Brasil

MP junto ao TCU pede o fim do cartão corporativo da Presidência ou que sejam definidos novos critérios para uso

Foto: divulgação/EBC

O subprocurador-geral Lucas Furtado apresentou na sexta-feira (13) junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) um pedido para que o CPFG (Cartão de Pagamento do Governo Federal), popularmente conhecido como cartão corporativo, da Presidência da República seja cancelado ou que se definam novos critérios para seu uso “em face dos abusos ou desvios apontados em sua utilização”.

O site Poder360 teve acesso a trecho do pedido enviado pelo subprocurador à presidência do TCU. Leia abaixo:

“Exmo. Sr. Ministro Bruno Dantas,

“Presidente do Tribunal de Contas da União – TCU. 

“REPRESENTAÇÃO 

“Em face de matéria jornalista apresentada pelo Uol […] solicito a V. Exa. que:

“1. seja cancelado ou definidos novos critérios para o uso do cartão corporativo da Presidência da República em face dos abusos ou desvios apontados em sua utilização; e

“2. remeta cópia desta representação e da decisão que vier a ser proferida à Procuradoria-Geral da República para verificar se a utilização de referido cartão pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro caracterizaria crime de acordo com a legislação penal em vigência.”

No mesmo documento, Furtado também solicita a apuração dos gastos feitos no cartão pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de janeiro de 2019 a dezembro de 2022, período em que esteve à frente do Palácio do Planalto.

No período em que esteve na Presidência da República, Bolsonaro gastou R$27.621.657,23 em 4 anos no cartão corporativo. Quando as despesas de cada ano são corrigidas pela inflação anual, o total gasto é de R$ 32.659.369,02.

O valor é inferior ao que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) gastou em cada um de seus 2 mandatos anteriores na Presidência.

Leia os gastos de todos os presidentes com o cartão corporativo desde o 1º mandato de Lula, corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) anual:

Lula 1 – R$ 59.075.679,77
Lula 2 – R$ 47.943.615,34
Dilma 1 – R$ 42.359.819,13
Dilma 2 – R$ 10.212.647,25
Temer – R$ 15.270.257,50
Bolsonaro – R$ 32.659.369,02

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Bostanaro para se eleger prometeu moralidade e o que fez foi mais obscenidades. Motociata virou programa de governo, campanha política por 4 anos, sabemos agora que tudo pago. Esse exemplo e muitos outros, pagou com nossa grana, coisas absolutamente pessoais e fora do expediente. Resumindo, mentiroso, gastador, isso é corrupção explicita. Traidor

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Política

Lula enfrenta climão de aliados e ‘independência’ do centrão após reforma

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A reforma ministerial anunciada por Lula (PT) na noite desta quarta-feira (6) motivou críticas diretas e indiretas de aliados e levou ministros a saírem a campo para tentar minimizar as reclamações pelo fato de o presidente ter demitido mais uma mulher e realocado um apoiador de primeira hora para acomodar partidos do centrão que estiveram com Jair Bolsonaro (PL).

O “climão” pôde ser notado no desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, que contou com a presença de vários ministros.

O saldo das trocas para tentar atrair Republicanos e PP preservou o PT, partido do presidente, e teve a ministra Ana Moser (Esporte) demitida e substituída por um homem.

Com isso, Lula perde o recorde de mulheres no primeiro escalão, tão alardeado durante a transição de governo. No começo, eram 11 em 37 pastas. Agora, são 9 em 38. O maior patamar até então era o de Dilma Rousseff (PT), que teve 10 em 37 ministérios.

Folha de S. Paulo

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Geral

Governo volta a colocar grades no Planalto na véspera do 7 de Setembro


Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

A segurança do Palácio do Planalto resolveu colocar de volta as grandes de segurança em frente ao Palácio do Planalto para o desfile do 7 de Setembro nesta quinta-feira. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a barreira deve ser retirada após o evento.

As grades de segurança ficaram instaladas na sede do Executivo, por quase 10 anos seguidos, e foram retiradas em maio deste ano por determinação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A estrutura foi instalada em 2013, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em meio a protestos contra o governo. As grades foram mantidas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

Neste ano, eles já havia sido recolocadas, no dia 6 de junho, quando um grupo de indígenas se reuniu em Brasília na capital federal para acompanhar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o marco temporal.

O Globo

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