“Eu não pedi para estar aqui. Também não vou pedir para sair”. A frase é do comandante das operações de blitzen da Lei da Seca, tenente Eann Styvenson Valentim Mendes, o terror dos motoristas que fazem questão de desrespeitar a legislação que proíbe a condução de carros após o consumo de bebidas alcoólicas. Na verdade, a entrevista do tenente é um tapa na cara de toda uma legião de motoristas, ricos ou pobres, anônimos ou ilustres, simples cidadãos ou autoridades que se acham no direito de reclamar quando pegos infringindo a lei.
Na entrevista concedida à Tribuna do Norte, o tenente Styvenson relata inúmeras situações, desde aquela em que uma mulher mordeu um policial e ameaçou jogar sapato no comandante da blitz até a oferta de subornos, de até 5 mil reais. Ele fala também da frustração por não ter conseguido evitar o acidente que matou uma mulher no cruzamento das avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho. Na noite anterior, ele havia feito blitz próximo à boate de onde saiu o motorista embriagado que causou o acidente e a morte da mulher.
As pressões não incomodam o oficial da Polícia Militar. Nem mesmo o de colegas de farda que quando pegos numa blitz ameaçam represália, em função da hierarquia. Num verdadeiro caso de abuso de poder. O que me incomoda Styvenson é o pouco caso que muitos dão ao dever de cumprir a lei. A distribuição de sua fotografia, no aeroporto, prestes a embarcar, com a seguinte mensagem: “vamos beber que o homem saiu”, é, na visão do oficial PM, um crime que deveria levar o seu autor à cadeia. É um convite à violência no trânsito.
Para Styvenson, o trânsito virou um holocausto. E somente não aceita isso quem não perdeu um parente ou amigo ou mesmo foi vítima de acidentes provocados por irresponsabilidade de quem dirige sob efeito de álcool. E o policial militar termina por defender a tese que deveria ser aceita por toda a sociedade: a de que não pode ser considerado acidente o caso de alguém que, em total afronta à lei e ao bom senso, passa a dirigir embriagado e termina causando a morte de outra pessoa.
No dia em que a sociedade aceitar que todos devem cumprir a lei no trânsito, talvez Styvenson deixe de ser o terror em que se transformou. Os números das blitzen da Lei da Seca servem para mostrar o caos em que se transformou a falta de respeito no trânsito:
As 56 blitzen realizadas este ano resultaram na abordagem de 30.424 motoristas. 2.668 foram autuados, 1.198 se recusaram a se submeter ao teste do bafômetro, 2.011 responderam a processo administrativo, 657 responderam por crime, 328 motoristas foram autuados por estar sem a carteira de habilitação e nada menos que 2.340 Carteiras de Habilitação (CNHs) foram apreendidas.
Ao final da entrevista, dá para perguntar: quem é que deveria mesmo ser considerado um terror: o tenente que comanda uma blitz para exigir o cumprimento da lei Seca ou o motorista embriagado que mata e mutila no trânsito?
Foto: Divulgação
o problema e serio. Existe os dois lados. O lado de quem está embreagado e comentou ato ilícito no trânsito e o outro que tomou um drink (condenado premeditamente pela nova lei$). O grande problema estar justamente no tratamento dado, no sentido de identificar e nivelar cada caso. A lei é certa em sua excencia. Mais deixa muito a desejar na sua aplicabilidade e resposta de mudança social a curto, médio e longo prazo.
A mesma eficiência do tentente deveria ser seguida por outros, nas mais diversas áreas de aplicação da polícia, em pro da segurança. No meu bairro todos os dias tenso assaltos a mão armada com refém e sequestros relâmpagos para se furtar algo das reordenações e inclusbe veículos.
Gostaria muito que tudo isso abordado tsme fosse de grande repercussão neste sentido…
Deveriamos ter muito mais pessoas capazes como o tenente, porque so se ouve falar nele? sera que aqui em Natal so tem ele trabalhando? cade o resto dos tenentes? cade o resto da corporacao na rua fazendo seu trabalho, diga-se trabalho louvavel, que poucos reconhecem. Fica a dica, gostariamos de mais e mais gente na rua fazendo esse tipo de trabalho. A esperanca e a ultima que morre.
Esse é o retrato do nosso Brasil, onde fazer o certo é condenado julgado como errado, espero que esses que criticam o trabalho do tenente um dia não sejam traídos pelos erros que comentem quando um parente próximo seja vítima de um irresponsável no trânsito, porque só assim vão sentir na pele a importância do trabalho desenvolvido por este cidadão.
O tenente não é bem quisto por alguns membros dessa sociedade "medíocre", pq no Brasil, infelizmente, o errado é o certo. O Brasil é o país onde mais tem leis. Vc pega um livro de Direito, é super volumoso, onde constam todas as leis. Mas, infelizmente, esse é um pais onde menos se cumpre a lei. "lei não se discute, se cumpre". E como a maioria prefere não cumprir, o resultado é esse: desaprovar o ato do tenente, que está CERTÍSSIMO. Antes, ele cumprir a lei e autuar quem está errado, do que deixar o errado achar que está certo. É claro e evidente que quem comanda o terror é o motorista errado, que se acha no direito de reclamar e de descumprir a lei. O tenete está fazendo o serviço dele. E é isso que as pessoas não entendem. Pq no Brasil, estamos acostumados com pessoas que não cumprem o seu dever e como ele está cumprindo, o povo tá reclamando. Só acho errado ter apenas um tenente desse fazendo essas blitzs. Era para ter mais de um. Um por região, aí o bicho ía pegar de verdade e quem sabe Natal não seria a prim eira capital do Pais, onde as leis realmente são cumpridas.
Minha filha foi pega na lei seca pelo tenente Styvisson, ela mesma não para de elogiar o trabalho do tenente, ele esta correto
deixemi homem trabalhar
O tenente se descata nao por querer nem por precisar, se destaca por que a hipócrita sociedade nao esta acostumada a ver e sentir como se deve trabalhar um funcionário publico, esse ódio que hoje ele causa, pode estar economizando lagrimas e sofrimentos da família de quem hoje lhe ataca , se ele e grosso e rígido com quem e pego infringindo a lei, nao da pra tratar de meu amor quem rasga o código penal quem passa por cima da lei se equipara a qualquer outro criminoso, que pena so haver um ten stvyveson eram para ter mais deles e essas blitzs ocorrerem em cada canto do estado e da capital. Parabéns ten. E que outros saiam do medo de perder seus cômodos postos e dêem a cara a bater sem medo aplicando a Lei para todos!
Que sociedade é a nossa heim!!! O servidor público fazendo não mais do que a sua obrigação de ser impessoal, honesto e transparente nas suas atitude, enquanto cidadão, e a sociedade lhe coloca como herói. Não faz mais do que a sua obrigação, do que se espera de um profissional e acima de tudo de um o servidor público. Quem deveria tá exposto na mídia pra sociedade conhecer, são exatamente os pilantras, os desonestos… esses sim deveriam ter campanhas nos meios de comunicação para estarem na cadeia.
Kaio Fernandes
Styvenson você é um policial exemplar como poucos neste país. Parabéns pelo trabalho, tem meu respeito e admiração. Continue rigoroso e trabalhando de forma exemplar!
Holocausto é o número de pessoas assassinadas sem que a polícia der conta de tantos inquéritos!
Esse tenente midiático e prepotente deveria passar um mês no BOPE enfrentando bandidos de verdade. Heróis são os gloriosos combatentes do BOPE, esse tenente não passa de um boyzinho mimado que achou um lugar para 'brilhar'.
Gostaria de vê-lo numa blitz em Apodi ou Caicó ele gritar com os detidos como faz aqui. E fica o repto: a polícia de trânsito da qual é ele membro não é estadual?
Pois seriam boas umas blitzen ali perto de Janduís, Messias Targino, Patú, só para citar umas cidades onde eu aplaudiria ver o 'bravo tenente' levar a ordem.
Concordo com o Tenente, principalmente qdo à imprensa faz questão de divulgar a os locais das Blits. A imprensa tem que ser exemplo, pois ê formadora de opinião .
Berg quando a imprensa Divulga, é o proprio Detran que solta antes o release para publicarmos.
Vai trabalhar no interior Tenente, vc e folgado e atrevido , vai servi bem longe daqui , no sol !
Aposto que VC já foi pego e autuado por ele. Tanto rancor assim é despeito. Só vai aprender quando VC ou um familiar seu for vítima dos assassinos que enchem a cara e dirigem por aí.