Os obesos que hoje recebem cerca de £100 (o equivalente a R$ 525) por semana poderão ter o benefício suspenso caso se neguem a buscar tratamento para a doença – Ronaldo Schemidt / AFP
Um estudo publicado no periódico científico “British Medical Journal” mostra que homens mais baixos e mulheres acima do peso têm mais chances de ter níveis educacionais limitados, renda menor e status profissional inferior.
Além disso, segundo a equipe de pesquisadores britânicos e americanos, em países desenvolvidos, ser mais alto e/ou mais magro epode ser associado a um status sócioeconômico mais alto, mas tal ligação ainda não foi completamente entendida cientificamente.
Liderados pelo professor Timothy Frayling, da Universidade de Exter, os cientistas pesquisaram variações genéticas que influenciam altura ou Índice de Massa Corporal (IMC). Foram analisados dados de 119 mil pessoas entre 40 e 70 no projeto BioBank UK, uma base de dados biológicos com informações sobre meio milhão de adultos britânicos. Esses dados foram cruzados com os dados sobre a vida socioeconômica dessas mesmas pessoas.
Os resultados revelam que altura mais baixa leva a menores níveis educacionais, empregos de menor status e menos renda, principalmente em homens. Já um IMC mais alto foi associado a renda menor e maior chance de ficar em situação de carência social e econômica, especialmente entre mulheres.
A pesquisa foi feita analisando status sócioeconômico de cinco dados: idade ao completar educação integral, nível de educação, classe de emprego, renda familiar anual e número no índice Townsend, uma classificação de situação de carência social.
Os pesquisadores dizem que as possibilidades para associar altura mais alta a uma posição social também mais alta incluem uma combinação de maior autoestima, o estigma de ser baixo, discriminação favorecendo os altos e mais inteligência.
“Nossos dados evidenciam que altura e IMC tem um papel parcial na determinação de muita coisa no status sócio-econômico, especialmente o IMC nas mulheres e a altura nos homens”, diz Frayling. “Esses dados tem importantes implicações sociais e de saúde”.
O Globo
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