O governo do Japão condenou na manhã deste domingo (horário local) a divulgação de um vídeo pelo Estado Islâmico anunciando a execução de um refém japonês. O vídeo mostra uma imagem estática de Kenji Goto segurando uma foto do que seria de Haruna Yukama decapitado.
Uma voz atribuída a Goto afirma que o grupo terrorista não quer mais dinheiro, como havia pedido inicialmente, e sugere libertar Goto em troca da liberação de Sajedah Rishawi, mantida pelas autoridades da Jordânia. “Eles não querem mais dinheiro, então você não precisa se preocupar em financiar terroristas”, diz a voz, em inglês.
“É um ato ultrajante e inaceitável”, afirmou o chefe do gabinete de Segurança, Yoshihide Suga, em um breve pronunciamento transmitido pela TV. “Nós exigimos fortemente a pronta liberação de Kenji Goto, sem ferimentos”.
O primeiro-ministro Shinzo Abe deu uma declaração a jornalistas ao sair de uma reunião de gabinete em sua residência oficial em Tóquio: “Eu tenho um forte sentimento de raiva. Nós não vamos ceder ao terrorismo”, afirmou.
Vídeo – A autenticidade do vídeo está sendo verificada pelas autoridades japonesas. Um especialista do canal estatal japonês NHK apontou pontos estranhos nas imagens, que não seguem o formato até então usado pelo grupo terrorista de mostrar a decapitação de reféns. O novo vídeo não tem a marca do EI nem referências religiosas.
No início desta semana, o EI havia divulgado um vídeo exigindo 200 milhões de dólares para libertar os dois japoneses e estabelecendo um prazo de três dias para o pagamento do resgate – que expirou ontem sem notícias sobre o que havia acontecido com os reféns.
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