O governo não quer se envolver na polêmica em torno da derrubada do veto presidencial ao projeto que exige a impressão dos votos das urnas eletrônicas. Cauteloso, um interlocutor da presidente Dilma Rousseff diz que agora o assunto tem que ser decidido entre o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — que orientou o Planalto sobre o veto — e o Congresso Nacional, mas o governo continua analisando as opções que tem para reagir à derrubada do veto. Entre os cientistas políticos, há opiniões divergentes em relação a real eficácia do voto impresso.
Contrário à exigência, o professor emérito da Universidade de Brasília (UnB), David Fleisher, pondera que não há ainda casos concretos de corrupção envolvendo urnas eletrônicas para justificar um gasto tão grande de dinheiro público. Um documento obtido pelo G1 estima em R$ 1,8 bilhão os gastos com compra, manutenção e transporte das impressoras. Fleisher cita ainda a experiência feita pelo governo em 2002, quando algumas urnas tiveram impressoras embutidas e não houve problemas registrados.
— Na minha opinião, é um gasto supérfluo — diz Fleisher.
O cientista lembra ainda que, se a exigência se concretizar, uma licitação será necessária para embutir as impressoras. Esse processo, diz ele, tem que ser levado com cautela, para que uma possível fraude não retire a credibilidade da proposta.
Por outro lado, o especialista em ciência política da UnB, Ricardo Caldas, explica que as inúmeras incertezas em torno da última eleição podem fazer com que o voto impresso seja “um mal necessário”. Segundo ele, a impossibilidade de se auditar o voto impediu que outros países adotassem a urna eletrônica brasileira.
— Infelizmente pode ser necessária mais essa burocracia para garantir segurança e transparência nas próximas eleições.
Para Caldas, a eventual derrubada do veto será resultado de uma pressão — ainda que menor do que no início do ano — das ruas por mais transparência e de uma desconfiança generalizada dos partidos políticos.
— Os partidos têm medo de perder o controle sobre o processo eleitoral — diz Caldas.
O Palácio do Planalto não classifica a derrubada do veto sobre o voto impresso como uma derrota do governo. Na mais recente reunião de líderes da base aliada, o ministro Ricardo Berzoini explicou que a presidente Dilma Rousseff vetou a impressão do voto por motivos técnicos, por recomendação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e liberou os aliados para votarem como quisessem nesse ponto. (*Estagiária sob supervisão de Maria Lima)
O Globo
2 Bilhões é o custo para implementar essa ideia de anta do jair Bolsonaro!
Para um governo sério o voto impresso não deveria ser motivo para tanta polêmica !!! Gastaram tanto em Pasadena e ninguém viu.
Na verdade a urna já imprime, basta programar. Há uma impressora interna e o sistema admite a impressão. Isso já se faz para as chamadas "zerésimas" (relatorio de ausência de voto antes do inicio dos trabalhos) e para os relatorios de urna, ao final dos trabalhos. Qto aos gastos, não irá superar o preço de um rolo de papel igual aos usafos nessas maquinas de cartão de credito, eis que a impressão é de igual tipo. Assim, frente a segurança e direito do eleitor, o custo é quase zero.
Meu amigo não se gasta milhões com reformas de apartamentos, compra de equipamentos pra cozinha da presidência, viagens de parlamentares de avião e muito mais. Essa tese de aumento de gastos não cola, é típica de quem têm alguma coisa a esconder. Quanto mais segurança melhor.
Quem não deve não teme. Pq a Presidente vai vetar???
Porque será que o PT é tão contra ao voto impresso????
O VALOR A SER GASTO, QUALQUER INTEGRANTE DA LAVA JATO, GASTA EM UM FINAL DE SEMANA