O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), saiu nesta terça-feira em defesa de Dias Toffoli, também integrante da corte, que teria sido mencionado em delação premiada da OAS, como informou a revista “Veja”. Para Gilmar, não há elementos para incriminar o colega. O ministro atribuiu o vazamento ao Ministério Público e cobrou a punição dos responsáveis. Ele atribuiu a divulgação da informação sigilosa a uma atitude vingativa dos investigadores, porque Toffoli já decidiu pelo fatiamento de parte da Lava-Jato e também concedeu habeas corpus ao ex-ministro petista Paulo Bernardo.
– No caso do Toffoli, é evidente. Ele deu duas decisões, uma do fatiamento, outra do Paulo Bernardo. É natural que queiram acertar (o ministro). Houve manifestações críticas dos procuradores. Isso já mostra uma atitude deletéria. Autoridade não reage com o fígado, não reage com informações à sua disposição. Quem faz isso está abusando da autoridade – afirmou Gilmar em entrevista à imprensa no Supremo.
Após a divulgação do suposto conteúdo da delação, a Procuradoria Geral da República determinou a suspensão das negociações do acordo do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e de outros executivos da empreiteira. Para o Ministério Público Federal, houve quebra de confidencialidade, uma das cláusulas do pré-acordo firmado há duas semanas. Janot teria entendido que a divulgação de uma informação sobre citação ao ministro do STF teria como objetivo forçar a Procuradoria-Geral da República a aceitar a delação. Nas tratativas iniciais não há qualquer anexo em que Léo Pinheiro ou algum outro executivo da empreiteira tenha se comprometido a fazer acusação de envolvimento de Toffoli ou de outro ministro do STF em desvios investigados na Operação Lava-Jato.
Gilmar também criticou as dez medidas propostas pelo Ministério Público contra a corrupção. Gilmar afirmou que o país vive um momento de abuso de autoridade também por parte da Polícia Federal. Ele lembrou ter sido investigado por engano, na Operação Satiagraha, porque havia provas contra um homônimo. O ministro chamou policiais e procuradores de “falsos heróis” alimentados pela imprensa.
– Em momentos passados, eu mesmo vivi aquela coisa da Satiagraha, com a Polícia Federal. De vez em quando se tem esse tipo de situação. Depois, esses falsos heróis vão encher o cemitério. A vida continua. Mas vocês se entusiasmam com eles. Vocês (jornalistas) são adictos, um tipo de dependentes de notícia. Assim como alguém depende de drogas, vocês são dependentes de notícias. Então, essa gente passa a ter um poder enorme em cima de vocês. Quem tem essas informações passa a ter um poder imenso, inclusive direcionar para onde vão as imputações. Precisa ser racionalizado, precisa ter responsabilidade. Quem tem poder tem que ter responsabilidade – criticou o ministro.
Gilmar aproveitou para cobrar investigações sobre o vazamento dos pedidos de prisão da PGR contra os senadores do PMDB Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR), o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os pedidos foram enviados ao STF e, antes que houvesse decisão do tribunal, foram divulgados.
– Você não combate o crime cometendo crime. Isso é o lead (no jornalismo, o primeiro parágrafo da reportagem que reúne as principais informações), se vocês quiserem. Ninguém pode se entusiasmar, se achar o ó do borogodó, porque vocês dão atenção a eles. Cada um vai ter o seu tamanho no final da história. Então, um pouco mais de modéstia. Calcem as sandálias da humildade. O país é muito maior do que essas figuras eventuais e cada qual assume sua responsabilidade – reclamou.
Segundo a publicação, Toffoli contratou um serviço de engenharia indicado por um empreiteiro e, depois, pagou pela obra. Para Gilmar, o trecho não incrimina Toffoli.
– Eu li a matéria (da “Veja”) e parece bastante desfocada da própria realidade. Nenhum fato ilícito é imputado. O que me parece é que, como já disse ao colega de você, parece uma coisa um tanto quanto maquinada. Com os objetivos mais ou menos claros. Eu nem sei se a delação existe, mas o tipo de vazamento, o tipo de notícia, me parece que há sérios problemas.
Gilmar ponderou que o vazamento da delação da OAS não deveria implicar na suspensão dos depoimentos, como decidiu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot. O ministro defendeu a apuração da autoria do vazamento de informações sigilosas e a punição dos responsáveis.
– Não entendo que seja o caso de suspender a delação ou prejudicar quem esteja disposto a contribuir com a Justiça. Eu acho que a investigação tem que ser em relação logo aos investigadores, porque esses vazamentos têm sido muito comuns, é uma prática bastante constante, e eu acho que é um caso típico de abuso de autoridade e isso precisa ser examinado com toda cautela – disse o ministro.
Para Gilmar, a notícia da delação prejudica a imagem do STF e foi tramada intencionalmente por pessoas que têm interesse em enfraquecer o papel do Tribunal.
– Certamente tudo isso é negativo porque, na verdade, a população coloca todo mundo na mesma vala. Esse é o tipo de prática. E é compreensível, porque a população não está preparada para fazer esse tipo de distinção. As matérias que saem, as pessoas leem manchete, muitas vezes não leem a matéria toda. Isso é negativo. E aí tem que se perguntar: a quem interessa esse tipo de coisa? – questionou.
Outro integrante do STF, o ministro Luiz Fux, considerou que a menção a Toffoli feita na revista “Veja” não tem poder para incriminá-lo.
– O conteúdo da delação não compromete nem o ministro Dias Toffoli, nem o STF – concluiu.
O Globo
Faz sentido as palavras do Ministro,
creio q a única pessoa q não tinha o menor interesse q a delação vazasse era Léo Pinheiro, até pq ele assinou um termo de "confidencialidade", ao quebrá-lo, fatalmente não teria como abrandar a pena q será imposta pela justiça.
Termo de "confidencialidade" nunca foi problema nas outras delações amplamente vazadas, né Val?
Nobre Sérgio Franco,
me reporto tão somente ao "caso em tela",
tendo em vista q qualquer "ponta" envolvida na questão (delação) poderia ter vazado as informações, menos o Léo Pinheiro pois seria o maior prejudicado, tendo em vista uma pena muito pesada o aguardando ao final do processo…
Kkk o super gênio TOFFOLI ( ex-advogado do PT) vou nomeado com 41 anos de idade ,que pessoa inteligente e de sorte !!!!
Só um idiota ,para confiar em um ministro que foi advogado do PT,o cara é um BOY ,sem concurso …e hoje é ministro !!!! Kkkkkkk muita competência ????
Quando alvo de vazamento foi Lula, STF não reagiu!
Importante chamar a atenção que Gilmar tenha resolvido protestar quando a operação ameaça atingir um de seus colegas".
Em março, quando a Lava Jato divulgou gravação de Lula e Dilma Rousseff, Gilmar não manifestou a mesma indignação com o vazamento. Na época, o que importava para ele era discutir 'o conteúdo' do grampo"
Só pode ser piada!
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É pra rir ou chorar?
Gilmar indignado com a lavaajato logo depois de cuspir na Lei da FICHA LIMPA, e de defender o FINANCIAMENTO PRIVADO DE CAMPANHA?
Digam que é brincadeira e que isso não está acontecendo.
Porque assim desse jeito, Gilmar não deixa nem os Advogados de Aécio e Serra trabalharem.
Ele logo se antecipa e dá declarações em público defendendo exatamente o contrário do que disse antes pra atacar Dilma e Lula.
Como Ministro, sua discrição e ética inspiram tempos de Nazi facismo sem precedentes, pois ele cospe na OAB e nos órgão de fiscalização e controle que assistem impávidos fingindo que não viram ou que não é com eles.
Como bem disse Martin Luther King: “O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons".
Vovô Osmarildo já dizia : "quando começa a rebelião no cabaré , e o puteiro fica em chamas , a dona do recinto sobe pelas tamancas "
STFDB…
Igualzinho a todos os outros…
Vazamento contra o PT, Lula e Dilma esse tucano nao reclama né?
Para de chorar seu bebê chorão …..que merda de ter ladrao preferido ,quem defende bandido ,bandido é ,PERDEU O CC ,aprenda a trabalhar depois de 13 anos ,ou se mude para a MIZERAVEL Venezuela