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‘Temer cortou até o almoço de Dilma. Amanhã vamos comer marmitex’, diz Lula

2kan9ki9yf_880ji7g3jv_fileFoto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Na primeira manifestação pública após o impeachment, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou dos cortes na alimentação e nas viagens em aviões da FAB, decididos pelo governo do presidente em exercício, Michel Temer, em relação à presidente afastada Dilma Rousseff. Mas reconheceu falhas na gestão da sucessora e disse esperar que ela volte ao cargo. “Não estou dizendo que Dilma não cometeu erros, cometeu. Mas queremos que ela volte para corrigir os erros que cometemos”, disse.

No discurso, Lula fez poucas referências à sucessora. “Temer deu um golpe não na Dilma, mas na decisão do Senado que o colocou como interino. Temer não tinha o direito de fazer o que fez. Ele cortou até o almoço da Dilma. Amanhã vamos comer marmitex”, ironizou o ex-presidente, em ato organizado por centrais sindicais no centro do Rio.

Segundo Lula, as medidas adotadas contra Dilma, como a restrição ao uso de aviões oficiais, “não vão impedir [a presidente afastada] de sair pelo País para denunciar esse governo”. Mais magro e com voz ainda mais rouca que o habitual, Lula avaliou que tem uma “dívida com a sociedade brasileira”, mas evitou se posicionar sobre as eleições de 2018. “Estão me acusando de tudo quanto é nome, divulgando as bobagens que falo. É medo de eu voltar. Ainda é muito cedo para pensar em 2018. Já estou com idade de me aposentar. Mas não pensem que vão destruir aquilo que nós construímos”, afirmou.

Lula criticou a escolha do ministério do governo provisório, acusando a suposta influência do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele ironizou manifestantes pró-impeachment. “Os coxinhas agora estão com vergonha por que foram para a rua bater panela e o resultado não foi um risoto, foi Temer. Os coxinhas sabem que o ministério de Temer é o ministério do [Eduardo] Cunha. Mas sempre haverá nesse País mais gente de cabeça erguida, decente, do que coxinhas”.

Na única referência direta à Lava Jato, o ex-presidente indicou que a operação “submeteu os petroleiros a condições humilhantes”. Lula afirmou que ter sido o presidente que mais investiu na companhia e que a descoberta do pré-sal foi “seu maior orgulho como presidente e como cidadão”.

O petista também afirmou que a “elite nunca aceitou a Petrobras” e teceu diversas críticas às “elites”, discurso comum em seu governo. “A elite brasileira, incompetente para governar este País, achava que tudo iria se resolver se a gente vendesse as empresas. Eu queria provar que o peão seria capaz de pensar politicamente o Estado brasileiro melhor do que toda a elite”, completou.

Lula defendeu ações de seu governo junto ao BNDES e demais bancos públicos. O ato “Se é público, é para todos” defendeu a mobilização da sociedade contra a privatização de empresas e serviços públicos, além de criticar a agenda econômica do governo Temer. A manifestação ocorreu na Fundição Progresso, na Lapa, região central do Rio, com público reduzido apesar do acesso liberado. Não houve estimativa de quantas pessoas estiveram no evento.

R7, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. Você vai comer é na cadeia. E lá será quentinha e nada mais. É muita cara de pau desse elemento que acabou com o país.

  2. Deviam mandar uma carrada de chinica para esses MELIANTES almoçarem é o que merecem, inclusive o sapo barbudo, CÍNICO E SAFADO.

  3. O canalha não fala nas "palestras", no sítio, no triplex e em todas as safadezas cometidas sob seu comando. É um psicopata, ladrão seguido por idiotas.

  4. Além de desdenhar da maioria da população, povo que como em marmitex, ainda não fez questão de citar que o corte durou apenas 2 dias, e que a digníssima presidenta gasta em média 62mil por mês com essa alimentação…. não escrevi errado não é isso mesmo 62mil por mês.

    1. Já começaram com um determinado cidadão, mas viram que se continuassem esse cidadão não teria como sequer segurar um canudinho de plástico.

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