Televisão

Galvão Bueno: 'Sou um vendedor de emoções.' Narrador desistiu de se aposentar e tem contrato com a Globo até 2019

esporte-futebol-globo-galvao-bueno-20140721-002-size-598Desde 1974, o Brasil ouve Galvão Bueno narrar a Copa do Mundo. Foram onze até hoje. E, se depender dele, outras virão. O locutor esportivo chegou a anunciar que não narraria mais Mundiais, mas mudou de ideia e acaba de renovar contrato com a Rede Globo até 2019. Nesta entrevista, ele diz que a derrota épica do Brasil para a Alemanha e a perda do hexa em casa não abalam a mística do país do futebol e que não pode ser acusado de elogiar demais — seja a seleção, o Felipão ou o Neymar. “As pessoas esquecem que estou lá para animar o espetáculo.” Galvão Bueno recebeu VEJA para a conversa que se segue pouco antes de embarcar para a Alemanha, onde vai narrar o Grande Prêmio de Fórmula 1 deste fim de semana.

Derrotado em casa, humilhado pela Alemanha e ultrapassado pela Argentina — o Brasil ainda pode ser chamado de o país do futebol? Não há dúvida de que a derrota para a Alemanha foi humilhante e que fomos ultrapassados pela Argentina. Mas a mística da seleção não sofre impacto. O mundo todo ainda nos ama e nos vê como o país do futebol por tudo o que fizemos nestes quase 100 anos, pela maneira com que sempre jogamos. Quem teve Garrincha e Pelé? O que precisa ser feito é uma revisão de valores, para que se possa retomar o caminho certo. Não se pode confundir o desempenho de um time com a riqueza de uma história.

A reação à derrota para a Alemanha por 7 a 1 foi exagerada? O apresentador Luciano Huck, seu colega, chegou a dizer que aquilo foi o nosso 11 de Setembro. Houve reações exageradas, sim. No caso do Luciano, eu falei na hora para ele: “Pois é, Luciano, são coisas diferentes. Lá as consequências foram outras”. Mas quem não erra na vida? Já falei um monte de bobagem. Nas eliminatórias da Copa de 1990, eu me atrapalhei e narrei um gol errado. E comecei a dar desculpas. No dia seguinte, o Armando Nogueira (jornalista esportivo morto em 2010) me chamou e disse: “Você perdeu a maior chance da sua vida de ter sido simpático com o telespectador e reconhecer o seu erro em vez de ficar dando desculpas”. Daquele dia em diante, cada vez que erro, e sei que errei, reconheço e peço desculpas.

O senhor foi acusado de ter elogiado o técnico Luiz Felipe Scolari durante todo o torneio e passado a criticá-lo para valer só depois do 7 a 1. Isso foi um erro? Desde o primeiro jogo desta Copa, o Casagrande, o Ronaldo e eu sempre fizemos críticas à forma como a seleção estava jogando. Eu disse, em alguns momentos, que o trabalho do Felipão era coerente. Mas em momento algum elogiamos a seleção nem dissemos que era uma maravilha. Entre as muitas coisas que aprendi com o Armando Nogueira é que devemos elogiar sem bajular e criticar sem ofender. Eu pauto a minha vida com base nisso. Nunca fiz uma crítica que carregasse ofensa pessoal. E nunca fiquei babando ovo para ninguém.

Mas no jogo contra Camarões, quando o Ronaldo criticou a seleção, o senhor perguntou se ele não estava sendo “exigente demais”. Você não pode esquecer que eu também tenho o papel de animador da brincadeira. Sou um vendedor de emoções que anda no fio da navalha. De um lado, tem a emoção que você tem de vender e, do outro, a realidade dos fatos. Na Copa do Mundo, mesmo que o time não tenha feito uma grande partida, tem a festa, todo aquele envolvimento das pessoas. Mas em momento algum nós dissemos que a seleção jogou um grande futebol. O que eu disse foi: a comissão técnica tomou um caminho na Copa das Confederações e acertou em cheio. Persistiu nesse caminho na Copa do Mundo e o trabalho não funcionou. O erro, pareceu-me, foi a falta de humildade de reconhecer que a Alemanha era melhor. E acabar jogando com pouca cautela.

Os jogadores brasileiros choram demais? Nunca vi uma seleção que chorasse tanto. Criou-se um clima um pouco exagerado em cima desta Copa no Brasil. Acho que isso tem a ver com essa coisa do hino cantado a capela. Era emocionante mesmo. Nas primeiras vezes que ouvi, fiquei com lágrimas nos olhos. Mas não precisava ser algo levado a um nível tão extremo. Tenho minhas dúvidas se isso não abalou o emocional do time. Houve um exagero na contusão do Neymar também, aquela coisa meio fúnebre, de levar a camisa dele no jogo contra a Alemanha. Tinha visto isso na Copa das Confederações, quando morreu o jogador de Camarões, em 2003. Pode ter prejudicado também. Fala-se muito em time de guerreiros, grupo de guerreiros, mas futebol é um esporte. O Brasil criou a fama do futebol dele com arte, não com um time de guerreiros. É um momento de retomada desse caminho.

Foi a Copa das Copas? Esse termo “Copa das Copas” é fruto de um interesse político que não me interessa nem me agrada. Mas foi uma Copa especial, disputada com intensidade, como poucas vezes eu vi. Teve a Colômbia, os Estados Unidos, a Costa Rica… Foi uma Copa de superações. A de 1982 talvez tenha sido, de todas de que participei, a mais fantástica, pelo time que o Brasil tinha, pelo fato de ter sido batido pela Itália. Esta foi uma Copa de muita emoção. Não vou dizer que tenha sido a mais bela ou a mais técnica.

Agora virou moda dizer que o futebol brasileiro precisa mudar. Quais as mudanças necessárias, na sua opinião? No que diz respeito à seleção, acho que deve existir um gestor, um sujeito com experiência e conhecimento do futebol internacional, que saiba como se trabalha na França, na Itália, na Espanha, no Brasil. É alguém para se preocupar menos com o dia a dia e mais com os caminhos a ser seguidos. Na minha opinião, ninguém está mais bem preparado neste momento para assumir essa tarefa do que o (ex-jogador) Leonardo. É um sujeito que fala cinco idiomas, foi campeão na França e na Itália e tem formação de técnico e gestor.

E, para o técnico, concorda com a tese de que ele deveria ser um estrangeiro? Não sou dessa linha. Primeiro, devemos pensar no caminho a tomar. Veja bem, eu sou um narrador e não tenho de opinar sobre nome de técnico. Cito alguns nomes agora, mas apenas como detentores de certas características, como o perfil adequado para o momento. Como técnico, você tem o Tite, o Muricy, o Abel Braga, o Luxemburgo, grandes nomes do Brasil. Vamos enfrentar uma eliminatória duríssima, talvez a mais difícil do futebol brasileiro, e por isso esse trabalho tem de ser muito bem pensado.

Sem mudanças no comando da CBF, o senhor acha possível darmos um salto como deu a Alemanha a partir da derrota na Eurocopa de 2000? Tem um presidente eleito, não vejo como mudar. Isso é uma coisa muito complicada de discutir e de responder numa frase. Tivemos, todo mundo sabe, uma série de problemas na gestão do Ricardo Teixeira, que foi excessivamente longa e deixou sombras que o obrigaram a renunciar. Mas foi uma gestão com várias conquistas esportivas. Seria muito melhor que elas tivessem acontecido sem as sombras. Está respondido? Não tenho poder de decisão sobre a CBF, mas gostaria, sim, que ela se modernizasse e se modificasse.

Nas redes sociais, o senhor ganhou o apelido de “Neymarzete”. Acha que exagera nos elogios ao jogador? Cada um fala o que quer, mas eu não concordo. Acho até que em certos momentos critiquei excessivamente o Neymar. Casagrande e eu temos a tese de que ele deve prender a bola na área, porque lá não vão cair em cima dele. Quando o Neymar prende a bola lá atrás, toma pancada o tempo todo. Agora, ele é a nossa estrela, é quem mais brilhava, e as pessoas não podem esquecer que eu estou lá para animar o espetáculo, para vender emoções. E, para aqueles que dizem que exagero, gostaria que ouvissem narrações de locutores de outros países. Sou até contido.

A atuação do Ronaldo como comentarista na Copa foi bastante criticada. Como o senhor a avalia? Essa reação é absolutamente normal. Quando o Pelé começou a trabalhar com a gente, nos anos 80, as pessoas esperavam que ele pegasse o microfone e desse o show que dava como jogador. Com o Ronaldo é a mesma coisa. Ele foi um dos maiores atacantes da história do futebol mundial. Daí, as pessoas imaginam que, como comentarista, ele vai pegar o microfone e se sair como Frank Sinatra. Não é assim, são coisas diferentes. No início da Copa, ele foi, entre nós, o primeiro a criticar a seleção de forma mais incisiva.

E a Patricia Poeta, com quem o senhor fez dupla? Ela teve um papel difícil, substituir o que a Fátima Bernardes fez em Mundiais anteriores, quando conseguiu uma empatia forte com jogadores, telespectadores. Ela foi muitíssimo bem. Preparou-se intensamente para ter domínio sobre o assunto e conseguimos fazer um contraponto da notícia com a opinião. Por isso, inclusive, o nosso espaço no telejornal foi aumentando. Ontem fui lá dar um abraço no William Bonner, porque o editor-chefe do jornal, quem pagina o jornal, é ele. E o Bonner nos deu espaço, incentivou-nos o tempo todo.

O senhor está para lançar um livro de memórias… Nestes quarenta anos de carreira convivi com todos os grandes personagens do esporte brasileiro. Então, conto minhas histórias com Pelé, Ayrton Senna, Nelson Piquet, Fittipaldi, Rivellino, Zico.

O senhor vai revelar alguma coisa sobre esses jogadores famosos ou sobre o piloto Ayrton Senna que até hoje ninguém ficou sabendo? O Ayrton tinha aquela cara de bonzinho, mas era muito sacana. Ele tem duas comigo que não se faz. Uma vez, fomos embarcar para Miami e ele prendeu três cadeados nas passadeiras da minha calça, sem que eu percebesse. Evidentemente, eu fui barrado no raio X. E eu dizia: “Mas como vou tirar isso daqui se não tenho a chave?”. E o Ayrton falava para o americano do controle que estava me barrando: “Ele é maluco, não deixa esse louco entrar no avião”. A outra vez foi no avião para o Japão. Tirei o paletó e a camisa, fiquei de camiseta, e deixei lá. Quando fui me vestir, minha camisa estava sem gola, sem botão e sem punho, que ele tinha cortado. Desci num calor danado e todo tapado com o paletó, e o Ayrton dizia para o japonês da imigração: “Manda ele tirar o paletó que você vai perceber que ele não pode entrar no país porque é maluco”.

Um jornalista sueco disse que, em uma entrevista no começo do mês, o senhor teria afirmado que era tão famoso quanto Bono Vox. Acha mesmo isso? Não falei aquilo em hipótese alguma. Esse rapaz escreveu um livro. Eu concordei em dar uma longa entrevista a ele. Foi ele quem ficou impressionado com o assédio em torno de mim. Isso é uma coisa que veio dele. Nem li o livro ainda. Não sou idiota de falar isso, de me comparar com quem quer que seja do tamanho de um Bono Vox. Se tivesse dito isso que ele me atribui, eu mesmo seria o primeiro a me considerar um idiota total.

Em uma entrevista a VEJA em 2010, o senhor disse que a Copa de 2014 seria a sua última. Agora, renovou contrato com a TV Globo até 2019. Desistiu de se aposentar? O que eu disse foi que não me via fazendo outra Copa do Mundo fora do Brasil. E naquele momento não me via mesmo. Mas a vida é dinâmica. Não se esqueça de que nós tivemos uma mudança de gestão na Rede Globo, muito relacionada à minha área. Eu me sinto extremamente feliz hoje trabalhando. É um novo desafio. Fo­ram-me propostas coisas novas. Cheguei à conclusão de que é o que eu gosto de fazer, o que sei fazer, é onde eu realmente me realizo. E tem uma história de quarenta anos. Enquanto me sentir bem, com saúde e em condições de fazer o trabalho, e a Globo entender que eu sou importante nesse trabalho, vou ficar. Tenho contrato até depois da Copa de 2018. Então, respondendo à sua pergunta, voltei atrás, sim. Não tenho motivos para parar agora. Então, por que parar?

Veja

Opinião dos leitores

  1. Cuidado pois essas investidas dos PTralhas vão culminar com a demissão desse profissional exemplar, pois os bandidos adoram mexer no que é bom.

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Política

Senado deve votar hoje se posse e porte de qualquer quantidade de droga ilícita é crime

Foto: JONAS PEREIRA/AGÊNCIA SENADO

O plenário do Senado começa a votar nesta terça-feira (16) a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que criminaliza a posse e o porte de qualquer quantidade de droga ilícita. De autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a proposta foi aprovada por ampla maioria na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa e é vista como uma resposta ao julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal.

Antes de ser submetida à votação em primeiro turno, a proposta foi discutida em cinco sessões no plenário do Senado. Após a primeira votação, o texto ainda será debatido em mais duas sessões. Para que uma PEC seja aprovada, é necessário o apoio de pelo menos dois terços dos senadores (54 votos), após dois turnos de deliberação. A data da votação em segundo turno ainda não foi definida.

Segundo apurou o R7, isso vai depender do resultado da primeira votação. Se aprovado pelos senadores, o texto será enviado à Câmara dos Deputados.

R7

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Economia

Governo Lula procura mais R$ 35 bilhões para baixar conta de luz

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Após publicar uma MP (medida provisória) para baixar a conta de luz no país em até 5% neste ano, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute como garantir alívios nas faturas a partir de 2025.

Membros do governo falam na necessidade de até R$ 35 bilhões anuais para a tarefa.

A tarifa de energia é uma das principais preocupações do mandatário em meio à queda de popularidade identificada nas pesquisas, ao lado dos preços de alimentos e de combustíveis.

Pessoas envolvidas nas discussões relatam que uma das propostas é usar recursos do próprio Orçamento da União, mas o tema gera resistência do Ministério da Fazenda.

Folha de S. Paulo

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Mundo

Presidente do Irã diz que qualquer ação contra os interesses do país receberá resposta severa

Foto: Majid Asgaripour/WANA (West Asia News Agency) via REUTERS

Durante uma conversa com o emir do Catar, o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou que qualquer ação contra os interesses do país receberá uma resposta severa. As informações foram publicadas pela agência iraniana ISNA, nesta terça-feira (16).

A afirmação de Raisi acontece após Israel afirmar que vai responder ao ataque iraniano contra o país, lançado no sábado (13). Naquele dia, mais de 300 mísseis e drones do Irã foram enviados ao território israelense.

Raisi conversou com o emir Tamim bin Hamad al-Thani por telefone. Segundo a ISNA, o presidente iraniano enfatizou a necessidade de tomar medidas dissuasivas contra o conflito na Faixa de Gaza. Ele também criticou o apoio de alguns países do Ocidente a Israel.

“Declaramos categoricamente que a menor ação contra os interesses iranianos certamente será recebida com uma resposta severa, generalizada e dolorosa contra qualquer perpetrador”, disse.

g1

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Judiciário

Mendonça rejeita notícia-crime que atribui transfobia a Nikolas por discurso com peruca

Foto: PABLO VALADARES/AGÊNCIA BRASIL

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta segunda-feira, 15, o pedido para investigar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) por transfobia. A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados acionou o STF depois que Nikolas Ferreira usou a tribuna para atacar mulheres transgênero no Dia das Mulheres. A notícia-crime foi articulada pela deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

Em seu discurso, Nikolas Ferreira afirmou que as ‘mulheres estão perdendo espaço para homens que se sentem mulheres’. Também vestiu uma peruca e ironizou: “Hoje me sinto mulher, deputada Nicole.”

“Estou defendendo a sua liberdade. A liberdade por exemplo, de um pai recusar de um homem de dois metros de altura, um marmanjo entrar no banheiro da sua filha sem você ser considerado um transfóbico. Liberdade das mulheres, por exemplo, que estão perdendo seu espaço nos esportes, estão perdendo os seus espaços até mesmo em concurso de beleza, meus senhores. E pensa só isso: uma pessoa que se sente simplesmente algo impõe isso pra você”, seguiu Nikolas.

R7

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Política

Dívida bruta já subiu R$ 1 trilhão sob Lula

Foto: Poder360/Divulgação

A DBGG (Dívida Bruta do Governo Geral) subiu R$ 1,077 trilhão nos primeiros 14 meses do 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Atingiu R$ 8,3 trilhões em fevereiro de 2024, segundo dados do BC (Banco Central).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entregou a relação dívida-PIB em 71,7% em dezembro de 2022. De janeiro de 2023 a fevereiro de 2024, o percentual foi a 75,6% sob a gestão do petista. Significa um aumento de 3,9 pontos percentuais. As projeções mais recentes do mercado indicam que subirá para 77,5% em 2024 e 80,1% em 2025.

O governo atual foi responsável pela maior expansão nominal do endividamento do país se considerados os primeiros 14 meses de cada governo. Superou o aumento da dívida no 2º mandato de Dilma Rousseff (PT), de R$ 765 bilhões.

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Poder360

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Brasil

X informa STF que enviou ao Congresso dos EUA decisões de Moraes sobre moderação de conteúdo

Foto: Divulgação/STF

O X (antigo Twitter) no Brasil informou o Supremo Tribunal Federal (STF) que a plataforma nos Estados Unidos enviou ao Congresso do país todas as decisões de Alexandre de Moraes e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) relacionadas à moderação e derrubada de conteúdo.

As informações foram enviadas no sábado (13) e constam no sistema do STF, no inquérito das milícias digitais.

Segundo o X Brasil, a ordem para envio das decisões partiu do Comitê de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos EUA. A determinação foi cumprida ainda na sexta (12), de acordo com a empresa.

“Ressalte-se que a X Corp., ao cumprir o objeto do Ofício, registrou à autoridade norte-americana que os referidos documentos solicitados são confidenciais e se encontram resguardados por sigilo judicial”, disse o X Brasil a Moraes.

CNN Brasil

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Cidades

VÍDEO: Pescadores capturam tubarão em Macau

Foto: Reprodução

Pescadores capturaram na noite dessa segunda-feira (15) um tubarão em Macau. O animal estava próximo do encontro do rio com o mar na cidade. Populares da região aproveitaram para registrar o momento. Confira abaixo:

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Brasil

MST anuncia novas invasões na jornada ‘Abril Vermelho’

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou, por meio de nota, que ocupou na segunda-feira (15) áreas nos Estados de Ceará, Goiás, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Distrito Federal. A ação se soma a outras duas áreas ocupadas, no domingo (14), em Petrolina (PE) e uma área invadida na semana passada em Itabela, no extremo sul da Bahia. No total, há nove áreas invadidas pelo movimento.

Os atos, de acordo com o movimento, fazem parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre neste mês, conhecido como “Abril Vermelho”, em repúdio ao massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores rurais ligados ao MST foram assassinados pela Polícia Militar.

Entre as áreas invadidas pelo MST, estão áreas de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), ambas ligadas ao Ministério da Agricultura, e, portanto, do governo federal.

A ação do MST ocorre justamente às vésperas do lançamento pelo governo federal do Programa Terra para Gente para acelerar o assentamento de famílias no País que será anunciado na tarde desta segunda-feira pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, no Palácio do Planalto.

Estadão Conteúdo

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Economia

Bloqueio na BR-304 eleva preços e causa prejuízos ao setor produtivo

Foto: Alex Régis

O bloqueio à BR-304, ocorrido no dia 31 de março, segue gerando impactos para os diversos setores da economia potiguar. De acordo com Maxwel Flor, presidente do Sindi-postos-RN, há informações de que pelo menos dois postos de combustíveis da região de Lajes, onde aconteceu a interdição, fecharam nos últimos dias. O

utro impacto é a alta no preço dos produtos de hortifruti, segundo Gilvan Mikelyson, presidente da Associação dos Supermercados do RN (Assurn). Ele afirma que a situação na rodovia tem agravado o problema da produção de frutas e verduras, castigada pelas chuvas no Oeste potiguar.

As reclamações se juntam à principal queixa dos setores econômicos no momento: o aumento de custos do frete, provocado pela prolongamento dos trajetos que servem de rota alternativa ao bloqueio. No último dia 3, a construção de um desvio às margens da BR-304 foi iniciada para funcionar como passagem temporária dos veículos, enquanto a reconstrução da ponte sobre o Riacho Bom Fim, derrubada pela força das águas, não é concluída.

Tribuna do Norte

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Economia

Campos Neto: trabalho do BC fica mais difícil se houver a percepção de que não há uma âncora fiscal; Governo mudou meta de 2025

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira que mudanças que tirem a credibilidade da política fiscal tornam o trabalho da autoridade mais difícil e aumentam o custo da política monetária, ou seja, da política de juros.

A fala ocorreu logo depois de o governo confirmar uma mudança na meta fiscal de 2025 para um déficit zero. Antes, o objetivo era um superávit de 0,5% do PIB.

— Torna nosso trabalho muito mais difícil se houver a percepção de que não há uma âncora fiscal, porque a âncora fiscal e a âncora monetária precisam trabalhar juntas — disse Campos Neto, em evento nos Estados Unidos.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária, em março, o colegiado do BC reduziu a taxa básica de juros (Selic) em mais 0,5 ponto percentual, para 10,75% ao ano.

— Sempre que há uma mudança no governo que torna a âncora fiscal menos transparente ou menos crível, significa que você tem que pagar com custos mais altos do outro lado, então o custo da política monetária se torna mais alto — disse.

Na linha do que repete o comunicação oficial do Copom, Campos Neto voltou a falar que o ideal é que as metas não sejam alteradas e que se faça “o máximo possível em termos de esforço” para alcançar os alvos estabelecidos.

— Se, por algum motivo, você tiver que fazer um desvio nisso, é muito importante comunicar bem, porque se as pessoas perderem a confiança na âncora fiscal, então a âncora monetária é afetada, e vimos isso repetidamente em nossa história — afirmou ele.

Para Campos Neto, “o fiscal está se tornando cada vez menos coordenado com o monetário” na maior parte do mundo. Para o dirigente, quando entramos na pandemia, foi muito fácil de coordenar as respostas.

— Mas a saída está sendo muito difícil de coordenar. E não há nada mais permanente do que um programa temporário de despesas. Isso foi uma frase que emprestei do Milton Friedman. Mas você vê isso em muitos lugares diferentes, e acho que isso se tornará um problema — disse.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Preparem-se para tempos sombrios. Estamos indo ladeira a baixo. Em momento algum esse governo fala em corte de gastos. Bando de irresponsáveis incompetentes .

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