Espiando o Facebook na manhã desta sexta-feira, me deparei com esse belo texto do Jornalista Gerson de Castro em sua página, num momento que a sociedade começa a se acostumar com as inversões de valores, a conviver naturalmente com o errado, nada mais atual do um texto deste. Segue:
Tem gente incomodada com a superexposição da figura de um certo tenente da Polícia Militar que atende pelo nome de Eann Styvenson, nomes formados a partir de anagramas dos nomes de sua irmã e seu pai. Eu compreendo o incômodo que o oficial PM causa. Nao é pelo seu nome, um tanto original, tampouco pela farda que veste, igual à de tantos bons policiais que conheço e outros tantos de que tive notícias – nem sempre agradáveis – ao longo da minha carreira de jornalista.
O incômodo é com o trabalho que Eann Styvenson, a quem eu não conheço pessoalmente, realiza. Ele é é o homem que comanda o grupamento que realiza as blitzen da Lei Seca.
As pessoas que se incomodam com o que faz Styvenson e seus comandados deveriam estar preocupadas com os números das infrações de trânsito, a frequência com que ocorrem e as mortes e mutilações graves que elas provocam no caótico trânsito do nosso dia-a-dia.
E o incômodo com o trabalho do tenente Styvenson tem nomes, números, prontuários. São milhares de nomes, autos de apreensão de carteiras de motorista, resultado de sopradas em testes de bafômetros, feitas no meio da noite ou da madrugada por quem não deveria estar ao volante.
Styvenson não é nem nunca foi problema. Seu trabalho e sua exposição não deveriam incomodar. Aliás, tenho comigo que a superexposição a que está sujeito se deve simplesmente ao fato de que muitos e muitos motoristas continuam achando que a Lei Seca não é pra valer. E quando pegos, reagem de tudo que é jeito: com carteiradas – “sabe com quem está falando?”, abuso de poder, críticas, palavrões, sapatadas e até mordidas. Sim, teve caso de uma certa distinta senhora que literalmente desceu do salto e partiu para as vias de fato. O grau etílico – dizem os especialistas que o álcool destrava as inibições – fez com que a distinta senhora virasse uma espécie de Hannibal, a desejar eliminar a mordidas o obstáculo que a separava do tortuoso caminho de casa.
Dados recentemente divulgados pelo órgão da Prefeitura do Natal que cuida do trânsito – ou pelo menos deveria cuidar – mostram que os natalenses elegeram como forma de driblar o trânsito congestionado algumas atitudes como andar acima do limite de velocidade, avançar sinal vermelho e, quando o tempo é insuficiente para o tamanho da pressa, parar sobre a faixa de pedestre. E olhem que os números se referem apenas aos oito cruzamentos com maior movimentação de carro e gente da nossa cidade.
Estacionamento em local proibido, parar em cima de calçadas ou na frente das garagens alheias, então nem se fala. São pecados menores, para alguns, que mostram um comportamento do tipo “tô nem aí”. E ocupar as vagas destinadas a pessoas idosas ou com deficiências virou rotina.
Esse tipo de comportamento me faz entender por que tantos se incomodam com o trabalho de um certo tenente Styvenson. Eu confesso: não sou santo, nunca fui. Já dirigi depois de ingerir bebida alcoólica. Hoje, a maturidade, o bolso, e a repercussão negativa me fizeram reduzir drasticamente a possibilidade de me encontrar com Styvenson e seus comandados. Ele não está entre os meus receios. Os motoristas que as blitzen flagram, estes sim, é que estão nos meus piores pesadelos. Um pesadelo que ceifa vidas inocentes, mutila e destrói famílias para sempre.
Styvenson não deveria incomodar. É o nosso modo de viver e de agir no trânsito que deveria nos preocupar. Antes que seja tarde demais e nos tornemos apenas número de prontuário. Não nas blitzen policiais, mas em outros lugares bem menos acolhedores.
Gerson de Castro
Conheço Eann e me surpreende ouvir determinados tipos de comentários a respeito dos 'excessos' na execução de seu ofício, vinculando inclusive à questões pessoais.
Esteve em um programa de veiculação nacional essa semana onde, muito articulado, falou, simulou episódios de infrações e a conduta legal diante delas.
Perguntado sobre qual era o seu papel nessas operações, respondeu: SALVAR VIDAS. E assim o é!
Ponto para o cidadão Eann, que é o que conheço. E que a população entenda de vez que o é correto dever ser feito sem questionamentos. Educação…
O tenente está de parabens. Aos criticos, lamento se apoiam o crime. Dirigir alcoolizado é igual a portar arma de fogo sem permissão. Carro também mata, não so o próprio motorista, mas quem nao consegue desviar de um marginal sobre o volante. A exemplo desse fato, aquele dito "santo" que furou uma barreira policial e ainda atropelou um ciclista em mossoro, que se nao tivesse bebido estaria vivo e o ciclista nao teria corrido risco de vida. Aos que criticaram o tenente e a PM, dizendo que ele devia apenas se preocupar com os demais crimes, isso é ignorância de fatos. No trabalho de fiscalização se averígua também roubos e outros delitos. Se o resto da policia não teve a mesma competência e repercussão deste tenente, isso é que deve ser averiguado. Esse tenente já foi ate perseguido e humilhado por ter prendido gente errada que se diz "superior" a ele e passou ate 15 dias preso por ter feito o certo. Acredito que a PM e a sociedade é quem deve olhar o exemplo e a persistência dele. A criminalidade no nosso estado não é culpa unica da policia, mas da sociedade bandida inserida na classe media e alta, empresários, professores, estudantes, servidores públicos corruptos e incompetentes. Se ha problemas na segurança publica como um todo, comecem em casa olhando no espelho e na própria consciência do que fazem no dia a dia. A moça que fez a "musiquinha" pra ganhar dinheiro, meus parabens, mas mude a letra, que nao se deve ter medo do tenente, mas do marginal que dirige sob efeito de drogas como o alcool. Quem tem medo de polícia é bandido.
FALAR A VERDADE É PRECISO, TÁ FALTANDO GOVERNANTES COM ESSE PERFIL.
O BRASIL ESTÁ SEM ORDEM SEM RUMO, BASTA VER OS NOTICIÁRIOS DO DIA A DIA. O NOSSO BRASIL É CARENTE DE GENTE QUE FAÇA ACONTECER A COISA CERTA, A GRANDE MAIORIA , É PARA FAZER ERRADO "ROUBAR"
Se possível, é o homem ideal para comandar nossa policia militar.
A sociedade precisa urgentemente ter uma resposta dos governantes: por que nas outras áreas, até mais prioritárias, o aparelhamento policial não funciona? Todos os crimes devem ser coibidos, mas de uma forma universalizada, garantindo realmente a plena segurança ao cidadão.
O que causa revolta é a forma como é conduzida essas blits, onde o que vale é apenas o número de apreensão de pessoas para que ele o tenente posso jogar no outro dia na mídia, digo isso pois fui parado em uma determinada blits e não me pediram sequer minha carteira de habilitação quem dirá o documento do carro, soprei o bafômetro deu zero me mandaram embora, pq ?? Poderia eu estar em um carro roubado, ser algum procurado da justiça, so que para eles so servem números de embriagados, fora os casos de abusos que eles fazem, em outro caso um conhecido foi pego pela blits ok ele estava errado pois tinha ingerido bebida alcoólica e se recusou a fazer o teste do bafômetro, mais por causa dessa recusa os caras empurraram crime nele para que o mesmo fosse preso e nao pudesse pagar a fiança e ser liberado, so que eles esqueceram que o ônibus da policia civil onde eles estavam fazendo as apreensões possuíam câmeras e as mesmas mostraram o total abuso de autoridade dos policias e que os crimes que eles apontaram que o meu conhecido tinha feito eram tudo mentira, esses e outros casos e que fazem com que a população se revolte com esse tenete!!!!
Quem não gosta do Tenente e de sua equipe, certamente, é por que faz parte do grupo de motoristas imprudentes que bebem e querem dirigir, sob a alegação de não bebeu nada demais, são aqueles que acreditam no "jeitinho brasileiro" não o conheço e não tenho procuração para defendê-lo, mas, as blitz da lei seca vêm salvando vidas e isso é ocque importa.
O Problema não é nem nunca foi esse Tenente, o problema na minha visão são dois, o fato de estarmos acostumado com a impunidade, e outro o fato de a prioridade do Governo são as mortes no trânsito, mas temos visto uma matança geral no nosso estado e porque priorizar só o trânsito? Será que porque gera arrecadação imediata?
Nossos Governantes precisam imediatamente pegar o case de sucesso do Tenente e implantar nas outras áres de atuação da polícia
Belo comentário Rodrigo, concordo em tudo que você falou!!!
O Tenente nos deu a resposta de que é possível fazer a coisa certa!!!!
Concordo plenamente com o professor Messias. O que me incomoda, é o fato desse setor funcionar tão bem, enquanto os assaltos, latrocínios, sequestros, continuam aumentando. E coincidentemente, esse setor gera multas, multas e multas. Ou seja, será que a preocupação são as mortes no trânsito ou as multas?
Todo mundo só fala no tenente e esquece que esse trabalho da lei seca no RN só esta acontecendo de uma forma tão eficaz por que temos uma Governadora que se preocupou com a causa e deu carta branca para o Tenente, incluivise disse que em reunião com a equipe da lei seca que podia apreender e multar até um filho seu. Então está de parabéns o Tenenente, toda sua equipe e a Governadora Rosalba Ciarlini por dar condições desse trabalho acontecer tão bem.
Muito boas as suas colocações a respeito desse assunto e também em relação ao trabalho o tenente.
Na minha humilde opinião, acho eu que a parte da população incomodada com ação dessa ala da PM é pq nas outras partes da cidade como por exemplo nos bairros mais afastados a PM não funciona como funciona a PM do transito.
Crimes barbaros estão acontecendo e nunhuma providencia sendo tomada, como por exemplo o assasinato do professor de religião nessa semana.
Então eu acho que é isso que revolta os coinciente, a PM trabalhar tão bem em um setor enquanto vidas também são ceifadas na nossa sociedade.
Mas com relação ao trabalho do tenente ta muito bom. Parabens
Prezado Prof. Messias Lima pelo que entendi no seu texto, se parte da Polícia não funciona a contento (o que concordo) a outra parte que funciona, como é o caso da blitz da lei seca deve para de trabalhar também ???
Acredito que devíamos tomar como exemplo o bom trabalho do referido Oficial e sua equipe, e passar a exigir que os demais setores das nossas Polícias passassem a trabalhar da mesma forma.
Quanto ao Tenente gostaria de parabenizá-lo pelo bom trabalho, mas ele precisa esquecer um pouco os holofotes e o glamour temporário, diminuindo a exposição pessoal e não aceitando o rótulo de salvador da Pátria pois isso tem um preço altissimo e é cobrado lá na frente, além do mais não combina com a postura de um Policial competente e disciplinador que ele aparenta ser, isso fica para pop-stars que aparecem e desaparecem da mídia a todo instante e tem carreiras efêmeras, o que não é o caso do nobre Oficial.