Você frequentaria um bar onde o dono te chama de animal, verme, inseto e avisa que, se for gastar somente R$ 20, pode procurar outro boteco? Pode parecer um absurdo, mas essa é a estratégia de Luiz Capelão, 44, dono do Bar do Capelão, em Viçosa (MG), para atrair e fidelizar sua clientela há 18 anos.
Apesar de o empresário não revelar o faturamento nem o lucro, ele afirma que o bar tem um público cativo — de alunos da Universidade Federal de Viçosa e moradores do entorno — e vive cheio. “Eles entram na brincadeira e começam a me provocar também. Muitos que chegam pela primeira vez querem conferir o que os amigos falaram do bar”, diz Capelão.
A página do bar no Facebook tem mais de 40 mil curtidas. Segundo ele, o número cresce à medida que os xingamentos feitos também na rede social são compartilhados. Ele ainda cria posts que expõem como o bar explora seus clientes com “lucros exorbitantes” e participa de promoções às avessas, como a “Black Fraude”.
Capelão afirma que nem sempre a estratégia dá certo. “Já teve cliente que não gostou da brincadeira e foi embora antes mesmo de fechar o pedido.” Mas, de acordo ele, a maioria aprova o seu método de trabalho.
Tratamento muda de acordo com valor do pedido O atendimento muda conforme o valor do pedido. Se o cliente escolhe um prato mais barato — porção de batata frita ou espaguete custam R$ 11– é destratado e recebe “punições”. Não pode usar o banheiro novo reformado e não é bem atendido. “Eu falo que se pedir somente isso pode ir embora porque o prato não é bom, que eu mesmo jamais comeria, vai gastar dinheiro à toa.”
Já quem pede algo mais caro — a pizza de picanha tamanho família sai por R$ 54 — é tratado com “regalias”, ou seja, pode usar o novo banheiro, não é xingado e recebe seu pedido na mesa — alguns precisam pegar no balcão. Capelão diz, no entanto, que, apesar da brincadeira, todos os pratos são preparados com o mesmo capricho.
Empresário diz que joga os copos para clientes pegarem Entre as peripécias do seu atendimento, o empresário afirma que, em vez de ir até a mesa de alguns clientes para entregar um copo de vidro, por exemplo, ele costuma jogá-lo para pegarem no ar quando o bar está cheio. “Alguns quebram, não tem jeito.” Ele também diz que manda os frequentadores mais antigos fazerem o pedido diretamente na cozinha e parar de “encher a sua paciência”.
“Não tenho garçom para manter o meu atendimento e para não ter de gastar dinheiro com salário. Então, temos de adequar a situação quando o movimento está grande. Os clientes frequentes já sabem disso, entram atrás do balcão para pegar bebidas ou outra coisa que eles querem e fazem seus pedidos na cozinha.”
A ideia de xingar como estratégia de atendimento veio do período em que ele vendia churrasquinho e bebidas nas ruas de Viçosa. “Nunca dei certo na escola, por isso estudei pouco. Com isso, costumava falar muito errado e as pessoas riam de mim. Daí, comecei a rir também e a debochar das pessoas, e vi que todos aceitavam as brincadeiras. Com isso, acabei mantendo esse perfil quando abri meu bar.”
O Bar do Capelão fica em um galpão de 400 m². “No começo, o chão era de terra batida, depois jogamos pedras e hoje é cimentado. Antes de abrir o bar no galpão, Capelão diz que teve vendeu lanches, churrasco, cervejas e refrigerantes em trailers e carrinhos.
Método causa repercussão, mas não é recomendado Para Marcelo Pontes, chefe do departamento de marketing da ESPM, a estratégia tem repercussão por ser exótica, mas não deve ser reproduzida. “Não é porque deu certo no negócio dele que outros empreendedores deverão fazer o mesmo. Ele foge de tudo o que é recomendado para garantir o bom atendimento ao cliente. Não é um exemplo a ser seguido.”
Pontes afirma ainda que o método limita o crescimento do próprio bar, pois dificilmente funcionaria em outras unidades, caso o empresário decidisse abrir uma filial ou rede de bares. “Ele tem um público cativo, mas atua com um nicho. Isso limita o seu negócio. É o mesmo exemplo do Bar dos Cornos, em São Paulo. As pessoas vão lá conferir, mas não querem ser frequentadores.”
Para o advogado Alexandre Berthe, o empreendedor que usa dessa “tática” corre ainda o risco de ser processado. “Se entra alguém no bar que não está acostumado com o tipo de atendimento, por exemplo, ele pode se ofender e entrar com um processo de danos morais. O que ele faz é bullying.” Berthe afirma que esse tipo de processo exige apenas duas testemunhas.
UOL
Ronildo "Arrombado" da Dobradinha Tirol fica atrás não!
não está longe do que muitos estabelecimentos comerciais fazem aqui. Em média preços exorbitantes e tratamento aquém do esperado e se mantêm ativos graças ao povo que gosta do que não presta
E em pirangi do norte o cara botou o nome do bar de Comeu Morreu!!!! E pra se lasca mesmo……
CHEROU PEIDOU, COMEU MORREU, MELHOR COMIDA DA PRAIA, RECOMENDO FILE A PARMEGIANA E O CHARQUEADO NA TELHA
Então vc precisa conhecer o Bar de Ezequiel, em nova Parnamirim.
Na hora de fechar ele bota os fregueses pra fora.
Quando chega um biriteiro que ele não simpatiza muito ele já reclama e atende mau.
Quando o bar tá cheio e chega algum carro com algumas pessoas ele reclama também, perguntando o que aquele povo vai fazer ali, etc e tal.
peça uma cerveja gelada…
o cara é uma figura, só não diga que foi eu quem disse.
Falta de assunto bg. Tá apelando.
É Lima? Deveria ser Limão.