O empréstimo de 100 milhões de dólares a ser contraído pela Prefeitura de Natal junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) foi tema de Audiência Pública na Câmara Municipal de Natal (CMN), ontem. O encontro contou com a presença do secretário de Gestão de Pessoas, Logística e Modernização Organizacional, Vagner Araújo; da secretária de Mobilidade Urbana, Elizabeth Thé; do secretário de Obras públicas e Infraestrutura, Dâmocles Trinta; do secretário de Gestão Estratégica e Ouvidoria, Carlos Von Sohsten; e do secretário adjunto da Copa, Walter Fernandes.
O secretário Vagner Araújo fez uma explanação inicial sobre a situação financeira do município e do projeto Agenda do Equilíbrio anunciado nos últimos dias pelo Executivo. “Esse projeto é uma das propostas que encarta o pacote de medidas que compõe a Agenda do Equilíbrio. O Brasil está saindo de uma crise econômica, o que fez com que várias prefeituras enfrentassem problemas, e com Natal não foi diferente. Esse projeto tem como objetivo obter o equilíbrio financeiro e retomar os investimentos”, argumentou.
O secretário adjunto da Copa, Walter Fernandes, levou para o plenário da Câmara uma planilha com todos os projetos de mobilidade voltados para realização da Copa de 2014 em Natal. “No total serão necessários R$ 293 milhões em financiamento, com R$ 45 milhões de contrapartida do município. A Copa veio antecipar as obras e os recursos em um curto espaço de tempo”, explicou Fernandes.
O propositor da audiência, vereador Raniere Barbosa, destacou que não há um detalhamento de quanto a prefeitura investiu até o momento para realização da copa. “Quando a Prefeitura gastou em relação à copa? Estamos questionando os valores isolados de contrapartida de cada obra. Onde está o índice de comprometimento da receita tributaria do município? Queremos a estimativa disso para os próximos dias”, questionou. Muitas das perguntas do parlamentar ficaram sem resposta, entre elas a que indagava quanto a Prefeitura gastou até agora com o evento.
O secretário Vagner Araujo explicou que os recursos provenientes dessa contração de crédito junto ao BID devem ser vistos como um financiamento. “Se tivéssemos folga de caixa não precisaríamos recorrer ao BID. Não estamos tratando de um empréstimo, mas sim de um financiamento..”
Informações Tribuna do Norte
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