Por Estadão Conteúdo
A Petrobras anunciou um corte de quase US$ 90 bilhões em seus investimentos, chegando a US$ 130,3 bilhões nos próximos cinco anos. É o menor orçamento desde 2009, quando a companhia iniciou sua expansão com o objetivo de se tornar uma das cinco maiores petroleiras do mundo. Além do corte, a estatal prevê vender mais de US$ 57 bilhões em ativos até 2018. Para o presidente da petroleira, Aldemir Bendine, o novo plano tem o objetivo de colocar a estatal “no rumo correto”.
“Essa é a realidade que a gente acredita, é desafiadora ainda, mas foi feita com pé no chão e acreditamos que vamos ter plena condição de cumpri-la, buscando acima de tudo gerar valor e rentabilidade”, afirmou.
O plano de negócios reflete um corte de quase 41% em relação ao plano de US$ 220,6 bilhões anunciados por Graça Foster em fevereiro do ano passado. A estatal, porém, fala em um corte de 37% no orçamento porque, segundo Bendine, usou como referência o valor de US$ 206, 8 bilhões (montante que não inclui as refinarias premium).
O novo plano também reduziu a meta de produção em mais de 30%, cortou unidades de produção previstas e adiou projetos polêmicos. Por outro lado, reforçou a aposta no pré-sal, destinando 44% de todo o investimento previsto. Bendine descartou capitalizações e emissões de ações, mas garantiu a viabilidade do plano com “disciplina”.
Para o executivo, a gestão anterior colocou a empresa em “situação desconfortável” devido ao endividamento de R$ 400 bilhões, o maior entre as petroleiras. “Estamos em situação inferiorizada em relação às outras, elas fizeram o dever de casa com antecedência”, lamentou. “O plano foi feito com bastante ousadia e o principal objetivo é colocar a empresa no rumo gerencial correto. Nesse novo cenário do mercado de óleo e gás, a companhia se volta para sua atividade essencial”, disse Bendine.
Quando uma investigação que deveria produzir uma decisão judicial isenta se transforma numa operação política, os objetivos mudam e os resultados também. Muitos culpados são apenas “culpados”, porque sua culpa está definida de antemão e só precisa ser confirmada pelas investigações. Vice-versa para quem se torna “inocente.”
Para dar um único exemplo, entre vários: policiais que trabalharam para AP 470 descobriram que o ex-ministro Pimenta da Veiga recebeu R$ 300 000 de Marcos Valério, em quatro cheques caídos em sua conta, meses depois do final do governo FHC. Embora essa soma seja seis vezes superior aos R$ 50 000 que João Paulo Cunha recebeu em sua conta, cumprindo pena de prisão por esse motivo, a investigação sobre Pimenta sequer está encerrada — doze anos depois dos cheques de Valério terem caído em sua conta. O ex-ministro tucano é culpado? Suspeito? Quem saberá?
Relembrando aos esquecidos, as trocas de gentileza e afeto entre Paulo Maluf e o Lula da Silva:
“O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente.” (LULA, junho de 1984)
“Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?” (LULA, setembro de 1986)
“Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos.“(PAULO MALUF, março de 1993)
“Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso.” (LULA, março de 1993)
“Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos e não explica como vive. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo”. (MALUF, março de 1993)
Depois que eu vi a foto do Lula da Silva abraçado com o Maluf, a quem a turma do PT passou quase 30 anos chamando de ladrão, sabia que não ia dar boa coisa.
Como a divindade brahma sempre quis ser melhor que todo mundo, fez de tudo para superar o Maluf em muitos quesitos.
É evidente Walter Dourado que o país vai sair da crise, somos maior que um partido, aliás começamos a sair de desgraça a cada nova revelação de ódio contra os petistas, ou seja, a cada nova investigação de corrupção.
Segundo vocês o ódio aumenta quando a imprensa revela os milhares de trabalhadores que estão perdendo o emprego, com o comércio sem venda, a moeda sem força.
O ódio se revela quando se tem a responsabilidade de mostrar que a inflação voltou e o PT não faz a parte dele, mantendo uma estrutura estatal gigantesca, sem cortar 01 cargo comissionado
Nas alegações forjadas e ilusionistas do PT o ódio dos outros aparece quando se tem a vontade de querer ver o país voltar a crescer, que nossa economia se restabeleça, que a indústria produza e seja competitiva, que mostre alternativas viáveis para sairmos dessa lama
Depois que vocês navegaram 10 anos na estabilidade econômica de FHC, destruiram nossas reservas cambiais com programas populistas, agora estão perdidos e começam a tirar pedras uns nos outros
O discurso do PT acusando os outros acabou, o próprio PT destruiu com sua ineficácia e trazendo o desemprego, a inflação, a corrupção, as privatizações
O PT promete, promete, promete e não faz, mente, mente, e mente, vive da mesmisse de 20 anos atrás, perdeu a credibilidade, não restou nada, a não ser o período de maior corrupção já vivido em tempos de democracia
E a culpa disso é de FHC que não teve como evitar o PT no poder.
São 13 anos no governo e o desmantelo generalizado das contas públicas finalmente vem a conhecimento público. Petrobras destroçada, pedaladas fiscais para encobrir os desvios, PAC1, PAC2 tem 60% das obras não concluídas. Campanha eleitoral mantida por mentiras e destruição moral dos opositores através de boatos, factoides e muito dinheiro espalhado
Transposição do São Francisco já custa 10x mais que o previsto e nem 50% foi concluído
Manutenção da pesada máquina pública, com 15 ministérios sem sentido e incontáveis cargos públicos para manter os dependentes do PT
Desemprego aumentando a cada dia e vemos a volta da inflação. Aparece a incapacidade administrativa
Só em 2015 o povo vem tomando conhecimento, acordando e sabendo que o PT não tem um projeto para o Brasil, tem apenas ações para o partido se manter no poder e desfrutar da máquina pública
Não sou cego e nem um otimista tolo. Mas já vivemos muitas crises e vamos sair de mais uma”.
Apesar de “Estarmos num momento complicado, de discussões e ódio, o que menos quero causar neste momento é mais discussão e ódio”.
Mas não posso deixar de ressaltar o que disse Ricardo Semler.
Sócio majoritário do conglomerado Semco Partners e ex-professor de Harvard e do Massachusetts Institute of Technology (MIT), Ricardo Semler tornou-se um dos empresários brasileiros mais conhecidos no exterior nos anos 90 por aplicar em sua empresa princípios gerenciais que ficaram conhecidos como 'democracia corporativa'.
Ao comentar o caso de corrupção na Petrobras, Semler defendeu que "nunca se roubou tão pouco" no Brasil em artigo publicado na Folha de São Paulo; e: "Nossa empresa deixou de vender equipamentos para a Petrobras nos anos 70. Era impossível vender diretamente sem propina. Tentamos de novo nos anos 80 e 90, até recentemente", escreveu ele.
Isso sem esquecer que Semler é filiado ao PSDB, mas o artigo acabou sendo usado por quem defende o ponto de vista do governo e do PT no escândalo.
Essas questões que estão sendo jogadas contra o governo do dia são muito antigas. A Petrobras é só a ponta do iceberg. Há corrupção nas teles, nas montadoras, nas farmacêuticas, nos hospitais particulares. O problema é endêmico e não adianta fazer de conta que surgiu agora. Se você vai para a Paulista e grita contra a corrupção, também precisa responder: Está declarando todos os seus imóveis pelo valor cheio? Nunca deu R$ 50 para o guarda rodoviário? Nunca pediu meio recibo para um médico? E quem está colocando no Congresso esses políticos? Não sei se a Paulista não estaria vazia se todo mundo fizesse um autoexame.
O que ocorre com a corrupção é algo semelhante a nossa percepção sobre violência. Nunca se matou tão pouco no mundo – pense nas duas grandes guerras, na guerra civil espanhola, etc. Mas a internet, os debates, a difusão da informação faz com que tenhamos a sensação contrária.
Quando deixaremos de ser hipócritas e exigiremos que isso mude, responsabilizando todos que fazem diferente?
Pois se ficarmos culpando só os nossos adversários e fingindo que não vemos o que nossos aliados fazem, estaremos nos comportando como adolescentes torcedores fanáticos de times de futebol que só acham que o juiz é ladrão quando o pênalti é contra o nosso time. Pois quando é contra o adversário, pode!