O horário eleitoral desta quinta-feira na televisão marcou a estreia de Marina Silva como candidata do PSB à Presidência da República, no lugar de Eduardo Campos. Contudo, a equipe do candidato morto no último dia 13, num acidente aéreo em Santos, já havia concluído o primeiro filme da campanha, que iria ao ar na terça-feira, juntamente com a estreia dos demais candidatos. O site de VEJA apurou que houve tempo, inclusive, para que outras versões do mesmo vídeo tivessem sido avaliadas em pesquisa, para que se chegasse ao modelo ideal para ser exibido na TV.
O vídeo original, de dois minutos de duração, foi substituído por outro feito com imagens do velório de Campos ao som de um discurso lido por Marina em homenagem ao companheiro de chapa. A ex-senadora só foi ao ar como candidata nesta quinta-feira, depois da aprovação de sua entrada na corrida eleitoral pela Executiva do PSB e partidos coligados, ocorrida na tarde de quarta.
O programa exibido nesta quinta mostrou Marina emocionada, interrompendo a leitura do discurso e recordando o vídeo original gravado com Campos. “Vi com muita emoção o primeiro programa de TV que íamos levar ao ar e me tocou profundamente a imagem do abraço que nos demos”, afirmou.
O discurso do vídeo original mostra Campos contando a história da entrada de Marina no PSB e a construção da “terceira via”. Ambos não pouparam, no entanto, um ataque direto à campanha petista, cujo slogan é “Muda Mais”. “Chega da propaganda que diz que é preciso mais mudança, quando elas não foram feitas nos últimos quatro anos”, disse o ex-governador pernambucano. Assista:
A colunista Eliane Cantanhêde afirma que Marina, ao contrário dos adversários, é uma sensação e tem ligação direta com o eleitorado; no entanto, diz que, o problema que sua campanha projeta, de falta de partidos, de sintonia, de setores consistentes, é depois, se virar presidente do Brasil: “O primeiro momento vai ser de festa. O segundo, de perplexidade. O terceiro, de confusão e incertezas”.
A nova queridinha do Mercado financeiro não apresenta contradições com o programa neoliberal defendido pela direita tradicional. Coordenadora do programa de governo de Marina Silva, Maria Alice Setubal, herdeira do Itaú, confirma compromissos feitos anteriormente por Eduardo Campos a respeito de conceder autonomia formal, por lei, ao Banco Central, e diz que operadores serão procurados para equipe da campanha.
Porém, noc convém perguntar: "SERÁ QUE O QUE É BOM PARA O MERCADO FINANCEIRO TAMBÉM É BOM PARA A MAIORIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA QUE É POBRE E NÃO VIVE DE APLICAÇÕES EM AÇÕES DA BOLSA DE VALORES?