As contas do setor público foram deficitárias em R$ 2,1 bilhões no mês passado, pior resultado para meses de junho da série histórica do Banco Central, que tem início em dezembro de 2001. Assim, o resultado é o pior para o mês desde 2002.
O valor ser refere ao resultado primário, diferença entre receitas e despesas, sem considerar os juros da dívida pública.
Essa é a primeira vez em que se registra deficit neste período do ano.
No primeiro semestre, União, Estados e municípios fizeram um superavit –economia para pagar os juros da dívida– de R$ 29,4 bilhões (1,17% do PIB), também o pior resultado das estatísticas oficiais.
No mesmo período do ano passado, o resultado estava positivo em R$ 52,2 bilhões (1,88% do PIB). O valor economizado até o momento representa menos de 30% da meta estipulada pelo governo de R$ 99 bilhões para todas essas esferas do setor público.
A queda no superavit no ano está relacionada, do lado das receitas, a uma arrecadação menor por conta da desaceleração da economia e a desonerações que serviriam de estímulo para o consumo e a produção.
Também houve aumento de despesas, entre elas, recursos para evitar reajustes maiores na conta de luz.
Apesar do resultado, o governo federal afirmou que não vai reduzir a meta, pois conta com receitas extraordinárias do programa de refinanciamento de dívidas (Refis), do repasse de lucros das estatais e de leilões de concessão, por exemplo.
JUNHO
Foram deficitários, em junho, o governo federal (R$ 2,7 bilhões, considerando também o resultado do INSS e do BC) e os Estados (R$ 171 milhões).
Municípios tiveram resultado positivo de R$ 284 milhões, e as empresas estatais, superavit de R$ 518 milhões.
Na comparação entre o primeiro semestre de 2013 e de 2014, o superavit do governo federal caiu de R$ 33,7 bilhões para R$ 15,4 bilhões.
Nos Estados e municípios, passou de R$ 18,4 bilhões para R$ 13,7 bilhões. O resultado das estatais aumentou de R$ 15 milhões para R$ 336 milhões.
No acumulado em 12 meses, a economia do setor público está em R$ 68,5 bilhões (1,36% do PIB).
O BC informou ainda que a dívida líquida do setor público passou de 33,6% do PIB no fim de 2013 para 34,9% em junho. Em maio, estava em 34,6%. A dívida bruta, de 56,7% em dezembro do ano passado para 58,0% em maio e 58,5% em junho.
FOLHAPRESS
BASTA COMPARAR:
Atualmente o Brasil tem a menor relação dívida/PIB da história.
Quando o PT assumiu o poder, em 2003, a dívida pública em relação ao PIB era 60% e hoje está em 34,2%.
SIMPLES ASSIM BASTA COMPARAR PSDB X PT