afirmou que não pode cortar juros neste momento, apesar da recessão econômica. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) aponta para um período maior de taxa básica em 14,25% ao ano. Nela, os dirigentes da autoridade monetária disseram que não há espaço para um alívio na política de controle inflacionário porque as expectativas para os preços — feita pelos analistas — ainda estão muito longe da meta de 4,5%. Frisaram também que a velocidade do processo de desinflação depende da aprovação das medidas de controle de gastos enviadas ao Legislativo.

Os membros do Copom concordam que houve melhora perceptível do cenário macroeconômico e que indicadores recentes mostram perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Houve progressos também no controle da inflação, principalmente por causa das quedas das estimativas para os próximos dois anos, mas numa velocidade aquém da almejada. O BC falou claramente que a sua política depende das projeções do mercado:

“O Comitê deve procurar conduzir a política monetária de modo que suas projeções de inflação, inclusive no cenário de mercado, apontem inflação na meta nos horizontes relevantes”.

A aposta do mercado está em IPCA de 7,25% para este ano. Está mais alta que as previsões feitas nos modelos do BC. Tanto no chamado cenário de referência (quando o Copom faz a conta com juros e câmbio estáveis), quanto no cenário de mercado (quando usa as estimativas dos analistas para fazer as projeções), os cálculos apontam para inflação em torno de 6,75%. O BC observa que contempla desinflação na economia brasileira nos próximos anos, mas aponta que as expectativas do mercado ainda não convergiram.

“Para 2017, a desinflação até a meta ocorre sob as hipóteses do cenário de referência. Entretanto, no cenário de mercado, a desinflação ocorre em velocidade aquém da perseguida pelo Comitê”, alerta o Copom, que explica que sob as hipóteses do cenário de mercado, a inflação para 2017 situa-se em torno de 5,3%.

O BC ainda diminuiu o peso do reajuste das tarifas públicas — o grande vilão da inflação nos últimos anos — para 2016. A aposta caiu 0,2 ponto percentual e ficou em 6,6%, abaixo do valor projetado na reunião do Copom de junho. Por outro lado, para 2017, a alta deve ser de 5,3%: 0,3 ponto percentual acima do valor projetado na última reunião.

RISCOS PARA A INFLAÇÃO

Segundo a ata do Copom, há riscos de curto prazo para a inflação no Brasil. A elevação recente nos preços de alimentos pode se mostrar persistente por causa da transmissão dos preços do atacado para o varejo. Em contrapartida, o período sazonalmente favorável — por causa da safra — pode contribuir para uma reversão rápida desses preços. O Copom alerta para o fato de a experiência brasileira mostrar que períodos prolongados de inflação alta e expectativas acima da meta reforçam mecanismos inerciais e tornar o processo de desinflação mais lento e custoso.

“Nesse contexto, uma maior persistência inflacionária requer uma persistência maior da política monetária. Por outro lado, o processo contínuo de distensão do mercado de trabalho e a desaceleração significativa da atividade econômica podem, a princípio, produzir uma desinflação mais rápida (por exemplo, no setor de serviços) do que a refletida nas expectativas de inflação medidas pela pesquisa Focus e nas projeções condicionais produzidas pelo Copom.”

Sobre a recente surpresa dos índices de preços, o BC diz que foram causadas pela alta de alimentos e “talvez” pela maior persistência da inflação. No debate sobre o tema, o Copom focou, ainda, no grau de confiança na desinflação em curso. De acordo com a ata, alguns membros ponderaram que, diante da desaceleração econômica observada até aqui, esperava-se uma queda maior da inflação. Outros esperam que os efeitos desinflacionários do nível de ociosidade na economia ainda possam vir mais intensamente.

“Todos os membros do Comitê reconheceram progressos em relação às perspectivas de desinflação da economia brasileira, mas demonstraram preocupação com medidas de expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus acima da meta para 2017 e com projeções do Comitê para a inflação que se situam acima da meta em horizontes de 18 ou mais meses, sob as hipóteses do cenário de mercado.”

FISCAL

Segundo o BC, os ajustes necessários na economia, inclusive de natureza fiscal, apresentam-se “como um risco e uma oportunidade” para o processo desinflacionário. O perigo é se os agentes financeiros perceberem que esses ajustes seriam abandonados, ou postergados significativamente.

“Nesse cenário, o processo desinflacionário tenderia a ser mais lento, aumentando os custos de levar a inflação para a meta.”

A oportunidade é a possibilidade de acelerar a queda de inflação. Isso, segundo o Copom, permitiria ganhos de confiança e queda das expectativas de inflação. A redução de incertezas potencializaria os efeitos do ajuste monetário em curso.

“Todos os membros do Comitê enfatizaram que a continuidade dos esforços para aprovação e implementação dos ajustes na economia, notadamente no que diz respeito a reformas fiscais, é fundamental para facilitar e reduzir o custo do processo de desinflação. Não houve consenso sobre a velocidade desses ajustes, o que sugere que constituem, ao mesmo tempo, um risco e uma oportunidade”, ressaltaram os diretores que entendem não haver apenas impactos de confiança no curto prazo, mas há necessidade de melhora da dinâmica das contas públicas no médio e longo prazos.

“Os membros do Comitê ressaltaram que o ajuste das contas públicas pode envolver medidas com impactos diretos desfavoráveis sobre a inflação, e que esse é um risco a ser monitorado”, mas não detalharam quais seriam.

ATIVIDADE

Para o Copom, há perspectiva de estabilização da atividade econômica no curto prazo. Há sinais o investimento e a produção industrial pararam de cair. São vistos alguns sinais “incipientes” de melhora nas perspectivas da atividade econômica apesar de a economia seguir com nível elevado de ociosidade tanto na estrutura das indústria quanto no desemprego.

CENÁRIO EXTERNO

Sobre a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia (Brexit), o Copom ressaltou que a ação dos BCs com sinais de estímulos conseguiram acalmar os mercados financeiros e criar um ambiente de curto prazo “relativamente benigno” para economias emergentes.

No entanto, o Copom ressaltou que o cenário permanece frágil por causa das incertezas sobre o crescimento global e a possibilidade de aumento de juros em economias desenvolvidas.

“Os possíveis desdobramentos econômicos do Brexit contribuíram para um aumento das incertezas de médio e longo prazos e produziram revisões negativas das projeções de crescimento para o Reino Unido e para a Zona do Euro”, diz a ata.

O documento lembra ainda que os Estados Unidos têm sinalizado que deverão aumentar os juros de forma mais gradual, entretanto, as trajetórias de juros sinalizadas pelos membros do Comitê de Política Monetária de lá estão acima da trajetória prevista e negociada nos instrumentos financeiros. O BC brasileiro faz um alerta: “O que pode levar a correções adiante”.

APOSTA PARA OS JUROS

O tom mais pesado da ata do Copom fez o economista-chefe da corretora Gradual, André Perfeito, alterar sua aposta para o início dos cortes de juros. Ele previa o início das quedas em outubro. Após ler o documento, alterou seu posicionamento.

— Por sinal essa ata nova parece uma mulher que resolve cortar o cabelo curto para mudar de vida ou um homem que deixa a barba crescer para mudar de cara.

Ele faz referência à toda a mudança na comunicação do BC. Para tentar recuperar a credibilidade perdida pelo ex-presidente Alexandre Tombini, o novo presidente da autarquia, Ilan Goldfajn, reformulou todos os instrumentos de comunicação. Com a ata não foi diferente.

O texto foi mais conciso e claro. Deixou de lado os vários números de indicadores, um trecho que era ignorado pelos analistas do mercado. Passou a focar na análise e deu mais informações para os economistas trabalharem.

O Globo

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Luto

Morreu nesta quinta-feira o médico Joaquim Alves da Fonseca

Foto: Reprodução 

Morreu na manhã desta quinta-feira (25) o médico Joaquim Alves da Fonseca. O Dr.e professor já vinha doente há 17 anos.

O velório será às 14 horas e a Missa às 17 horas. Já o Sepultamento será às 18 Horas no Morada da Paz, em Emaús. 

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Polícia

Defesa do suspeito de matar psicóloga em Assu diz que ele tem laudo de “incapacidade mental”

Foto: Reprodução 

Preso como suspeito de matar a psicóloga Fabiana Maia Veras em Assu, o servidor do Tribunal de Justiça, João Batista Carvalho Neto, estaria afastado desde 2023 através de laudos psiquiátricos que apresentam sinais de “incapacidade mental”. Isso é o que afirma André Dantas, advogado do acusado. De acordo com a Polícia Civil, a principal motivação do crime seria para obter informações sobre a ex-namorada, que é amiga da vítima.

A morte de Fabiana Maia Veras aconteceu no fim da tarde da terça-feira (23). Após ser encontrada, foi constatado que o corpo da vítima estava amarrado e com sinais de violência, apontando uma possível luta corporal. João Batista foi preso em Natal, na tarde da quarta-feira (24), em um condomínio de Nova Descoberta e chegou a descartar itens utilizados no homicídio dentro desse condomínio. Policiais chegaram a encontrar uma arma, gandolas e socos ingleses, entre outro equipamentos.

Durante a entrevista, o advogado do suspeito afirmou que os laudos de incapacidade mental de João Batista Carvalho Neto serão apresentados em momento adequado. “Isso não é um álibi de defesa”, diz André Dantas.

Câmeras do Circuito Fechado de Televisão (CFTV) da residência da psicóloga, cedidas pela Polícia Militar, mostram que por volta das 16h40 um homem de estatura baixa, forte, vestido com uma camisa social, calça jeans, luvas e rosto coberto com pano árabe aguardava na frente do local. Ela demora a reconhecê-lo, mas mesmo assim abre a porta. De acordo com as investigações da Polícia Civil, este homem seria João Batista Carvalho Neto.

Após o homem entrar, a vítima mostra a clínica, que funcionava no mesmo local, e ao mesmo tempo demonstrava estar surpresa com as roupas dele. Eles entraram em um quarto da residência e após 20min o homem sai com um pano coberto de sangue e fica aguardando um veículo do tipo Peugeot Sedan na cor preta e sem calotas.

Tribuna do Norte

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ADMINISTRAÇÃO: Governo Lula é reprovado por 53 % da população

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados a aprovação da gestão federal.

 

A gestão Lula foi reprovada por 53%, enquanto 18,6% aprovam e 13,4% não sabe dizer.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

Opinião dos leitores

  1. Eu aprovo LULADRAO, ele e seus comparsas estão fazendo o que se proporam, quebrar o país e deixar um rombo pior que quando governo no passado. Bandido.

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ADMINISTRAÇÃO: Governo Fátima é reprovado por 68% da população

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados a aprovação da gestão estadual.

A gestão Fátima foi reprovada por 68%, enquanto 18,6% aprovam e 13,4% não sabe dizer.

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

Opinião dos leitores

  1. Sobre Fatão GD, tem nem o que falar, está fazendo o que se propôs, quebrar o estado. Só está bom prá ela e seus comparsas.

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ADMINISTRAÇÃO: Gestão de Taveira é aprovada por 41%

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados a aprovação da gestão municipal.

 

A gestão do prefeito Taveira foi aprovada por 41,8%, já 38,4% reprovam e 19,8% nao sabe dizer.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM REJEIÇÃO: Salatiel é rejeitado por 17%, Nilda 12%, Eron e Marciano 8% e Kátia 3%

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também perguntou em quem os entrevistados não votariam de forma alguma.

 

Salatiel foi o mais rejeitado por 17,4%, Nilda 12,2%, Eron e Marciano Júnior 8,6% e Kátia 3,8%. Já 37,6% não sabe dizer, 10,8% todos e 2,4% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM CONFRONTO DIRETO: Nilda tem 35% contra 30% de Salatiel

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM simulou confronto direto entre os dois pré-candidatos que mais pontuaram.

 

Neste cenário, Nilda tem 35% contra 30,4% de Salatiel, enquanto 21,8% não sabe dizer e 12,8% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ESTIMULADA 3: Em cenário com três nomes mais citados, Nilda e Salatiel têm novo empate

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM simulou um terceiro cenário estimulado somente com os nomes de Nilda, Salatiel e Kátia Pires.

 

Neste cenário há novo empate na margem de erro entre Nilda com 29,6% e Salatiel com 25,2%, já Kátia somou 14,4%, enquanto 19,8% não sabe e 11% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ESTIMULADA 2: Nilda e Salatiel empatam tecnicamente no primeiro lugar

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM simulou um segundo cenário estimulado. Neste cenário professora Nilda teria 29,4% contra 25% de Salatiel, o que configura empate técnico na margem de erro, Em seguida vem Kátia Pires com 13,8% e Eron 0,8%, já 19,2% não sabem dizer e 11,2% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM ESTIMULADA: Nilda tem 29% contra 23% de Salatiel e 11% de Kátia Pires

 

No cenário estimulado para Prefeitura, a pesquisa CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM apontou os seguintes resultados: Nilda com 29,2%, Salatiel 23,8%, Kátia 11,6%, Marciano Júnior 5,8% e professor Eron 0,4%. Já 18,4% não sabe dizer e 10,8% nenhum.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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