Jornalismo

FOTOS: Uma foto de um presidente com uma modelo sem calcinha que quase provoca um golpe no Brasil

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Resultado de imagem para ITAMAR FRANCO E LILIAN MOURAPor JOSIAS DE SOUZA:

Num instante em que o valor do político brasileiro é medido pela quantidade de mochilas que ele recebeu da Odebrecht num cabaré, é interessante recordar que houve no Brasil um presidente atípico. Chamava-se Itamar Franco. A exemplo de Michel Temer, foi uma espécie de interlúdio entre um impeachment e a eleição seguinte. Balançou no cargo. Quase caiu. Mas o escândalo que estremeceu sua autoridade foi causado não por propinas ou desvios milionários de verbas públicas, mas por uma calcinha. Ou, por outra, o cargo de Itamar esteve por um fio em função da falta de uma calcinha. Fernando Henrique Cardoso desenterrou o caso no seu novo livro, o terceiro volume da série Diários da Presidência, que acaba de chegar às prateleiras.

A encrenca nasceu no Carnaval de 1994. Acompanhado de um séquito de auxiliares, Itamar foi ao Sambódromo, no Rio de Janeiro. Desimpedido, derreteu-se por Lilian Ramos, uma modelo que exibira suas formas no desfile da Escola de Samba Grande Rio. Olha daqui, repara dali, a foliã foi parar no camarote presidencial, ao lado de Itamar. Vestia apenas um camisão, que lhe recobria desde as formas do torso até o início das coxas. No mais, estava como viera ao mundo. Desavisado, Itamar deixou-se fotografar, de baixo para cima, ao lado da genitália desnuda de sua acompanhante. As imagens correram o noticiário. Seguiu-se em Brasília um estrépito mais forte do que o barulho de todas as baterias que haviam soado na avenida.

Ministro da Fazenda de Itamar, FHC conta que foi procurado pelo general Romildo Canhim, então ministro da Administração. Falando em nome dos comandantes militares, Canhim queria saber se o interlocutor toparia permanecer à frente da pasta onde se costurava o Plano Real na hipótese de Itamar ser afastado da Presidência da República. “Eu disse ao Canhim que não, que nem um dia”, escreveu o grão-tucano no seu livro. As memórias de FHC resultam de uma coleção de segredos e impressões que ele ditou para um gravador ao longo dos oito anos de sua presidência. No caso da crise da calcinha FHC foi econômico nas palavras. Absteve-se de revelar os detalhes.

O episódio veio à luz pela primeira vez no final de 1994, nas páginas do livro “A História Real, trama de uma sucessão”, escrito por mim e pelo repórter Gilberto Dimenstein. A obra nasceu de um projeto que visava contar os bastidores da sucessão presidencial em que FHC, cavalgando o Plano Real, prevaleceu sobre Lula pela primeira vez. Entre janeiro de 1994 e a abertura das urnas, fizemos 124 entrevistas. A maioria dos entrevistados concordou em falar sob a condição de que as informações só fossem publicadas depois das eleições presidenciais.

Conversei com o general Romildo Canhim (1933-2006) por mais de três horas. Nessa conversa, ele relatou o que sucedera nas pegadas da aventura carnavalesca de Itamar. Antes de procurar FHC, Canhim tivera um longo encontro com o então ministro do Exército, general Zenildo de Lucena. Ouvira um relato sobre a inquietação dos quarteis com as cenas do Sambódromo. Preocupados, os ministos militares haviam discutido a encrenca numa reunião sigilosa.

Pela Constituição, o presidente da República é o “comandante em chefe” das Forças Armadas. E os ministros fardados avaliavam que, depois que Itamar posara em público ao lado de uma genitália sem camuflagem, esse preceito constitucional parecia revogado. Para eles, a dignidade do cargo de presidente fora, por assim dizer, carnavalizada, trincando o princípio da autoridade, tão caro para um militar quanto o ar que ele respira. Os ministro discutiram a sério a hipótese de substituição do presidente.

Os militares mencionavam um “complicador”. Como se não bastasse o presidente ter sido fotografado de mãos dadas com uma modelo sem calças, o então ministro da Justiça, Maurício Corrêa, entornara no Sambódromo mais álcool do que seria recomendável para uma pessoa na sua posição. Até as fotos, estáticas, denunciavam um Corrêa trôpego, copo de uísque na mão. Tramou-se negociar com Itamar a sua renúncia, abrindo espaço para uma solução constitucional.

O plano esbarrou na recusa de FHC de permanecer no cargo sem Itamar e na má qualidade das opções de substituto. Percorrendo a linha sucessória, a eventual renúncia de Itamar levaria, nessa ordem, aos presidentes da Câmara e do Senado, deputado Inocêncio Oliveira e senador Humberto Lucena. Que os militares consideraram desqualificados. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Octávio Gallotti, terceiro na linha de sucessão, era visto como um personagem fraco, sem pulso. A turma do quepe concluiu que a República nunca estivera em mãos tão débeis. Avaliou-se que o resultado da troca não compensaria o desgaste de uma articulação para a saída de Itamar.

Entretando, os comandantes militares decidiram que Itamar precisava lhes fornecer algo que pudessem exibir à tropa. O escalpo de Maurício Corrêa pareceu-lhes uma compensação adequada. Enxergaram em FHC a melhor pessoa para informar ao presidente sobre a conveniência de levar à bandeja a cabeça do ministro da Justiça, seu velho amigo. Acionado pelo general Romildo Canhin, FHC encontrou-se com Itamar fora da agenda, na Base Aérea de Brasília.

Ao farejar o cheiro de queimado, Itamar não opôs resistência à substituição do titular da Justiça. Tinha inclusive o nome de um substituto no bolso do colete: Alexandre Dupeyrat, um advogado que o assessorava no Planalto. Informados, os militares serenaram os ânimos. Mandaram circular pelos quartéis a informação sobre a queda iminente de Maurício Corrêa. Do Planalto, vazaram informações a respeito da decisão do presidente de trocar o titular da Justiça.

Maurício Corrêa ainda teria uma sobrevida de dois meses na Justiça. Itamar recusou-se a demiti-lo com humilhação. Deixou o posto a pretexto de disputar o governo de Brasília —candidatura que seria inviabilizada posteriormente. O caso da calcinha, por folclórico, escorregou naturalmente das manchetes para o esquecimento. Hoje, frequenta as páginas de livros como uma passagem pitoresca de um Brasil que ainda não sabia que seus flagelos se tornariam mais superlativos do que o Collorgate, escândalo que levou o vice Itamar à poltrona de presidente. A crise brasileira apaixonou-se pela desinência ‘ão’. E foi plenamente correspondida no mensalão, no petrolão, na recessão… Tudo isso mais o mochilão da Odebrecht, nova unidade monetária do país da corrupção.

Opinião dos leitores

  1. Cada vez mais chega notícias bizarras, incomum, atípica, da história do Brasil. Seja em quaisquer âmbito, plano, área de relato. Só que hoje toda essa bizarrice é aceita pelo povo, pois já estão acostumados a toda essa estapafúrdia.

    1. Foi não Cabral, se isso fosse com o PT a moça não teria ficado nem com a camiseta, estaria nua e despida de qualquer recurso sobre alegação da igualdade, ou seja, todos no fundo do poço, todos iguais, sem nada, na total dependência do governo corrupto.

    2. Ta delirando Cabral?neste caso do Itamar ele por ser um homem educado,não iria perguntar a moça se ela estava ou não de calcinha,pq o certo é usar calcinha.

      Já um certo Ministro do Turismo a bem pouco tempo,(no desgoverno de uma Anta)teve uma mulher siliconada a ("ESPOSA") dentro do seu gabinete no Planalto tirando fotos peladas para uma revista masculina….E TODOS OS PTRALHAS ACHOU LINDO E NORMAL,PQ SERÁ QUE FORAM DESENTERRAR ESSA HISTÓRIA?COISA BOA NÃO VEM POR AÍ.

  2. A grande diferença é que hoje provavelmente a calcinha teria sido desviada pela quadrilha de vermelho que enterrou o país em 13 anos de desgoverno e corrupção.

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Brasil

Sensação de insegurança nas ruas à noite alcança 39% dos brasileiros, segundo Datafolha

Foto: Reprodução

Uma pesquisa do Datafolha divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo apontou que a proporção de pessoas que se sentem “muito inseguras” nas ruas à noite chegou a 39%. O índice é cinco pontos percentuais maior em relação ao último levantamento feito pelo instituto sobre segurança, em setembro de 2023. Dos entrevistados, 26% dizem sentir “pouco inseguros”.

O Datafolha ouviu 2.002 pessoas com mais de 16 anos em todo o Brasil entre 19 e 20 de março. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A quantidade de pessoas que responderam sentir-se “mais ou menos seguras” nas ruas da própria cidade à noite diminuiu de 26% para 21%, na comparação com a pesquisa anterior. O número de brasileiros que se sentem “muito seguros” manteve a mesma proporção, de 14%.

Segundo o levantamento, as pessoas estão se sentido mais insegura em todas as regiões do país. O Sudeste tem os piores índices e o maior crescimento da taxa de entrevistados que dizem ter o sentimento de muita insegurança nas ruas da cidade ao escurecer. Em setembro de 2023, esse percentual era de 38%. Agora, chegou a 45%. No Centro-Oeste e Norte (os dados da pesquisa estão unificados para estas regiões), o índice é de 37%, no Nordeste, 36%, e no Sul, 32%.

Na divisão entre homens e mulheres que sentem muita insegurança, o sentimento é admitido por 33% entrevistados do sexo masculino e 45% do sexo feminino.

O Globo

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RN

Rio Grande do Norte tem 2,7 mil presos provisórios

Foto: Arquivo TN/Reprodução

O Rio Grande do Norte tem pelo menos 2,7 mil presos provisórios, isto é, detentos que ainda não foram à julgamento pela Justiça do Rio Grande do Norte. Os dados são da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap), enviados à pedido da TN. O quantitativo representa cerca de 21% de toda a população carcerária potiguar, que é de pouco mais de 12 mil presos, incluindo regimes fechado, aberto e semiaberto. O índice apresenta uma redução, que segundo especialistas, se deve à modernização do sistema e a outros fatores sociais.

Segundo os dados da Seap atualizados na última terça-feira (26), o Estado possui atualmente 5.230 presos no regime fechado, 2.727 no semiaberto e outros 2.008 no regime aberto. Há ainda outros 33 presos em medidas cautelares. Em reportagem publicada em 2013 pela TRIBUNA DO NORTE utilizando dados da Corregedoria Geral de Justiça (CGJ), o Estado possuía mais da metade dos presos na época sem receber sentença. Segundo o documento da época, dos 4.660 detentos, 2.479 não haviam recebido julgamento.

Para o presidente da Comissão da Advocacia Criminal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN), Anesiano Ramos de Oliveira, a redução de presos provisórios pode estar atrelada ao aumento da sistematização e aceleração de julgamentos nos processos.

Tribuna do Norte

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Segurança

Governo gastou quase R$ 1,7 milhão em operação para procurar foragidos de Mossoró

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A força-tarefa do governo federal que atua nas buscas dos dois detentos que escaparam da penitenciária federal de segurança máxima de Mossoró (RN), em 14 de fevereiro, já custou aproximadamente R$ 1,7 milhão aos cofres públicos. O dinheiro foi usado em despesas como diárias, passagens, plano de saúde e manutenção e abastecimento de viaturas. Os dados foram obtidos pelo R7 via Lei de Acesso à Informação.

As informações disponibilizadas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública mostram as despesas entre os dias 20 de fevereiro e 21 de março da Força Nacional de Segurança Pública, da Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e da Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado. De acordo com a pasta, nesse intervalo os órgãos gastaram R$ 1.682.709,54 com a operação que tenta localizar Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Esse valor pode ser ainda maior, pois não inclui as despesas da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, que também atuam nas buscas.

A maior parte dos gastos foi da Força Nacional. O governo enviou 500 agentes do órgão para Mossoró, e só com diárias gastou R$ 1.026.188,75. Além disso, até 15 de março, foram pagos R$ 115.446,02 em serviços de manutenção e abastecimento das viaturas empregadas na operação. Por fim, até 18 de março, a Força Nacional teve uma despesa de R$ 103.914,44 com o plano de saúde dos agentes que participam da missão.

R7

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Geral

VÍDEO: Incêndio de grandes proporções atinge prédio em construção em Recife

Um incêndio atinge a cobertura de um prédio em construção no bairro Torre, que fica na Zona Oeste do Recife, em Pernambuco, na noite desta quinta-feira (28).

CNN Brasil

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Geral

VÍDEO: Potiguar medalha de ouro em olimpíada para professores de matemática é destaque no Jornal Nacional

Imagens: reprodução/Rede Globo

O potiguar Kácio José Cardoso, um dos 10 medalhistas de ouro da 1ª Olimpíada de Professores de Matemática de Ensino Médio (OPMbr) foi destaque no Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (28).

A reportagem mostrou o trabalho realizado por Kácio na escola que ele trabalha em Parnamirim.

Como parte do prêmio, os primeiros classificados na olimpíada serão levados para uma viagem de duas semanas a Xangai, cidade chinesa que lidera rankings mundiais de ensino da matéria.

VEJA MAIS: Potiguar ganha medalha de ouro em olimpíada de matemática e está entre 10 melhores professores da disciplina no Brasil

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Brasil

Aneel mantém bandeira verde na conta de luz em abril

Foto: Cristiane Mattos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou nesta quinta-feira, 28, que a bandeira tarifária de energia elétrica continuará verde em abril. Isso significa que não haverá cobrança adicional na conta de luz.

A bandeira verde vigora desde abril de 2022, marcando dois anos consecutivos da manutenção. De acordo com a agência, a manutenção se deve ao cenário favorável de produção de energia no país, com os bons níveis dos reservatórios das hidrelétricas.

A bandeira verde é válida para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), malha de linhas de transmissão que leva energia elétrica das usinas aos consumidores.

A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está relacionado principalmente ao volume dos reservatórios.

“Essa é uma excelente notícia para o consumidor, pois a manutenção da bandeira possibilita menos custos no pagamento de energia e um maior equilíbrio nas contas das famílias de todo o país”, disse o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa.

O Antagonista

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Política

Resolução do TSE classifica irregularidades que podem comprometer eleições de 2024

Foto: Wilton Junior/Estadão

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou resolução sobre infrações que podem comprometer as eleições municipais deste ano. As regras, definidas em fevereiro, incluem entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF), estabelecem a aplicação de sanções e determinam que cabe aos juízes eleitorais a apuração dos ilícitos no pleito.

A resolução diz que casos que envolvam uso de estrutura empresarial ou poderio econômico para coagir pessoas e obter vantagens no pleito ou divulgação de mensagens falsas para descredibilizar o sistema eleitoral configuram abuso de poder econômico ou político.

Cota de gênero

Sobre fraude à cota de gênero, a resolução define que pode ser identificada a partir da obtenção de votação irrisória de candidatas, prestação de contas com movimentações financeiras idênticas e ausência de campanha eleitoral efetiva. A negligência de partido ou federação em relação às candidaturas femininas também comprova a irregularidade, que pode resultar na cassação de todos os eleitos pelo partido, invalidação das candidaturas e anulação dos votos recebidos.

Em relação às campanhas, os desvios de recursos destinados às candidaturas femininas serão considerados irregulares independentemente do valor desviado. Do mesmo modo, o uso exclusivo de recursos para beneficiar candidaturas masculinas será tratado como uma violação das normas de arrecadação e gastos. A sanção para essas ilicitudes é o impedimento de posse ao cargo.

Compra de votos

Já para definir a compra de votos, precisa ser comprovada a existência de promessa ou oferta de vantagem pessoal ao eleitor. Nesse caso, não é necessário apresentar o pedido explícito do voto em troca do benefício. A prática, que pode ser considerada corrupta caso seja demonstrada a capacidade de obstrução da legitimidade do pleito, prevê a aplicação de multas de até R$ 53 mil e cassação do registro do candidato.

O TSE ainda proibiu diversas ações aos agentes públicos, como a concessão de bens ou imóveis da administração pública em benefício de partidos ou candidatos e a prestação de serviços para campanhas eleitorais.

A regulamentação também permite que ações eleitorais diferentes, que dizem respeito a um mesmo caso, sejam reunidas para um julgamento comum, desde que a apreciação conjunta colabore com a efetividade do processo e não comprometa a celeridade.

Estadão Conteúdo

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Economia

Campos Neto diz que Banco Central trouxe inflação para a meta com baixo custo para a sociedade

Foto: PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (28) que a instituição trouxe a inflação para a meta com um custo baixo para a sociedade em termos de crescimento, desemprego e retração de crédito.

“Existe uma avaliação, tanto local quanto internacional, de que o trabalho do Banco Central foi bem feito no sentido de promover uma convergência da inflação com custo baixo para sociedade”, disse, durante coletiva para o detalhamento do Relatório Trimestral de Inflação, divulgado mais cedo.

O relatório aponta que projeções para 2024 e 2025 são de que a inflação fique em 3,5% e 3,2%, respectivamente. A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) disse que “alguns membros” veem uma possível desaceleração de cortes na Selic à frente, e, ao comentar as diferenças, Campos Neto alegou que o comitê não está dividido. “As decisões foram unânimes”, reforçou.

O presidente também afirmou que o Banco Central não se guia por precificações do mercado para definir a taxa básica de juros.

Durante a coletiva, Campos Neto detalhou a decisão do comitê em reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 10,5%. “Essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”, destacou.

R7

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Economia

Dívida pública alcança R$ 6,5 trilhões em fevereiro, elevação de 2,25% em um mês

Foto: Renan Monteiro/ O GLOBO

O estoque da dívida pública federal apresentou aumento, em termos nominais, de 2,25%, passando de R$ 6.449,86 bilhões, em janeiro, para R$ 6.595,29 bilhões, em fevereiro. Essa é a dívida do Tesouro Nacional, e não considera indicadores de estados, municípios e estatais, além de títulos do Banco Central.

O endividamento do governo sobe para cobrir o déficit público — quando as receitas ficam abaixo das receitas, o que ocorreu em 2023, quando o rombo chegou a R$ 230 bilhões. O estoque também sobe para rolar seus próprios títulos e pagar os juros dessa dívida.

No inicio do ano, o Tesouro anunciou o intervalo de R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões como piso e o teto da dívida pública para o ano de 2024.

A dívida federal é detida por instituições financeiras, fundos, contas de Previdência, governos, seguradoras e pessoas físicas.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Veja bem… Isso é ruim, mas pode ser bom. Kkkkkkkkk
    Calma que ainda tem mais de 2 anos e meio. Faz o L bem grandão!!!

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Política

‘É grave’, diz Lula sobre candidata da oposição barrada de concorrer às eleições na Venezuela

Foto: TV Globo/Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (28) ser “grave” que Corina Yoris não tenha conseguido registrar sua candidatura à presidência da Venezuela.

Yoris representa o principal grupo de oposição ao atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, aliado histórico de Lula. Ela não conseguiu inscrever a candidatura no prazo previsto e, por isso, ficou impedida de concorrer.

As declarações foram dadas durante cerimônia de recepção ao presidente francês, Emmanuel Macron, em visita ao Brasil. As eleições venezuelanas, agendadas para o dia 28 de julho, estão marcadas por questionamentos e denúncias de perseguição contra opositores do atual regime.

Lula disse que conversou com Nicolás Maduro e disse que seria essencial garantir o processo democrático no país, porque é “importante para a Venezuela voltar ao mundo com normalidade”. No entanto, o petista afirmou acreditar que a candidata tenha sido prejudicada.

“Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa, da candidata que foi proibida de ser candidata pela Justiça [María Corina Machado], indicar uma sucessora [Corina Yoris]. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada”, disse.

“Ela não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata”, continuou.

“O dado concreto é que não tem explicação. Não tem explicação jurídica, política, você proibir um adversário de ser candidato.”

Candidatura não registrada

Esta foi a primeira declaração de Lula sobre o tema desde que, nesta semana, o Brasil externou preocupação com as eleições na Venezuela, após a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, na última segunda-feira (25). A situação também gerou reações de outras nações.

Após o fim do prazo para inscrição de candidatos, a coalizão Plataforma Unitária Democrática, que reúne dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar o nome de Corina Yoris.

Ela já havia sido escolhida porque a candidata inicial, María Corina Machado, foi inabilitada pela Suprema Corte venezuelana, alinhada a Maduro.

Diante disso, a oposição deve apoiar o nome de Manuel Rosales, que conseguiu se inscrever de última hora no processo eleitoral.

 g1

Opinião dos leitores

  1. A deterioração da economia no Brasil, algumas vitórias da direita no mundo, o medo da derrota futura (palpável ja), a dificuldade, o medo do MITO, as constantes derrotas no legislativo, governos bens avaliados nas regiões sudeste, sul e centro oeste, o poder do agro, o medo de uma nova Curitiba, o nordeste se virando, as interferências da primeira donzela, eita troço, a coisa tá feia.

  2. Isso é combinado povo brasileiro, esse bandido vai deixar o Brasil igual a Venezuela, para o comunismo o povo tem que tar passando fome e dependendo do governo, esse lula é igual a maduro.

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