O presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou, nesta sexta-feira (17), um documento produzido por ele e por outros dirigentes do partido no qual fez duros ataques à oposição e exaltou conquistas dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
No texto, de sete páginas, Falcão assegura que assume todas as responsabilidades sobre ele e faz duros ataques à oposição, enfatizando, num primeiro momento, que o PT não se tornou alvo por seus erros e, sim, pelas políticas sociais que criou durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff. Ao mesmo tempo, no entanto, admite que o momento requer que se faça uma autocrítica, pois o PT se igualou a seus pares.
“Não podemos ignorar que nossas falhas e insuficiências políticas também contribuíram para desgastar a imagem do partido, que passou a ser visto por muitos como uma legenda igual às outras, em descompasso com a sua história profundamente inovadora e com as expectativas que sempre despertamos na sociedade”, diz o texto. “Para corrigir tais falhas sem abrir mão das enormes conquistas sociais que obtivemos e continuar impulsionando o País no rumo da prosperidade e da Justiça, é preciso fazer uma reflexão autocrítica e enfrentar com humildade e coragem os desafios atuais – como o PT sempre foi capaz de fazer ao longo de sua caminhada.”
O documento ainda sustenta que o PT, desde que foi alçado ao poder em 2002, enfrenta uma campanha dos maiores veículos de imprensa do País, citando o Mensalão, em 2005, como exemplo.
“Nenhum outro partido sofreu uma campanha de desmoralização tão furiosa quanto a que se fez contra o PT ao longo daquela ação penal. Nada se fez, minimamente comparável, em relação a escândalos como a corrupção nas obras do Metrô nos governos do PSDB de São Paulo, ou do desvio de dinheiro público para campanhas eleitorais do PSDB e do DEM na Lista de Furnas e nos chamados mensalões de Minas e do Distrito Federal”, protesta o escrito.
Mais tarde, quando o tema corrupção é abordado, os petistas defendem que os mecanismos de combate à corrupção tiveram autonomia nos governos petistas, o que não ocorreu na Era Fernando Henrique Cardoso.
“Nosso compromisso de combater a corrupção nunca foi abstrato. Afirmamos, na prática, o princípio constitucional da autonomia do Ministério Público, respeitando as indicações para o cargo de Procurador-Geral da República definidas nas eleições da Associação Nacional do Ministério Público. Recorde-se que o procurador-geral do governo do PSDB arquivou 217 inquéritos criminais envolvendo autoridades e engavetou outros 242, de um total de 626 denúncias recebidas. Por isso era chamado, com toda razão, de engavetador-geral da República”.
Raiz do mal e a Lava Jato
O texto trata as doações de campanha feitas por empresas aos partidos como a raiz dos problemas de corrupção do País, da qual só o PT vem sendo criminalizado.
“A raiz do mal já poderia ter sido extirpada, desde 2014, se tivesse sido respeitada a vontade dos seis ministros do Supremo Tribunal Federal que votaram pela inconstitucionalidade do financiamento empresarial, em ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil. O entendimento da maioria, no entanto, foi sobrestado pelo pedido de vistas de um único ministro, que vem manobrando declaradamente há mais de um ano para manter o status quo”,diz o texto numa crítica ao ministro do Supremo Gilmar Mendes, que há mais de um ano ainda não definiu o voto vista sobre a questão.
IG
Esse daí de Falcão não tem nada. Tem cara e pose de POMBÃO. É o POMBÃO defensor de ladrão e da corrupção. Dá-lhe POMBÃO!
Perdeu de vez o senso do ridículo.
Não vi ele atacando ninguém. Ele só falou a verdade.
Apesar do PT não ser um partido perfeito, esta há anos luz de distância do PSDB.
Enquanto não acabarem com as doações empresariais, teremos um congresso formado quase exclusivamente por políticos pagos por empresas. A falsa democracia.