Política

Falta de articulação expõe governo no Congresso, gera desgaste e impõe derrotas

As dificuldades do governo para articular uma base aliada no Congresso permitiram na quarta-feira mais um dia de más notícias para o Palácio do Planalto na Câmara e no Senado. Chamados a falar em comissões, seis ministros foram expostos a críticas de líderes partidários. Deputados da oposição aproveitaram a vulnerabilidade da base para aprovar, por 10 votos a 0, a convocação do ministro da Justiça, Sergio Moro , a comparecer à Comissão de Participação Legislativa para falar sobre o projeto anticrime e o decreto de posse de armas. Por ter sido uma convocação, Moro, que ontem esteve no Senado, é obrigado a comparecer à comissão da Câmara.

Um possibilidade de evitar um desgaste com a convocação de Moro veio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que trocou ataques com o presidente Jair Bolsonaro nesta quarta-feira. Ele avisou que há chance de a medida ser revista, uma vez que o colegiado que aprovou o chamado não seria o mais adequado para cobrar explicações do chefe da Justiça.

Mas há sinais de novos problemas para o governo nas próximas semanas. Parlamentares revelaram ao GLOBO a existência de articulações na Câmara para a aprovação de uma série de mudanças no texto da Medida Provisória (MP) 870, que definiu a estrutura administrativa do governo. Se o plano for levado adiante, a formatação do governo pode ser redesenhada pelos congressistas, com o corte de ministérios e até o remanejamento de repartições entre pastas na estrutura do Executivo. Em uma frase ilustrativa da dificuldade de organização da base aliada, o líder do partido de Bolsonaro no Senado criticou ontem a fragilidade do governo no Congresso.

— Estamos juntos na guerra, mas sem logística, sem munição — disse Major Olímpio (PSL-SP).

Responsável pela articulação política, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, esteve nesta quarta com senadores de seis partidos para mostrar que a crise está sendo contornada.

541 emendas

A MP 870 recebeu no total 541 emendas de parlamentares. Muitas defendem reduzir ainda mais o número de ministérios e mudar a atribuição de vários integrantes do primeiro escalão, em especial do ministro da Justiça Sergio Moro. Primeira medida de Bolsonaro na Presidência, a MP estabeleceu o novo formato do governo, com 22 ministérios. Na próxima semana, uma comissão para analisar o texto da matéria deve ser instalada.

Há parlamentares que pregam o fim das pastas do Turismo e dos Direitos Humanos. Também começam a analisar a possível transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) da Justiça para a Economia e a recriação do Ministério de Segurança Pública. A Funai também poderia retornar ao ministério de Moro.

— Em meio à crescente onda de violência que assombra o país, não vejo motivos para extinguir o Ministério da Segurança Pública como fez o governo. Vou defender, ao longo da tramitação da MP 870, que este organograma administrativo seja restabelecido — diz o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA).

Indicado pelo MDB para a comissão, o deputado Hildo Rocha (MA) é um dos autores de emendas para que a estrutura da Funai volte à pasta da Justiça.

— Não tem cabimento a Funai ficar na pasta de Direitos Humanos. Pelas conversas que tive, acho que será aprovada a emenda — disse o parlamentar.

O emedebista destaca que a bancada da bala já se manifestou a favor da recriação da pasta da Segurança.

— Era um ministério que vinha dando certo, tendo resultados positivos.

Na comissão, dos 25 integrantes titulares, só há dois parlamentares do PSL, a deputada Bia Kicis (DF) e senadora Selma Arruda (MT).

Além de Sergio Moro, que falou do pacote anticrime no Senado, e de Guedes, que tratou de reforma da Previdência ao comparecer à Comissão de Assuntos Econômicos da Casa durante toda a tarde, o ministro da Educação, Ricardo Vélez, foi bastante questionado na Câmara sobre uma série de polêmicas e exonerações que marcam sua gestão na pasta.

Outro auxiliar do primeiro escalão de Bolsonaro fustigado na Câmara foi o chanceler Ernesto Araújo. Em uma sessão que durou cerca de sete horas, os opositores chamaram de subserviente e humilhante a relação do Brasil com os Estados Unidos. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi cobrado no Senado sobre a situação dos cubanos que ficaram no país, após o fim do contrato do governo com Cuba no programa Mais Médicos. O titular do Meio Ambiente, Ricardo Salles, defendeu pautas controversas como a flexibilização dos agrotóxicos.

O GLOBO

Opinião dos leitores

  1. Não querer dar cargos, dinheiro e benefícios (como fizeram todos os outros presidentes) agora é sinônimo de falta de articulação….Maia quer ganhar no grito. Não vai dar!

    1. O choro é livre…Bozomijo é um desorientado, está cavando sua cova.

  2. Historicamente vemos que ARTICULAÇÃO = COMPRA DE APOIO, hoje isso está bem claro.
    Não tem mais como negar ARTICULAÇÃO = LIBERAÇÃO VERBA, ficou provado diante das imposições de Rodrigo Maia e demais deputados.
    Vícios imorais mantidos ao longo de nossa redemocratização e que agora estamos tendo a certeza do quanto o toma lá dá cá manda em nossa política. LAMENTÁVEL!!

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Política

Bate-boca de Bolsonaro e Maia levará Planalto a reiniciar ação contra crise

Em um novo capítulo da crise política, o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), protagonizaram nesta quarta (27) um novo embate público, agravando o mal-estar entre o Executivo e o Legislativo.

A crise entre os dois Poderes levará o Planalto agora a ter que reiniciar uma operação contra a crise política, com mais interlocutores e congressistas, na tentativa de viabilizar projetos estratégicos ao governo, como a reforma da Previdência.

Num contraponto à equipe ministerial e às lideranças do governo, que vinham tentando arrefecer o clima de incômodo e restaurar os canais de diálogo, Bolsonaro voltou a fazer uma provocação a Maia nesta quarta, o que irritou novamente o deputado federal.

Em entrevista à TV Bandeirantes, o presidente disse que o deputado federal foi “infeliz” ao ter atacado o ministro da Justiça, Sergio Moro, e afirmou que Maia está “um pouco abalado com questões pessoais que vêm acontecendo” em sua vida.

O presidente fazia referência ao incômodo de Maia com os pedidos de Moro para pautar o pacote anticrime e à prisão na semana passada do ex-ministro da Secretaria-Geral Moreira Franco, sogro do deputado.

“Não tenho problema algum com o Rodrigo Maia. Nada, zero problema com ele. Ele está um pouco abalado por questões pessoais que vêm acontecendo na vida dele”, disse. “Ele foi infeliz. Pelo que vi, já se acertou, quando fez uma crítica a Sergio Moro, dizendo que é meu funcionário. Aquilo ele levou pancada da mídia”, acrescentou.

Os comentários de Bolsonaro tiveram reação imediata de Maia, que, durante a manhã, havia tentado colocar panos quentes na relação com o Palácio do Planalto após a aprovação de emenda constitucional que diminui o poder do Executivo sobre as emendas de bancada.

Maia disse que Bolsonaro está “brincando de presidir o país” e que está na hora dele “parar de brincadeira”. Segundo ele, “abalados” estão os brasileiros que aguardam que o governo federal “comece a funcionar”.

“São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza e o presidente brincando de presidir o Brasil”, afirmou. “Agora, está na hora de a gente parar de brincadeira e está na hora de ele sentar na cadeira dele, de o Parlamento sentar aqui e a gente resolver em conjunto os problemas do Brasil”, disse.

No final da tarde, em encontro com empresários em São Paulo, Bolsonaro rebateu Maia em entrevista a redes autorizadas a participar do evento —Bandeirantes, SBT, NBR, Record, Rede TV e TV Cultura; aFolha não foi incluída.

“Se foi isso mesmo [que Maia falou] eu lamento, porque não é uma palavra de alguém que conduz uma Casa. É uma irresponsabilidade. A nossa forma de governar é respeitando todo mundo e o povo brasileiro. Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário. Até quero acreditar que ele não tenha falado isso”, disse o presidente.

Ele disse ainda que há uma “tentativa de envenenar” sua relação com o Congresso.

O governador de São Paulo, João Doria, também participou do encontro e tentou apaziguar o conflito. “Esse é um momento de paz, de tolerância, não é um momento de beligerância. Não é o momento de estabelecermos cisões entre o Legislativo, o Executivo e nem o Judiciário.”

O presidente e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, foram recebidos na casa do empresário Elie Horn, fundador do grupo imobiliário Cyrela.

A troca de farpas desanimou integrantes da equipe do presidente. Segundo eles, Bolsonaro havia sido recomendado na terça-feira (26) que não fizesse mais provocações a Maia e que tentasse diminuir os ânimos para viabilizar um encontro entre ambos no início de abril.

Nas palavras de um auxiliar palaciano, agora, a operação para arrefecer a crise política “terá de ser reiniciada” e exigirá uma participação maior de interlocutores do Palácio do Planalto e de senadores aliados, que foram escalados no início desta semana para abrir um canal de diálogo com Maia.

A avaliação foi de que as declarações acabaram ofuscando o discurso pacificador adotado nesta quarta-feira (27) pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), e anularam os acenos políticos feitos por Bolsonaro a Maia.

Na mesma entrevista à TV Bandeirantes, o presidente disse que, na volta de viagem a Israel, programada para a próxima quinta-feira (4), ele encontraria Maia e acrescentou que está com a mão “sempre estendida a ele” ao deputado federal.

“O que eu tenho feito de errado? Onde tem um ataque meu ao Congresso Nacional e ao Rodrigo Maia? Não tem um ataque”, afirmou. “Eu apelo aos parlamentares de todo o país que temos de aprovar a reforma, senão o país quebra. Não estamos aprovando a reforma do presidente ou do meu governo, mas a do Brasil”, acrescentou.

FOLHAPRESS

Opinião dos leitores

  1. Ele não vai dialogar porque ele só sabe twittar , Veja a sua trajetória política 2 projetos é de chorar. Quem está acostumado a monólogo não sabe conversar. As viúvas do mito ficam esbravejando pra vidraça não quebrar, mas lamento dizer trincada já está. BG continue seu trabalho e não pare de compartilhar, a cada dia que passa milhões de acesso irão chegar.

  2. A turma da corrupção está sentindo falta de Sarney, FHC, Lula e Dilma que sabiam "articular" pagando a moeda que a classe política entende como "poder articulador".
    Os movimentos liderados pelo revoltado Rodrigo Maia com apoio da globo e todo seu corpo funcional tem travado uma desnecessária guerra política, mas eles tem as razões que ninguém mais duvida quais são, está faltando R$R$R$R$R$ (articulação política).
    Lembrando que Rodrigo Maia INVIABILIZOU as 10 medidas contra a corrupção;
    Lembrando que Rodrigo Maia é filho de da velha política, criado com muita articulação R$R$R$R$ política.
    Lembrando que o mesmo Rodrigo Maia desde o primeiro dia é CONTRA O PROJETO PROPOSTO por SÉRGIO MORO que COMBATE A CORRUPÇÃO E DIMINUI A IMPUNIDADE.

  3. Até acredito que Bolsonaro seja uma pessoa bem intencionada. mas os fatos estão provando que quem governa de fato o País é Paulo Guedes, Lorenzoni e Rodrigo Maia.
    E os fatos mostram também, que esses 03 senhores estão trabalhando para os tubarões do mercado financeiro, sob uma cortina de fumaça falsa de que se preocupam com o Brasil. No final das contas, quem vai se queimar será o Presidente, e logicamente, o sofrido povo brasileiro.

  4. como o povo brasileiro elege um cidadão desse para governar o nosso brasil,ele estar brincando com o nosso povo,que deus tenha misericórdia da gente.

  5. O presidente não entende nada de economia, nada de educação, nada de segurança, nada de dialogar. Ele está acostumado é com bate-boca, intriga, briga e disse-me-disse. Ele construiu a sua carreira com essas bases. Pode reparar desde que entrou só faz isso. Não tem um projeto para o Nordeste, um só, nada.

    1. Já o ladrao condenado Lula tinha projetos !!!! ROUBAR ROUBAR E ROUBAR ,

    2. Acorde meu amigo, vc está vivendo na Lua !!!! Não se trata de entender ou não de economia, trata-se de uma máfia chamada Congresso, que quer que Bolsonaro faça a moeda de troca como de costume, essa máfia não quer aprovar o pacote da segurança, o que Bolsonaro tem de fazer? O que Bolsonaro está fazendo para impedir a votação???? Nada!!!! É aprovar e pronto, mas não, eles ficam chantageando, querendo propina como os outros faziam e Bolsonaro não dá.

    3. Não existe oficial das Forças Armadas despreparado. As academias militares são exemplos de excelência como, aliás, o ensino militar em geral (vide os resultados obtidos pelos alunos dos colégios militares em todos os eventos de que participam). Creio que vc deve ter saudades do tempo em que o nosso país era governado por um analfabeto cachaceiro e por uma louca armazenadora de vento. Deixe de falar besteira, "cumpanhero".

    4. Projeto para o Nordeste? Um só?
      Mas que nada, ouça o Belchior:
      – Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!
      Não esqueça que nas últimas eleições o Brasil foi dividido e o Nordeste ficou independente.

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Política

Rodrigo Maia faz apelo após novo confronto com Bolsonaro: ‘Pare, chega’

Os presidentes da República, Jair Bolsonaro, e da Câmara, Rodrigo Maia(DEM-RJ), voltaram a trocar insultos nesta quarta-feira, 27, ampliando a escalada de atritos iniciada na semana passada. Após afirmar que Bolsonaro está “brincando de presidir o Brasil”, Maia pediu um basta na troca de provocações. Pouco antes, o presidente afirmou que Maia desferira ataques ao governo por estar “abalado” por questões pessoais – em referência à prisão do ex-ministro Moreira Franco, que é padrasto da mulher do deputado.

“Faço um apelo ao presidente para que pare, chega. Peça ao entorno para parar de criticar, pare de criticar. Vamos governar: eu, a Câmara e ele, o País. Chega”, disse na noite desta quarta-feira, 27. Tentando pôr fim à discussão, Maia afirmou que só falará com jornalistas a partir de agora sobre a reforma da Previdência. “É natural que quando se faz uma crítica tenha uma reação, mas vamos parar”, disse.

O atrito entre os dois, que se arrasta há dias, teve novo lance ontem após Bolsonaro conceder entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes. Nela, o presidente voltou a insinuar que Maia só desferira ataques ao governo por estar “abalado” por questões pessoais, em referência à prisão do ex-ministro Moreira Franco, que é padrasto da mulher do deputado.

No Congresso, ao saber da declaração de Bolsonaro, Maia reagiu, disse que o País precisa de “um presidente funcionando” e pediu o fim da “brincadeira”. “Abalado estão os brasileiros que esperam desde janeiro que o Brasil comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, capacidade de investimento diminuindo”, afirmou. “Está na hora de pararmos com esse tipo de brincadeira. Está na hora dele (Bolsonaro) sentar na cadeira e, em conjunto, resolvermos os problemas do Brasil”, declarou o deputado.

Maia então ressaltou, como tem feito nos últimos dias, que defende como prioridade a reforma da Previdência para a recuperação da economia brasileira. “Vamos parar de brincadeira e vamos tratar de forma séria, o Brasil precisa de um presidente funcionando. Precisamos que o governo do Bolsonaro dê certo, gere empregos”, disse.

Avisado sobre a resposta dada por Maia, Bolsonaro retrucou. De São Paulo, classificou como irresponsável a declaração do presidente da Câmara. “Se foi isso mesmo que ele falou, lamento. Não é uma palavra de uma pessoa que conduz uma Casa. Muita irresponsabilidade”, afirmou após participar de encontro com empresários e artistas na casa do fundador da Cyrela, Elie Horn. “Não existe brincadeira da minha parte, muito pelo contrário. Lamento palavras nesse sentido. Até quero não acreditar que ele tenha falado isso”, declarou.

Pressionado pelo Congresso a mudar a articulação na reforma da Previdência, o presidente insistiu que sua maneira de governar é respeitando “acima dos colegas políticos, o povo brasileiro que me botou lá”.

O presidente declarou que a reforma da Previdência não é um projeto seu, mas do País pela necessidade fiscal. “A responsabilidade é de todos. Não é minha apenas do presidente da Câmara. É de todos nós aprovar essa e outra reforma que temos de fazer na questão tributária”. Anteriormente, Bolsonaro havia falado que a “bola” da aprovação estava com o Congresso.

Ataque a ministros foi ‘desnecessário’, diz Bolsonaro

Em encontro com empresários na terça-feira, em Brasília, Bolsonaro havia afirmado que só entrara em confronto com Maia porque precisou reagir a ataque “desnecessário” feito a um de seus ministros. O presidente referia-se às críticas feitas pelo deputado ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, que cobrou celeridade na aprovação do projeto anticrime.

Segundo relato de um dos presentes, Bolsonaro voltou a dizer que não entende a postura de Maia e reiterou que não cederá ao Congresso na negociação de cargos. Os empresários, que representam o movimento Brasil 200 e estiveram em Brasília para entregar manifesto a favor da reforma da Previdência, pediram a Bolsonaro que intensifique o diálogo com o Parlamento para que a proposta de mudança nas aposentadorias possa ser aprovada.

O presidente disse que está disposto a conversar, mas reafirmou que a articulação política não envolverá aceitar indicações políticas para vagas no governo. Segundo ele, a postura será mantida, pois não quer ir “jogar dominó” com os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Michel Temer na cadeia.

Bolsonaro pediu que os empresários ajudem no convencimento dos parlamentares sobre a reforma da Previdência e incentivou o grupo a procurar diretamente deputados.

O encontro, no qual estavam presentes nomes como Flávio Rocha, da Riachuelo, e Luciano Hang, da Havan, foi acompanhado pela deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), líder do governo no Congresso e sucedeu almoço com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Onyx decidiu abrir o diálogo com os presidentes dos partidos. Ele ligou nesta quarta-feira para Ciro Nogueira (PP), ACM Neto (DEM), Marcos Pereira (PRB) e o dono do PR, Valdemar Costa Neto. As conversas terão início a partir da semana que vem, quando Bolsonaro retornará da viagem a Israel.

“Acho que houve algum ruído na comunicação entre os dois”, afirma Mourão

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, classificou como “ruído” as recentes divergências entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “Ruídos ocorrem. Estamos em um mundo onde a comunicação se faz de forma instantânea e a transparência é muito maior que em outros períodos”, avaliou Mourão. “Acho que houve algum ruído na comunicação entre os dois”, reforçou Mourão. Ele falou pelo menos mais duas vezes que houve “ruído”, e ponderou que as coisas serão “acertadas”

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Judiciário

‘Foi um escracho, para humilhar’, diz advogado sobre a prisão de Temer

“O que foi feito foi um escracho, foi para humilhar”. Quem afirma é o advogado Eduardo Carnelós, que defende Michel Temer. Na primeira entrevista após a prisão do emedebista, ele critica a Lava Jato e diz que investigadores ofenderam a aritmética ao acusar o ex-presidente de 40 anos de prática de corrupção.

Sobre o juiz Marcelo Bretas, provoca: “Não precisei ler mais do que a sentença para saber que o que foi feito não tinha fundamento”.

Como o ex-presidente reagiu à prisão? Ele tinha acabado de sair de casa, estava a caminho do escritório, é a rotina dele. Sei que me ligou dizendo que havia sido abordado na rua. “Uns rapazes da Polícia Federal avisaram que estão me levando preso”, ele disse. Custei a crer.

Aliados reclamaram da abordagem. Ele falou algo? Do ponto de vista do tratamento, não houve nada de violência. Agora, não entendo por que foi feito daquele jeito, na rua.

Havia dúvidas de que ele estava em casa… Não foi isso o que eu ouvi do delegado da PF no aeroporto de Guarulhos. Ele disse que houve atraso de uma das equipes. Já havia jornalistas na frente da casa dele… Isso foge da normalidade. Ele tem residência conhecida, endereço comercial, 78 anos… Veja, sou a favor de liberdade de imprensa, mas ninguém precisa escrachar.

Ele foi escrachado, é isso? A forma como ele foi exposto é uma forma de escrachar, sim. Por que não cumprir o mandado em silêncio? É para isso, é para escrachar. O que se fez foi escrachar, humilhar, enxovalhar a honra das pessoas.

O ex-presidente é acusado de chefiar uma organização criminosa, de praticar corrupção há 40 anos. Além de agredirem o direito, com essa afirmação atacaram impiedosamente a aritmética. Temer exerceu cargos públicos em SP na década de 1980, sem qualquer influência na esfera federal. Em 1987 foi constituinte. […] Em 1995 assume como líder da bancada do PMDB.

O presidente FHC disse que o partido havia sugerido um nome para o Porto de Santos. Ele consulta a bancada, confirma e indica. Nasce a lenda “Temer manda no porto”.

Contratos que ainda estão em vigência fazem parte da peça que levou à prisão dele. Para começar, este assunto não é da competência da 7ª Vara do Rio [do juiz Marcelo Bretas], e isso não sou eu quem diz, mas a própria procuradora-geral ao oferecer denúncia no caso do decreto dos portos.

Cópia do processo vai para o Rio por uma delação da Engevix sobre a Eletronuclear. Daí, inclusive, se chega à soma de R$ 1,8 bilhão em propina… Fico impressionado que gente investida de autoridade saia a dizer tanta aleivosia. De onde sai esse número? Não sabem nem fazer a conta de há quanto tempo existe a tal quadrilha…

Para continuar lendo a entrevista só clicar aqui: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/03/foi-um-escracho-para-humilhar-diz-advogado-sobre-a-prisao-de-temer.shtml

Opinião dos leitores

  1. Humilhação é o povo nas portas dos hospitais, nas delegacias fazendo Boletim de ocorrencia por não ter sergurança , e a falta de educação, ele assim como outros lideres foram coniventes com tudo que foi de desgraça do Brasil estamos parados no tempo por muitos anos devido a estes partidos e criminossos que ainda vejo muita gente defendendo.

  2. Escracho, humilhação é ao povo brasileiro, 40 anos ou mais sendo dilapidado por este Sr. e seus cúmplices!

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Política

Mourão vê ‘ruído na comunicação’ e diz que Maia é ‘imprescindível’

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou nesta quarta-feira (27) que há “ruído na comunicação” entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Acrescentou, ainda, que Maia é “imprescindível”.

Mais cedo, nesta quarta, o presidente da Câmara afirmou que, enquanto o país tem milhões de desempregados e registra milhares de assassinatos todos os anos, Bolsonaro “brinca de presidir” o país.

Em resposta, Bolsonaro afirmou em São Paulo que “não existe brincadeira, muito pelo contrário”.

“Acho que houve algum ruído na comunicação entre os dois. Julgo que o deputado Rodrigo Maia é imprescindível no processo que estamos vivendo no Brasil pelo papel que ele tem dentro da Câmara dos Deputados, e pela importância desse papel dele. Ruídos ocorrem”, afirmou Mourão.

Nos últimos dias, a relação de Rodrigo Maia e Bolsonaro se deteriorou porque os dois passaram a divergir publicamente sobre a quem cabe a articulação para aprovação da reforma.

Enquanto Bolsonaro tem dito que a responsabilidade é do Congresso, Maia afirma que o governo não pode “terceirizar” a articulação política.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), já disse que a reforma da Previdência só terá celeridade, como quer Bolsonaro, se a base aliada do governo estiver “organizada e coesa”.

A CCJ é a primeira etapa da tramitação da reforma, e a votação está marcada para o próximo dia 17 de abril. Depois, se aprovada, a proposta seguirá para uma comissão especial e, por fim, para o plenário da Câmara.

Para garantir a aprovação, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou o governo precisa melhorar a relação com o Congresso. O ministro da Economia, Paulo Guedes, porém, avalia que o problema é de comunicação.

G1

Opinião dos leitores

  1. É difícil administrar um país quando seus políticos vêm sendo tratados de forma errada há muito tempo, acostumados a negociatas e tratativas não republicanas. A prova disso é a enorme quantidade de envolvidos com corrupção, como vem sendo descoberto por nossas instituições. E a safadeza está praticamente em todas os partidos, embora seja quase unânime no PT e em seus grandes aliados políticos, que usaram a máquina pública como instrumento de poder. A imprensa também foi seviciada por recursos públicos, que foram cortados pelo novo governo (daí a enorme raiva da grande mídia). E tem o aparelhamento do Estado, visto que a esquerda abarrotou as nossas instituições com pessoas que defendem suas ideias. Mas, vamos em frente. O Brasil está no caminho certo, melhorando apesar das enormes dificuldades.

  2. PRIVATIZE O BRASIL, VENDA TUDO, PRIVATIZE PLANO DE PRIVATIZAÇÃO, PRA ESSA PRAGA DE GAFANHOTOS CHAMADA ESQUERDAS, COMUNISTAS, PT, LULA, DILMA, NÃO POSSAM ROUBAR O DINHEIRO PÚBLICO.

  3. O BRASIL NÃO TEM JEITO. OS PODERES SÃO MALÉFICOS, EXISTE UMA FORÇA DO MAL EM CONLUIO ESQUERDA, PT, COMUNISTAS, EIXO DO MAL SE UNIRAM PRA DESTRUIR O BRASIL.

    1. Calma cara, deixa eu te contar uma novidade: O assalto a máquina pública, tal qual um motoqueiro costurando, anda tanto pela esquerda, centro e direita.

  4. A MÍDIA PODRE, IMPRENSA PODRE. CORTE A VERBA PUBLICITÁRIA. CONLUIO VELHA POLÍTICA, PT, ESQUERDA, BARÕES DO BRASIL.

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Política

Congresso instala comissões para analisar cinco medidas provisórias

O Congresso Nacional instalou hoje (27) cinco comissões mistas para análise conjunta de deputados e senadores de medidas provisórias. Todos os colegiados indicaram, por meio de acordo de líderes partidários, os presidentes das comissões e os relatores. No entanto, ainda não há definição para os cargos de vice-presidente, relator e relator-revisor.

Entre as propostas está a MP 859/18, que permite a aplicação de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do Sistema Único de Saúde (SUS). Por acordo de lideranças, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) foi eleito presidente.

Outra comissão também vai analisar a MP que estende até 31 de dezembro de 2019 o prazo para adesão ao Programa de Regularização Ambiental (MP 867/18). Com isso, o proprietário ou posseiro rural inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ganhou mais um ano de prazo. Por acordo, foi eleita presidente do colegiado a senadora Selma Arruda (PSL-MT). O deputado Sergio Souza (MDB-PR) foi escolhido relator. Os cargos de vice-presidente e de relator-revisor ainda não foram preenchidos.

Também foi instalada a comissão da MP que trata da proteção de dados pessoais e cria a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (MP 869/18). O texto cria, como órgão da administração pública federal, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), estabelece sua composição e suas competências, garante sua autonomia técnica e a inclui na estrutura da Presidência da República. O senador Eduardo Gomes (MDB-TO) foi eleito presidente do colegiado e a relatoria ficou com o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

Deputados e senadores também vão analisar a MP 868/18 que muda o marco legal do saneamento básico. O texto atribui à Agência Nacional de Águas (ANA) competência para editar normas de referência nacionais sobre o serviço de saneamento. A medida autoriza a União a participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados. Por acordo, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) foi eleito presidente da comissão, enquanto o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) foi escolhido vice-presidente.

Outra comissão instalada foi a que analisará a medida provisória que cria a Brasil Serviços de Navegação Aérea S.A. (NAV Brasil). A MP 866/18 autoriza o Executivo a implementar a NAV Brasil, em decorrência da cisão parcial da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). A NAV Brasil será criada sob a forma de sociedade anônima, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio. O objetivo da empresa é implementar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeronáutica destinada à prestação de serviços de navegação aérea. Como presidente, foi eleito o deputado Mauro Lopes (MDB-MG). A relatoria vai ficar a cargo do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Os cargos de vice-presidente e relator-revisor ainda dependem de acordo entre as lideranças.

Agência Senado

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Economia

Governo estuda tributar dividendos e reduzir impostos de empresas

A equipe econômica estuda a redução de tributos sobre empresas, em troca da cobrança de Imposto de Renda sobre dividendos, disse hoje (27) o ministro da Economia, Paulo Guedes. Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o ministro declarou que a medida aumentaria a competitividade do Brasil no exterior sem piorar a distribuição de renda.

“Se o mundo todo começa a reduzir impostos sobre empresas, como você consegue reduzir sem piorar a distribuição de renda? Se pode abrir uma empresa a 20% de imposto lá, e aqui a 34%, quem sabe podemos reduzir a 20% aqui, mas pega imposto sobre dividendo e sobe? Tem que fazer uma compensação. Estamos dizendo o seguinte: vamos baixar de empresas, mas aumentar em dividendo. Isso que está sendo estudado”, declarou o ministro.

Atualmente, as empresas brasileiras que lucram mais de R$ 20 mil por mês pagam 25% de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e 9% Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), totalizando 34%. Em compensação, desde 1995, o Brasil não cobra Imposto de Renda sobre dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas de uma empresa), na contramão da prática internacional.

Segundo o ministro da Economia, a carga tributária do Brasil é alta. De acordo com Guedes, se os tributos fossem mais baixos para toda a sociedade, o governo não precisaria ter concedido subsídios e desonerações a setores específicos da economia nos últimos anos. Para ele, tais políticas beneficiam apenas setores com capacidade de pressão, enquanto empresas sem conexões políticas quebram por não conseguirem articular-se.

Seguro rural

Sobre a intenção de o governo reduzir os subsídios à agropecuária e aumentar as operações de seguro rural, Guedes respondeu que nunca defendeu o fim de subsídios a um segmento específico da economia, mas a redução generalizada para todos os setores. “Fui eu mesmo que determinei uma compensação ao setor agrícola depois que retiramos a tarifa antidumping do leite em pó importado, depois que os produtores brasileiros reclamaram”, rebateu.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. Nosso país precisa urgentemente de um choque de liberalismo econômico. Só assim poderemos voltar a crescer e, a partir dai, promover o desenvolvimento social. A prova disso pode ser vista mundo afora: quais são os países desenvolvidos, cuja população atingiram alto padrão de vida, e como chegaram a essa situação? Outra coisa, alguém conhece algum país que tenha se desenvolvido através do socialista/comunismo? O velho e bom capitalismo pode não ser perfeito mas ainda é o melhor caminho. Disparadamente.

  2. O BRASIL JÁ É UMA VENEZUELA DE FATO E DE DIREITO. O BRASIL É UMA VENEZUELA MAIOR, AMPLIADA. A POLÍTICA DO BRASIL É IGUAL A VENEZUELA, TUDO DO BRASIL É IGUAL A VENEZUELA. O BRASIL PASSOU A SER UMA VENEZUELA.

  3. A VENEZUELA É AQUI. EU TENHO CERTEZA QUE A VENEZUELA É AQUI. O BRASIL JÁ É UMA VENEZUELA. SÓ NÃO VER QUEM NÃO QUER VER QUE O BRASIL É UMA VENEZUELA.

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Polícia

Receita apreende 10 toneladas de produtos importados irregularmente

Agentes da Delegacia Especial de Fiscalização de Comércio Exterior (Decex) da Receita Federal apreenderam 10 toneladas de produtos importados por meio de esquemas irregulares e fraudulentos, avaliados em mais de R$ 1 milhão. A Operação Cross apreendeu em torno de 100 equipamentos de ginástica, como bicicletas e remos ergométricos, e cerca de 150 produtos de lazer náutico, entre os quais kitesurfs.
O titular da Decex, auditor fiscal Paulo Ximenes, informou hoje (27) que a operação resultou de seis meses de investigações e envolveu empresas que atuam no comércio exterior de modo fraudulento, com documentos falsos, subfaturamento e ocultação dos verdadeiros donos das mercadorias.

Ao explicar como funcionava o esquema, Ximenes disse que, ao fazer uma importação, as empresas têm que pagar tributos que incidem em uma operação normal de comércio exterior e que, ao revender a mercadoria no mercado interno, pagam tributo sobre a diferença entre o valor do equipamento e o preço colocado para auferir lucro.

“Por exemplo, se uma mercadoria entra [no país] por R$ 10, o importador paga o imposto do comércio exterior em cima de R$ 10. Mas, se ele vende por R$ 20, paga um complemento desse imposto em cima da diferença colocada para vender no mercado interno, para equilibrar com o ambiente concorrencial no Brasil, porque as empresas brasileiras pagam esse tipo de tributação”. As empresas investigadas, entretanto, “atravessavam essa operação, para que os verdadeiros donos que revendiam o material no Brasil não pagassem essa diferença tributária depois, disse o auditor fiscal.

Intercâmbio com EUA
A Decex trocou informações com órgãos dos Estados Unidos (EUA) e obteve os verdadeiros documentos emitidos pelos exportadores americanos e enviados aos reais adquirentes no Brasil. Esses documentos, porém, foram falsificados para que as empresas fraudadoras os apresentassem à Receita Federal, quando entraram em território nacional. A equipe da Receita constatou, então, que os valores apresentados estavam cinco vezes subfaturados. “Os valores declarados à Receita Federal na entrada das mercadorias eram cinco vezes menores do que os reais”, disse Ximenes..

Do grupo de dez empresas monitoradas pela Decex, Ximenes informou que três são principais e responsáveis pelas operações fraudulentas. Elas recebiam as mercadorias, que eram vendidas sem a emissão da respectiva nota fiscal eletrônica.

Além dessas companhias, a Operação Cross apreendeu produtos em lojas do Iate Clube do Rio de Janeiro, localizadas no bairro da Urca, zona sul da cidade.

Segunda etapa

Paulo Ximenes estimou que a primeira parte da operação deve ser concluída até o fim de abril. Segundo o auditor fiscal, a segunda etapa, que será iniciada agora, abrange o levantamento de cinco operações anteriores para identificar onde estão os produtos importados de forma irregular. “Vamos tentar apreendê-los também”. A expectativa é que a operação completa se encerre dentro de mais quatro ou cinco meses.

O titular da Decex disse que, se não for possível rastrear a ponto de encontrar as mercadorias, a Receita vai aplicar multa equivalente a 100% do valor dos produtos destinados ao consumo nos últimos cinco anos.

“As empresas têm que pagar o valor cheio, 100% do valor da mercadoria, como se fosse uma multa aduaneira”. Tomando por base que as operações anteriores envolveram valores estimados em mais de R$ 20 milhões, este poderá ser o valor da multa que as empresas fraudadoras terão que pagar.

Processos penais

Haverá ainda representações fiscais para fins de processo penal, lembrou o delegado da Receita. As conclusões serão encaminhadas ao Ministério Público, que vai decidir se entra com ação penal contra os envolvidos.

Ximenes destacou que essas empresas podem estar funcionando em todo o Brasil e que, recentemente, constatou-se que há muitas operando no Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro – mais de 4 mil itens de informática importados por uma das empresas forame apreendidos no Porto de Itaguaí,com valor estimado em mais de R$ 1,2 milhão.

Além dos tributos que serão cobrados dos acusados pelo valor subfaturado, com base no valor verdadeiro, eles terão que pagar pela diferença cobrada para fins de lucro. “Vamos recalcular toda a tributação deles na entrada e cobrar também a diferença. Serão duas autuações tributárias”, explicou o delegado da Receita.

O auto de perdimento e apreensão das mercadorias será julgado internamente na Receita Federal, com trâmite de defesa aos acusados.

Agência Brasil

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Judiciário

OAB pede ao Supremo que suspenda obrigação de prestar contas ao TCU

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil impetrou Mandado de Segurança no Supremo Tribunal Federal para questionar acórdão no qual o Tribunal de Contas da União entendeu que a entidade está sob sua jurisdição e deve, portanto, prestar contas para controle e fiscalização. A Ordem pede liminar para suspender a decisão do TCU e, no mérito, pede que o STF torne o entendimento sem efeito, preservando sua independência e sua autonomia.

A decisão do TCU foi proferida em processo administrativo, com acórdão publicado em novembro do ano passado. Na ocasião, o tribunal de contas considerou que a OAB é uma autarquia e que a contribuição cobrada dos advogados tem natureza de tributo.

Para o TCU, a Ordem não se distingue dos demais conselhos profissionais e deve se sujeitar aos controles públicos. O controle externo que exerce, segundo a corte de contas, não compromete a autonomia ou independência funcional das unidades prestadoras.

No mandado de segurança, a OAB afirma que o ato representa “flagrante ilegalidade, abuso de poder e ofensa à Constituição Federal”, uma vez que estende a jurisdição do TCU à fiscalização das contas de entidade que não integra a administração pública e não gere recursos públicos, o que necessariamente afasta sua submissão aos controles públicos.

A OAB também afirma que a ilegalidade do ato decorre do desrespeito à decisão do STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.026, julgada em 2006. Na ocasião, a corte atribuiu à OAB natureza jurídica diferenciada em razão do reconhecimento de sua autonomia e sua finalidade institucional.

A OAB argumenta que o ato do TCU atenta contra seu direito líquido e certo de não submeter suas contas ao controle e à fiscalização de órgãos públicos, notadamente porque não integra a administração pública e em razão da função institucional que exerce e das garantias constitucionais de autonomia e independência que ostenta.

A controvérsia já foi trazida ao Supremo por meio da Reclamação 32.924, na qual a ministra Rosa Weber já pediu informações ao TCU. Por este motivo, o mandado de segurança também foi distribuído à ministra, por prevenção.

Opinião dos leitores

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Política

Bolsonaro culpa saúde por falhas na articulação e avisa que não tem como atender todos os parlamentares

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que não tem condições de atender todos os parlamentares. Em entrevista à TV Band, ele atribui os problemas na articulação política do governo federal a seu estado de saúde, que o impede de despachar até tarde, e à falta de indicações dos partidos políticos em seu ministério.

— Quando você olha para o Parlamento, você não vê apenas o presidente da Câmara ou o do Senado, você vê 594 congressistas. E grande parte deles quer falar comigo. Para conversar os mais variados assuntos. Eu não tenho como atender a todo mundo — afirmou Bolsonaro.

Ao longo da entrevista, o presidente repetiu mais duas vezes que não tem como “atender a todo mundo”.

Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pela articulação política, havia afirmado que Bolsonaro passaria a receber presidentes de partidos e líderes das bancadas a partir da próxima semana , quando voltará de viagem a Israel. Onyx disse que o governo tem “humildade” para reconhecer que houve erro na relação com o Congresso.

Nos últimos dias, o embate entre a Presidência e a Câmara dos Deputados se acentuou e ampliou a crise que envolve a dificuldade de articulação do Planalto em favor da reforma da Previdência.

A entrevista de Bolsonaro ao programa “Brasil Urgente”, da Band foi gravada por volta das 14h em São Paulo. O presidente iria visitar, na capital paulista, um laboratório de grafeno na Universidade Presbiteriana Mackenzie, mas optou por conhecer o projeto em outro lugar, o Comando Militar do Sudeste depois que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) identificou a ocorrência de protestos em frente à universidade .

À TV, Bolsonaro disse que está fazendo o melhor que pode na articulação política, embora tenha ficado “20 e poucos dias fora de combate”, enquanto se recuperava da cirurgia para reconstrução do aparelho digestivo após o atentado a faca que sofreu em setembro do ano passado.

— É lógico que (a recuperação) atrapalha. Além de não poder ir mais tarde no expediente e tenho que encerrar 18, 19 horas. Então isso atrapalha um pouco — completou.

Ele criticou, ainda, que alguns deputados querem encontrá-lo para pedir indicações de cargos:

— Mas não me venham pedir (indicação na) Cegesp (central de distribuição de alimentos em São Paulo), como alguns pouquíssimos pedem. Daí não dá certo.

Bolsonaro também disse que sua distribuição de ministérios “sem indicação de partidos políticos” dificulta o relacionamento com o Congresso.

— Isso agrava num primeiro momento o contato.

As rusgas com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) foram lembradas durante a entrevista. Depois de dizer que o deputado está com “problemas pessoais” — Bolsonaro negou que estava se referindo à prisão do ex-ministro Moreira Franco, casado com a sogra de Maia —, o presidente afirmou que “a mão está estendida” para o parlamentar.

Ele negou que a aprovação PEC do Orçamento pela Câmara, nesta terça-feira, tenha sido uma derrota do Executivo, argumentando que os estados são melhores para distribuírem orçamentos do que a União.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Norte/Nordeste há decadas são referencias economicas para o Brasil ne seus esquerdistas fantasiosos???? Prefiro o tal "cara é fraco" como citou Sandro do que esses bandidos Ptistas que so fode com essas duas regiões todo ano. RN com fátima só afunda e vcs clamando pelo PT mais e mais…. #sociedadehipocrita

  2. Não consegue dialogar com 500 pessoas, imagine com os milhões de brasileiros. Até sua base e os militares tão com vergonha desse desgoverno. Tem que comecar a respeitar o cargo que ocupa. E pior que cai na dele. Sem opção, fazer o quê?

    1. brasil desgovernado era quando tinhas só crápulas do PT no governo anterior que passou 12 anos e fez o que de impactante a nação???? Infelizmente, o brasileiro não ler e estuda política e acha que está por dentro de tudo no atual governo. Vergonha nacional!

  3. Apresente pelo menos 3 projetos para o norte-nordeste. Não tem. É um vazio de idéias. Os que tem não são dele, São do Guedes e Moro. Que safra de políticos limitados e dissimulados. O cara é fraco, muito fraco.

    1. Será que ele sabe onde fica o nordeste? Ou chama tudo de norte?
      Nordestinos felizes e sorridentes, gravando dancinha e fazendo arminha, onde estão nesse momento?
      Acredito eu que devem está lendo as informações valiosas que são postadas Pelo Sr. Bolsonaro no seu Twiter.
      E projeto….aaaaa projeto …chama o Guedes….e aproveita chama até a Damares!

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Economia

Guedes: se economizar R$ 800 bi, é reforma; se for R$ 1 tri, é novo regime

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes, avaliou nesta quarta-feira, 27, que uma economia de R$ 600 bilhões ou R$ 800 na Previdência é uma reforma, mas um projeto aprovado com potência fiscal de R$ 1 trilhão seria a criação de um novo regime. “Não temos muito tempo para salvar isso que está aí, já está capotando”, afirmou.

Ele adotou um tom conciliador para defender a aprovação da reforma. “As pessoas de diversos partidos estão juntas, não somos inimigos. Estamos construindo um País melhor. Vocês estão vendo o que é ter um partido só, olhem a Venezuela”, completou.

Guedes ainda avaliou que a última crise econômica decorreu da “generosidade excessiva” do governo Dilma Rousseff. “O penúltimo governo tinha um coração grande e quebrou tudo de tão generoso. Quebrou a Petrobras, quebrou a Caixa. Para ter o coração grande tem que ser eficiente”, afirmou, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Eu não consigo entender porque tanta gente ainda teima em não reconhecer o óbvio. O Brasil está repleto de problemas de toda ordem. Educação e saúde públicas de péssima qualidade, insegurança generalizada, milhões de desempregados, crescimento econômico pífio, estados e municípios quebrados (sem dinheiro até mesmo para pagar o salário de seus servidores), deficit previdenciário (o do RN é superior a 100 milhões mensais)… E todas essas mazelas após anos e anos de governos de esquerda, tendo a situação se agravado após os 14 anos de PT. Será que não dá prá entender que precisamos enveredar por caminhos diferentes dos que trilhamos até aqui? Por que a teimosia?

  2. O trabalhador nunca quebrou nação nenhuma, não vai ser o Brasil que será. O que quebra o Brasil, é a corrupção, um bando de políticos cheios de benecesses em detrimento de direitos do trabalhador. Este Ministro paulo Guedes, está aí para trabalhar em favor de banqueiros e grandes grupos de previdências privadas, ele já deu o recado, não está em prol da recuperação brasileira, está a serviço da classe dominante do capital. Na hora que ele conseguir aprovar essa maldade contra o trabalhador brasileiro, ele já disse, volta para onde ele estava, ou seja, junto aos grupos dos banqueiros.
    A reforma pode ser até necessária, mas, não da forma como está sendo colocada, fazendo pressão em cima dos pucos direitos da classe trabalhadora e beneficiando a classe de militares que é representada no executivo pelo incompetente do Bolsonaro, além do protecionismo da classe política, onde é que se ver justiça nesta dita reforma, pelo contrário, ela é coberta de injustiça em cima dos já sofrido e injustiçado trabalhador.

    1. Recentemente, assistimos à derrocada da Grécia. Para conseguir superar a enorme crise financeira, tiveram que se submeter a medidas duríssimas. Para evitar a demissão em massa de servidores públicos, tiveram de CORTAR, DIMINUIR seus salários. Não bastou apenas uma reforma do sistema previdenciário. Portanto, é melhor vcs tomarem juízo e aceitarem o óbvio: nada nem ninguém consegue subsistir gastando mais do que tem. Mais cedo ou mais tarde "a conta chega". E quanto mais demorar a agir, mais duras precisarão ser as medidas saneadoras. Fica a dica. Vc não precisa acreditar no que eu postei. Procura na internet e confere.

    2. O trabalhador isso… o trabalhador aquilo… Porém, se dermos uma olhadela no calendário civil brasileiro, ainda que sem maior interesse, veremos o quanto este é crivado de dias "santos", feriados e pontos facultativos. Uma demonstração explícita e inequívoca de quanto o brasileiro é chegado ao trabalho produtivo.

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Política

Rogério Marinho diz que governo não vai tomar a iniciativa de alterar PEC da reforma da Previdência

O secretário-especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo não vai tomar a iniciativa de alterar o texto da proposta de reforma previdenciária encaminhada em fevereiro ao Congresso Nacional. Ex-deputado, Marinho disse que eventuais mudanças na proposta governista têm que ser feitas pelos próprios parlamentares.

Na terça-feira (26), líderes de 13 partidos se manifestaram contra as mudanças propostas pelo governo Jair Bolsonaro nas regras de pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) – concedido a idosos de baixa renda –, e da aposentadoria rural.

Os 13 partidos são: PSDB, DEM, PP, PR, PRB, PSD, PTB, SD, MDB, Podemos, Cidadania, PROS e Patriota. Juntas, essas bancadas somam 291 dos 513 deputados.

“Não vamos retirar nenhum ponto. Quem tem de retirar ponto, acrescer ponto, modificar ponto é o parlamento. É quem tem essa prerrogativa”, declarou Marinho a jornalistas após participar de audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.

Segundo o secretário, a missão do governo é de continuar defendendo a reforma previdenciária elaborada pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“Sabemos que, na hora em que um número grande de partidos se posiciona contra esse ou aquele item, essa posição regimentalmente vai ser estabelecida por ocasião da apresentação das emendas e votação, no âmbito da comissão especial”, enfatizou.

Ainda de acordo com Rogério Marinho, o governo vai fazer a defesa da proposta encaminhada ao parlamento. “Vai mostrar o porque cada um desses pontos, dentro do processo natural de discussão. E ver o que vai acontecer no final. Vamos conversar. O dialogo é a essência do processo democrático.”

Embora o secretário de Previdência esteja repetindo que o governo pretende defender o texto original da PEC enviado ao Congresso, o próprio presidente Jair Bolsonaro admitiu em fevereiro, durante um café da manhã com jornalistas, rever, entre outros pontos da reforma, a parte que altera o pagamento do BPC e a idade mínima da aposentadoria rural.

BPC e aposentadoria rural

Pela proposta enviada pelo governo, idosos sem meios de se sustentar terão de aguardar até os 70 anos para receber integralmente o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Atualmente, o benefício, no valor de um salário mínimo, é pago mensalmente à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprove não possuir meios de se sustentar, e nem de ter auxílio da família.

O governo propõe o pagamento de um valor menor, de R$ 400, a partir dos 60 anos de idade.

Se o idoso não tiver o tempo mínimo de contribuição para se aposentar pelo regime geral ao atingir 65 anos, ele continuará recebendo R$ 400 até completar 70 anos. A partir dos 70 anos passaria a receber um salário mínimo.

Ainda pelas regras apresentadas pelo governo, trabalhadores rurais, mulheres e homens, passam a ter a mesma idade para aposentadoria: 60 anos. Hoje, as mulheres no campo podem pedir aos 55 e homens, aos 60. O tempo de contribuição mínima passa de 15 para 20 anos.

G1

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Política

Bolsonaro está ‘brincando de presidir o Brasil’, diz Maia

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que o presidente da República, Jair Bolsonaro , precisa parar de “brincar de presidir o Brasil”. Maia deu o recado após ser perguntado sobre uma frase dita nesta quarta-feira por Bolsonaro. Em entrevista à TV Band, Bolsonaro disse que Maia “está um pouco abalado com questões pessoais que vem acontecendo na vida dele” .

Bolsonaro se referia à prisão de Moreira Franco, sogro do presidente da Câmara. Logo depois, Maia reagiu:

— Abalados estão os brasileiros que estão esperando desde primeiro de janeiro que o governo comece a funcionar. São 12 milhões de desempregados, 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha de pobreza, capacidade de investimento do Estado brasileiro diminuindo, 60 mil homicídios… E o presidente brincando de presidir o Brasil — disse o presidente da Câmara.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Representante da "velha política", lamentando a falta dos antigos métodos de "articulação" política, que resultaram nessa profusão de políticos investigados, condenados e presos. Todos os últimos governadores do estado dele estão presos, além dos mais influentes deputados estaduais. Dois ex presidente, grandes "articuladores", também presos (um foi solto temporariamente) e a armazenadora de vento investigada. Será que essa cambada não vai aprender nunca?

  2. É uma pena que alguns torçam contra o Brasil.
    Mas mesmo assim o nosso presidente Bolsonaro vai conseguir pelo b do Brasil

  3. A reforma previdenciária já era. Um doente mental como Bolsonaro não teria condições encarar um desafio desse porte. Estava claro. Hoje a reforma não é unanimidade nem no PSL. Governo de histrionicos extremistas, analfabetos e loucos… além de corruptos.

  4. Não precisa ser inteligente pra perceber o que esses cumilões de dinheiro público querem.
    São viciados na propina, não é a toa que tem boa parte respondendo processos, esses indivíduos não pensam no Brasil. Negociação cabe em tudo, é saudável e faz parte do jogo democrático, mas comer o dinheiro do povo jamais.

  5. esse presidente bolsonaro e` uma piada de mal gosto.que deus tenha misericórdia do povo brasileiro.

  6. E Rodrigo maia de fazer o povo de idiota por não aprovar o projeto anti crime. Lógico, se aprovado o anti crime, ele sabe que ele e toda quadrilha a qual pertence, iriam passar um bom tempo na cadeia, além de dar um grande baque no crime organizado. Mas, não vai ser do jeito que pensam, o povo vai pra rua

  7. Bolsonaro, libera logo esses cargos e essas emendas parlamentares para o comedor de fast-food.

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Política

Bolsonaro diz que Folha é ‘toda a fonte do mal’ na imprensa

Foto: Valter Campanato/Agência Brasi

O presidente Jair Bolsonaro fez críticas à Folha em entrevista ao telejornal Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, nesta quinta-feira (28). O presidente se referiu ao jornal como uma “fonte de todo o mal”, quando questionado pelo apresentador José Luiz Datena sobre elogios feitos por ele ao ditador chileno Augusto Pinochet durante recente visita ao Chile.

“Não foi falado em Pinochet, ditadura em nada no Chile. Me aponte um áudio, um vídeo nesse sentido, não teve nada disso. A imprensa, maldosamente, um jornal bota, escreve… Geralmente a Folha de S.Paulo começa com tudo. Toda a fonte do mal é a Folha de S.Paulo”, disse Bolsonaro.

Questionado por Datena se não haveria “uma obsessão” da parte de Bolsonaro pela Folha, o presidente retrucou. “Não, ela que tem por mim. É o contrário. Publica uma mentira dessas, porque não tem isso em lugar nenhum. Tudo o que fizemos lá foi filmado, fotografado, e vai pra esse lado”.

Bolsonaro esteve no Chile de 21 e 23 deste mês, onde foi recebido pelo presidente Sebastián Piñera. Em uma entrevista em 2015, o brasileiro, então deputado federal, elogiou o ditador chileno Augusto Pinochet, que ficou no poder de 1973 a 1990.

“Pinochet fez o que tinha que ser feito porque dentro do Chile existiam mais de 30 mil cubanos, então tinha que ser de forma violenta pra reconquistar o seu país”, afirmou Bolsonaro na ocasião.

Dias antes da visita, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, admitiu que houve no Chile “uma revolução sangrenta”, mas elogiou as “bases macroeconômicas colocadas no governo Pinochet”, que se mantiveram inalteradas mesmo após oito governos de esquerda.

Durante sua visita oficial ao Chile, os principais líderes da oposição boicotaram um almoço que Piñera ofereceu ao brasileiro. O próprio presidente chileno, depois da partida de Bolsonaro, declarou que os elogios à ditadura Pinochet eram “tremendamente infelizes”.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Eleger veículo de imprensa como "inimigo do rei" não leva governo a lugar nenhum, a não ser ao brejo. O nó górdio do governo Bolsonaro, já está mais que comprovado, é a ineficiência gritante de sua comunicação.
    Ganhar eleições montado em redes sociais é relativamente fácil, Obama e Trump já provaram isso. Governar com receita tão simplista, no entanto, aí é outra coisa.

  2. aA FOLHA LIXO VAI FECHAR JUSTAMENTE POR PUBLICAR MENTIRAS, NÃO MAIS A BOQUINHA DOS PETRALHADRÕES PARA SE MANTER DE PÉ

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Economia

Ibovespa desaba 3,5% e dólar dispara 2% com fala de Guedes e temores sobre a Previdência

Após um breve alívio ontem, o Ibovespa voltou a repercutir os temores com a Reforma da Previdência no Brasil e a desaceleração da economia global, que abala as bolsas mundiais nesta quarta-feira (27). Em meio a crise entre o Planalto e o Congresso, os investidores também acompanham as falas do ministro da Economia Paulo Guedes no Senado.
Neste cenário, o benchmark da bolsa fechou com forte queda de 3,57%, aos 91.903 pontos – seu pior pregão desde o dia 6 de fevereiro, quando caiu 3,74% -, e batendo seu menor patamar desde 7 de janeiro. O volume financeiro ficou em R$ 17,818 bilhões.

Enquanto isso, o dólar comercial disparou 2,27%, cotado a R$ 3,9545 na venda, ao passo que o dólar futuro com vencimento em abril subiu 2,11%, a R$ 3,959. O movimento da moeda brasileira acompanha o dos emergentes, em meio aos receios de elevação das taxas overnights pela Turquia.

Os juros futuros também refletiram o cenário de maior aversão ao risco e registram alta dos seus principais contratos. O contrato com vencimento em janeiro de 2021 teve alta de 18 pontos-base, a 7,29%, enquanto o de janeiro de 2023 subiu 25 pontos-base, para 8,52%.

Em audiência na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Guedes falou sobre os rumores de sua saída do cargo caso a Reforma da Previdência não chegue a uma economia de R$ 1 trilhão.

“Eu respondo sempre a mesma coisa, que acredito em três coisas: dinâmica virtuosa da economia, que os Poderes vão fazer cada um o seu papel e que, se o presidente apoiar as coisas que eu acho que podem resolver para o Brasil, eu estarei aqui”, destacou, para depois complementar: “mas se ou o Presidente ou a Câmara ou ninguém quiser aquilo […], eu voltarei para onde sempre estive”.

“Eu estou aqui para servi-los. Se ninguém quiser o serviço, foi um prazer ter tentado”, disse destacando ainda não ter apego ao cargo, mas afirmando também não ter a inconsequência e a irresponsabilidade de sair na primeira derrota.

Após as trocas de farpas entre o Planalto e o Congresso nas últimas semanas, Guedes disse que em nenhum momento esteve preocupado com “fofocas e fuxicos”. “Os Poderes são independentes e cada um tem que fazer o seu papel. Tenho fé inabalável de que todos estão se aprimorando, vão saber convergir para trabalhar pelo bem público. Estamos todos, governo, oposição, compreendendo nosso papel.”

O noticiário sobre Reforma voltou a preocupar após a Câmara, em votação relâmpago, impor derrota ao governo de Jair Bolsonaro, aprovando com mais de 400 votos emenda que diminui a margem de manobra do governo com o orçamento. A votação repercutiu como um recado da Câmara ao governo sobre a postura de não negociar com partidos.

Os indicadores de confiança também mostram o maior pessimismo da “economia real”. A FGV divulgou os dados de confiança do consumidor de março, que mostraram queda de 5,1 pontos na comparação com fevereiro na série com ajuste sazonal. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) desceu a 91,0 pontos, o menor nível desde outubro de 2018. É a segunda queda seguida, perdendo 5,6 pontos, após quatro meses consecutivos de avanço, período em que acumulou um aumento de 13,5 pontos.

Já no exterior, se ontem as principais bolsas mundiais registraram uma sessão de alívio, o pregão desta quarta é de maior cautela com os investidores voltando a esboçar preocupação com os sinais de enfraquecimento da economia global após a inversão da curva de juros dos Treasuries e novos indicadores decepcionantes.

No primeiro bimestre, o lucro de grandes empresas industriais da China sofreu queda anual de 14,1%, bem maior do que a redução de 1,9% vista em dezembro. Recentes dados fracos de manufatura de economias desenvolvidas também se somaram às preocupações.

Vale destacar que, amanhã, funcionários de alto escalão dos governos da China e dos Estados Unidos iniciam uma nova rodada de discussões comerciais em Pequim. Na semana que vem, o diálogo sino-americano vai se transferir para Washington.

InfoMoney

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Diversos

A surpreendente lei da Suécia que dá 6 meses de folga do trabalho para empreender

A SUÉCIA TEM UM SISTEMA ÚNICO DE CONCESSÃO DE LICENÇA AOS TRABALHADORES PARA QUE POSSAM LANÇAR UM NOVO NEGÓCIO (FOTO: ALAMY VIA BBC)

Jana Cagin nunca havia pensado em administrar sua própria empresa até ela e seu noivo terem “um daqueles momentos de iluminação” enquanto procuravam um novo sofá em uma loja da rede de móveis e decoração Ikea, em um subúrbio de Estocolmo, capital da Suécia.

Eles notaram que a gama de pernas para móveis disponíveis era muito limitada. Depois de vasculharem a internet e não encontrarem alternativas adequadas, tiveram a ideia de desenvolver sua própria marca de peças de reposição para móveis, para ajudar consumidores a dar um ar artístico às suas novas compras ou a produtos já existentes.

“Ficamos empolgados com essa ideia”, diz ela.

O casal começou a administrar o empreendimento em seu tempo livre. Mas, de acordo com Cagin, foi a possibilidade de tirar uma licença de seu trabalho como psicóloga organizacional que realmente permitiu que as coisas saíssem do papel.

“Começamos a buscar fornecedores, a sair na imprensa, a construir o site”, afirma.

A empresa também foi aceita em um programa de aceleração de empresas iniciantes, que ofereceu treinamento, workshops e orientação. “Se trabalhasse durante esse tempo, não teria conseguido participar, e isso realmente nos ajudou a acreditar em nossa ideia.”

Enquanto isso, saber que ela poderia voltar ao antigo trabalho se as coisas não dessem certo diminuiu o risco financeiro, especialmente porque seu parceiro era freelancer na indústria criativa.

“Nunca me vi como um empreendedora, então, poder ter esse tipo de segurança e algo para me apoiar teve um papel importante.”

Ela não voltou ao seu antigo emprego. Seis anos depois daquele “momento de iluminação”, que aconteceu quando Cagin tinha 31 anos, o negócio de comércio eletrônico do casal agora oferece maçanetas decorativas e revestimentos para armários, bem como pernas para uma variedade de móveis. Eles estão em 30 países e têm seis funcionários em tempo integral.

Licença para empreender é um direito legalmente consagrado no país
Embora nem todas as novas empresas tenham tanto sucesso, a experiência de Cagin de tirar uma folga do emprego fixo está longe de ser única na Suécia. Nas duas últimas décadas, os trabalhadores em tempo integral com empregos fixos passaram a ter o direito de se afastar por seis meses para iniciar uma empresa – ou, alternativamente, para estudar ou cuidar de um parente.

Os chefes só podem negar se houver razões operacionais cruciais que eles não conseguem administrar sem aquele integrante da equipe ou se a nova empresa for vista como concorrente direta. Espera-se que os funcionários retornem à mesma posição de antes após esse período.

MAX FRIBERG TIROU UMA LICENÇA DE SEU TRABALHO EM UMA CONSULTORIA, MAS AINDA TINHA RESERVAS, APESAR DA SEGURANÇA DE NÃO TER DEIXADO SEU EMPREGO (FOTO: REPRODUÇÃO/BBC NEWS BRASIL)

“Até onde sei, este é o único país que oferece um direito legalmente consagrado de tirar uma licença para o empreendedorismo”, explica Claire Ingram Bogusz, pesquisadora de empreendedorismo e sistemas de informação na Escola de Economia de Estocolmo.

“É comum que as pessoas tenham permissão do empregador para iniciar algo desde que isso não interfira com o emprego, e, uma vez que o negócio esteja funcionando, tirem então uma licença para ver se realmente conseguem fazer só aquilo na vida”, diz ela.

“É muito frequente, especialmente entre os empreendedores altamente qualificados que criam empresas de tecnologia.”

Max Friberg, de 31 ano, é um deles. Ele administra uma plataforma de software e optou por tirar uma licença da consultoria em que trabalhava, em vez de deixar o emprego, apesar de ter se dedicado ao projeto durante seu tempo livre por mais de um ano antes de fazer isso. Ele diz estar confiante.

Para ele, perder a vantagem competitiva e o “status social” que ele trabalhou durante anos para alcançar era uma preocupação tão grande quanto a insegurança financeira. A possibilidade de uma licença não remunerada ajudou bastante com algumas dessas preocupações.

“Tinha um emprego fantástico e trabalhado muito durante toda a universidade para obtê-lo e, depois, para mantê-lo e progredir”, explica ele. “Eu me questionava: ‘Estou fazendo uma loucura?’ Mas sentir que poderia voltar tirou um pouco desse medo.”

O segredo da inovação?

A Suécia, com uma população de apenas 10 milhões de pessoas, criou a reputação de ser um dos países mais inovadores da Europa nos últimos anos. As razões mais comumente citadas para que seu cenário de novas empresas crescesse tão rapidamente incluem forte infraestrutura digital, uma cultura de colaboração e seguro de desemprego privado acessível, o que proporciona uma rede de segurança social maior.

Medir exatamente o quanto o direito à licença não remunerada contribuiu para isso é complicado. Embora a tendência – particularmente no cenário tecnológico – tenha sido observada por acadêmicos, sindicatos e empregadores, não há bancos de dados nacionais que detalhem quantas pessoas registradas para tirar uma licença de trabalho iniciam um negócio.

Mas o que os números confirmam é que a crescente demanda por todos os tipos de licenças (incluindo a licença parental remunerada) coincide com o aumento do número de suecos que começam suas próprias empresas.

A SUÉCIA, COM UMA POPULAÇÃO DE APENAS 10 MILHÕES DE PESSOAS, CRIOU A REPUTAÇÃO DE SER UM DOS PAÍSES MAIS INOVADORES DA EUROPA (FOTO: ALAMY VIA BBC)

Em 2017, 175 mil pessoas entre 25 e 54 anos de idade foram licenciadas, em comparação com 163 mil em 2007, de acordo com dados oficiais. O escritório de registro de empresas suecas diz que 48.542 empresas limitadas foram registradas em 2017, em comparação com 27.994 em 2007.

Então, o que o resto do mundo pode aprender com o sistema de licenças não remuneradas da Suécia?

De acordo com Claire Ingram Bogusz, a tendência de se licenciar para abrir uma empresa precisa ser vista no contexto das leis trabalhistas notoriamente rígidas do país nórdico.

Elas tradicionalmente dificultam mais que patrões demitam funcionários em comparação com muitos países. A especialista argumenta que isso pode encorajar alguns funcionários a permanecerem em seus empregos quando têm segurança.

“As pessoas não desistem facilmente de um emprego [permanente] depois que conquistam um”, diz ela. “É análogo a ter uma casa ou um apartamento. Uma vez que você é o proprietário de um imóvel, não desiste dele facilmente.”

Adaptação do modelo

Samuel Engblom, chefe de política da Confederação Sueca para Empregados Profissionais, explica que o governo, sindicatos e empregadores na Suécia apoiam o direito de se afastar como “uma forma de promover a mobilidade no mercado de trabalho”.

“A maioria dos funcionários hesita em deixar um emprego que consideram seguro por algo tão inseguro quanto começar um negócio”, diz ele.

“Talvez seja uma visão bastante sueca – quero dizer, você poderia promover o empreendedorismo tornando-o mais lucrativo, e fazemos isso até certo ponto, mas você também pode promover o empreendedorismo tornando-o menos inseguro.”

Ting Xu, professor da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos, cujo trabalho se concentra em finanças empresariais, argumenta que a ampliação do direito à licença não remunerada pode desempenhar um papel crucial no fomento do empreendedorismo, mesmo em países com mercados de trabalho muito mais flexíveis.

Ele cita um estudo de 2016 sobre como ajudar os futuros empreendedores de tecnologia a romper as barreiras geradas pelo medo do fracasso. A pesquisa descobriu que, embora o risco financeiro fosse a principal preocupação, o risco para a carreira estava em segundo lugar.

“O medo de perder uma carreira profissional estável se a sua empresa fracassa é algo que faz muitas pessoas não empreenderem”, argumenta. “Muitos países subsidiam financiamentos para empreendedores. No entanto, a redução do risco para a carreira pode ser igualmente importante e é frequentemente ignorada por quem toma decisões políticas.”

Embora sua pesquisa se concentre na licença parental, e não na licença não remunerada, ela fornece dados empíricos para respaldar essa ideia.

Ting fazia parte de uma equipe de cientistas que analisou uma reforma que ampliou a licença parental no Canadá de alguns meses para um ano inteiro em 2001. Eles descobriram que as mulheres que tiveram um período maior de licença eram mais propensas a serem empreendedoras cinco anos depois em comparação com aquelas que deram à luz antes da mudança.

“Esse resultado é uma forte evidência que mostra que, quando removemos o risco para a carreira, isso pode estimular o empreendedorismo”, conclui.

Há algum lado negativo?

Alguns observadores argumentam que pode ser mais difícil para os empregadores fora da Suécia permitir que os trabalhadores retornem aos seus antigos cargos depois de se ausentarem para administrar um negócio. Esses trabalhadores podem enfrentar discriminação em perspectivas futuras de carreira ou salário. No entanto, na Suécia, esse tipo de preconceito é contra a lei.

“Alguém ter saído e tentado algo novo, ter essa oportunidade e voltar, não é algo visto de forma negativa. É visto de forma neutra na pior das hipóteses e, provavelmente, até de forma positiva, porque a pessoa disse ‘ah, não, esse trabalho é o melhor para mim'”, explica Ingram Bogusz.

Ela argumenta que o foco dos suecos no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é um “grande fator a favor”, que pode não ser relevante em outros lugares.

“Na Suécia, espera-se que as pessoas tenham um equilíbrio em seu emprego – não apenas em termos de equilibrar suas vidas pessoais, mas também de equilibrar outras coisas que são importantes para elas ou que signifiquem crescimento pessoal. Começar um novo negócio pode ser [parte de] isso.”

Jessica Petterson é uma das pessoas que estão aproveitando ao máximo a oportunidade. A atriz de 30 anos está encerrando um período de licença não remunerada em que passou lançando um serviço de assistente virtual para instituições de caridade. Ela decidiu retornar ao seu emprego permanente em uma organização sem fins lucrativos e dar continuidade a seu empreendedorismo mais lentamente.

“Não ganho o suficiente com a minha empresa para me sustentar e quero comprar um apartamento em breve. Preciso voltar ao meu antigo emprego para receber um salário fixo todos os meses”, explica ela.

“Eles [meus gerentes] estão muito felizes comigo de volta. Eles me deram alguns outros projetos para me dedicar, para que eu não me sinta tão ‘estagnada’ quanto antes.”

No entanto, Samuel Engblom, da Confederação Sueca para Empregados Profissionais, ressalta que, embora muitos empregadores compartilhem dessa atitude positiva em relação à licença não remunerada, outros podem enfrentar desafios administrativos e financeiros ligados à cobertura das responsabilidades de um trabalhador durante a folga.

“Para o empregador, significa perder alguém que conhece o trabalho. Especialmente em campos em que há falta de trabalhadores qualificados, isso pode ser problemático”, diz ele.

Ele sugere que esses desafios podem ser ainda maiores em países com economias menos estáveis ​​do que a Suécia.

Um novo futuro?

É claro que tanto as vantagens quanto os desafios da licença não remunerada só são relevantes quando os funcionários têm empregos permanentes.

Enquanto a grande maioria dos suecos está em empregos estáveis, tem havido uma mudança em direção ao emprego temporário e à “economia do bico” nos últimos anos, que afetou em grande parte os trabalhadores mais jovens.

Em 2017, quase 50% dos jovens suecos entre os 16 e os 24 anos e 18% daqueles entre os 25 e os 34 anos estavam em trabalhos temporários, em comparação com 44% e 14% em 2009, respectivamente.

“É um problema que a Suécia enfrenta, assim como muitos outros países do mundo: essa polarização entre pessoas com empregos permanentes e aquelas que não têm”, diz Ingram Bogarz. “Para os trabalhadores da ‘economia do bico’ e freelancers, as licenças não fazem diferença.”

Legisladores suecos estão monitorando a tendência de perto. Recentemente, um comitê do governo foi solicitado a investigar como mais segurança poderia ser fornecida para estes tipos de trabalhadores.

Enquanto isso, o direito à licença não remunerada para funcionários permanentes parece ter vindo para ficar. Vários sindicatos chegaram a acordos coletivos com empregadores que expandem os direitos dos trabalhadores à licença não remunerada, oferecendo-lhes 12 meses de folga para tentar iniciar um negócio, em vez do requisito padrão de seis meses.

O que é vital que todos os empreendedores lembrem, de acordo com Ingram Bogarz, é que, independentemente de terem ou não direito a licença não remunerada, iniciar um negócio continua sendo algo arriscado.

“A desvantagem de passar do emprego permanente para o empreendedorismo é real aqui na Suécia, como em qualquer outro lugar. Você passa de um emprego estável e muitas vezes decente para receber uma quantia de dinheiro instável e provavelmente menor”, explica ela.

“Mas uma licença significa que você pode ter o melhor dos dois mundos: a segurança de um trabalho que não vai a lugar algum e o tempo livre para buscar o que é importante para você.”

Época, via BBC

 

Opinião dos leitores

  1. É porque na SUÉCIA existem 14 sindicatos….aqui na república das bananas existem 16.700 sindicatos mamando no dinheiro do VERDADEIRO TRABALHADOR, aqui no RN tem professora que nunca entrou em sala de aula , bancário que não sabe aonde fica o Caixa , enfermeiro que não sabe a cor de um sangue, metalúrgico que se aposentou por causa de um DEDINHO MINGO, Entenderam porque as coisas não funcionam no Brasil ? É porque uns trabalham e outros MAMAM DO DINHEIRO DO REAL TRABALHADOR

    1. Vai ver qto ganha um deputado, um ministro, um juiz, um secretário, e o que tem de mordomias no serviço público. a resposta é um salário razoável, nunca comparado com esses daqui, e nenhuma mordomias, nem assessores aos montes como é no Brasil. E olhe que é país de 1o mundo. Enquanto aqui, num país quebrado, esse povo são incontáveis, ganham rios de dinheiro, mordomias sem limites e muitos assessores. Por isso que estamos onde estamos. Enquanto não parar essa farra, ficamos na m****

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