Política

Menos de 48 horas depois de nomear Carlos Lupi, Prefeito do RIO publica a "desnomeação"

Numa banca de jornal da zona Sul do Rio, um cidadão carioca viu-se ao lado do prefeito Eduardo Paes. Queria puxar conversa. Mas não sabia como começar. Indicou com o dedo, no topo de uma pilha de jornais, uma notícia sobre a nomeação de Carlos Lupi para a assessoria especial da prefeitura. E perguntou: Fora isso, prefeito, o que o senhor está achando do Carnaval?

A cena é fictícia. Foi criada pelo repórter para tentar explicar o inexplicável. Menos de 48 horas depois de nomear o ex-ministro Lupi para ocupar um contracheque de R$ 8.511,78, o prefeito carioca caiu em si. E decidiu criou um vocábulo novo: a “desnomeação”.

Em nota divulgada neste domingo (19), Paes disse ter conversado com Lupi. E daí? “Entenderam por bem não ser adequado que ele assuma as funções de assessor no gabinete do prefeito.” Beleza. Só faltou explicar por que, horas antes, o prefeito entendera por mal assinar uma nomeação que não cairia bem.

Eduardo Paes talvez devesse aproveitar um pedaço da verba que não vai gastar com Lupi para contratar uma criança de cinco anos. Assim, quando tiver de apor o jamegão noutro ato nomeação, pode mostrar o nome ao assessor mirim e perguntar: E aí, o que acha? No caso de Lupi, qualquer criança saberia que era inadequado.

Josias de Souza

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Política

Ministro Carlos Lupi levou um "tiro" da Comissão de Ética e caiu

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que disse que só saia abatido a bala, se reuniu na tarde deste domingo com a presidente Dilma Rousseff e entregou seu cargo.

O ministro discute nesse momento com assessores a redação de uma nota que será divulgada no blog do ministério do Trabalho.

Na nota, ele atribuirá a saída, entre outros motivos, à divulgação do parecer da Comissão de Ética da presidência da República que pede seu afastamento.

Mais um Ministro que cai por denúncias graves de improbidade, o sexto em 11 meses de mandato da Presidenta Dilma.

E ai Lupi, o tiro da Veja e da Comissão de Ética lhe derrubou seu aloprado?

 

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Política

Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, cai até amanhã

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já recebeu de interlocutores do governo a sinalização de que não há mais condições políticas de sua manutenção no cargo, informa reportagem de Natuza Nery e Catia Seabra, publicada na Folha deste domingo.

A presidente Dilma Rousseff, que retornou ontem de uma viagem à Venezuela, deve chamá-lo para uma conversa definitiva entre hoje e amanhã.

Em conversas com integrantes do Executivo, o próprio titular da pasta aparenta ter perdido as esperanças de permanecer e reconhece que está causando constrangimento à presidente da República. Em nenhum momento, porém, admitiu que pedirá demissão.

Dos que procurou, ouviu a avaliação de que sua situação tornou-se insustentável após aFolha revelar que o ministro do PDT acumulou dois empregos públicos por quase cinco anos, em Estados diferentes, o que é vedado pela Constituição.

Editoria de Arte/Folhapress

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Denúncia

Assessores de Carlos Lupi pediam R$ 1 milhão de reais por registro sindical

Reportagem em VEJA desta semana mostra que sindicalista ligado ao PT alertou o Palácio do Planalto sobre o esquema de extorsão na pasta há nove meses, mas nada foi feito

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em audiência da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal

Nas últimas semanas, o país conheceu a extensa lista de serviços prestados pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi – não aos brasileiros, mas ao seu partido, o PDT. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado acrescenta à relação mais uma traficância em curso na pasta: um esquema de extorsão envolvendo assessores de confiança do ministro que cobram propina para emitir o registro sindical. O governo foi alertado para o caso há nove meses por sindicalistas ligados ao PT, mas nada foi feito a respeito.

Quem relata o caso é o mecânico Irmar Silva Batista, que foi pego na engrenagem quando tentava criar o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo (Sirvesp). Em 2008, o então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros, o apresentou a um assessor, Eudes Carneiro, que lhe pediu 1 milhão de reais para liberar o registro. Irmar se recusou a pagar e o registro não saiu até hoje.

Em fevereiro deste ano, Irmar enviou por e-mail uma carta para a presidente Dilma Rousseff e para o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. No documento, ele narra o caso e pede providências. O Palácio do Planalto acusou o recebimento da carta em 9 de março, mas na semana passada a assessoria de imprensa da Presidência informou que não foi possível fazer nada. Por motivos técnicos: o trecho que narrava a denúncia, estranhamente, teria chegado cortado na mensagem recebida. Ouvidos por VEJA, todos os citados por Irmar Batista negaram o pedido de propina.

Em entrevista à reportagem, Irmar Batista contou em detalhes o pedido de propina. Confira a seguir duas das respostas publicadas por VEJA:

O senhor foi achacado no Ministério do Trabalho? No fim de 2008, fui a Brasília reclamar da demora para registrar o sindicato. Procurei o Medeiros (Luiz Antonio de Medeiros, então secretário de Relação do Trabalho), que me levou a uma sala ao lado e disse: “O que o Eudes acertar, está acertado”. Então ficamos a sós com o Eudes Carneiro (assessor do ministério). Antes da reunião, o Eudes mandou a gente desligar os celulares. Sentamos à mesa e veio a proposta indecente: eles pediram 1 milhão de reais para liberar o registro do sindicato.

O senhor fala em esquema, o que sugere que seu caso não foi o único. Vários sindicatos foram extorquidos, mas o pessoal tem medo de aparecer. Há outros sindicatos que também foram vítimas disso que aceitaram pagar propina.

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Política

Ministro do Trabalho foi funcionário fantasma da Câmara dos Deputados por 6 anos

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, foi funcionário-fantasma da Câmara dos Deputados por quase seis anos. Ele ficou pendurado na folha de pagamento da Casa, com lotação na liderança do PDT, de dezembro de 2000 a junho de 2006, informa reportagem de Andreza Matais e Fernando Melo, publicada na Folha deste sábado.

No período, ele exercia atividades partidárias, como vice e presidente da sigla.

A Folha ouviu assessores, deputados e ex-deputados do PDT. Os funcionários do partido em Brasília, que pediram para não ser identificados, confirmaram que Lupi não aparecia no gabinete da Câmara e se dedicava exclusivamente a tarefas partidárias.

OUTRO LADO

Questionado sobre sua passagem pelo Legislativo, Lupi afirmou apenas que de 1995 a 2000 exerceu, “em alguns períodos, assessorias legislativas na liderança do PDT”, omitindo a maior parte de sua posterior passagem pela liderança do PDT na Câmara dos Deputados entre 2000 e 2006.

Entre 1997 e 1999, Lupi foi assessor da liderança do PDT no Senado Federal. Mas, em 2002, segundo registros da Câmara ele era assessor da Casa e não teria se licenciado para candidatar-se ao Senado, como prevê a legislação.

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Política

Dilma já busca substituto para Lupi

Inicialmente decidida a adiar para janeiro a substituição de Carlos Lupi, Dilma Rousseff já não está tão certa da conveniência de aguardar pela reforma ministerial.

Rendidos ao óbvio, auxiliares da presidente ruminam em privado a avaliação de que a sobrevida de Lupi impõe ao governo um custo político demasiado alto.

Sem alarde, abriu-se um debate sobre as opções de substituto. Foi à mesa o nome do ex-senador Osmar Dias (PDT-PR).

Dilma tem apreço por Dias. Candidato derrotado ao governo do Paraná, ele encabeçou a coligação que deu a ela, em 2010, um palanque no Estado.

O problema é que Dias, engenheiro agrônomo, está mais talhado para a pasta da Agricultura do que para a do Trabalho.

Hoje, Dias é vice-presidente de Agronegócio do Banco do Brasil. Poderia ser promovido a ministro da Agricultura. Porém…

…Porém, a operação exigiria uma engenharia política que não orna com a necessidade de pressa. O Trabalho poderia ser devolvido ao PT, que ambiciona a pasta.

Mas a Agricultura é do PMDB, que teria de ser compensado. O ministro atual, Mendes Ribeiro, está às voltas com complicações de um tratamento de tumor no cérebro.

Ouvido pelo repórter na noite desta terça (15), um dirigente do PMDB disse que o partido não foi, por ora, convidado a analisar a hipótese de trocar de pasta.

“O que ofereceriam ao PMDB?”, pensou alto. “A Educação? O Ministério das Cidades? Não me parece uma operação simples.”

Abre parênteses: Lula sonha em tirar Gabriel Chalita (PMDB) do tabuleiro eleitoral de São Paulo, empurrando-o para o Ministério da Educação, de onde sairá o candidato Fernando Haddad (PT). Fecha parênteses.

A situação de Lupi deteriorou-se no Planalto depois que vieram à luz as imagens (foto e vídeo) que desmontam a versão do ministro sobre uma viagem ao Maranhão.

Lupi repassara à Presidência a mesma versão que esgrimira em nota oficial. Assegurara que não voara em avião providenciado pelo dono de ONGs Adair Meira.

Depois que os fatos o desmentiram, Lupi silenciou. O Planalto cobra dele novas explicações –privadas e públicas.

Nesta quarta (16), Dilma reúne a coordenação do governo para analisar a nova crise ética, a sexta em dez meses.

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Jornalismo

Carlos Lupi liberou 7 sindicatos fantasmas

Nem só de ONGs é feito o descalabro do Ministério do Trabalho. Há também sindicatos-fantasmas.

Carlos Lupi autorizou a criação de sete inusitados sindicatos patronais no Amapá. As entidades têm duas coisas em comum:

1. Representam setores industriais que o próprio governo amapaense declara inexistentes no Estado.

2. Os pedidos de registro foram liberados por Lupi a pedido de um deputado federal do PDT, partido do ministro.

O nome do parlamentar não poderia ser mais adequado: Bala Rocha (PDT-AP).

Na semana passada, Lupi dissera que só deixaria a Esplanada se fosse “abatido a bala”. Dilma Rousseff, segundo ele, não o substituiria nem na reforma ministerial.

Deve-se o novo disparo contra Lupi aos repórteres Andreza Matais e Jose Ernesto Credencio.

A dupla informa que as arapucas sindicais ganharam vida entre os meses de abril e agosto de 2009.

Antes, em fevereiro do mesmo ano, a Federação das Indústrias do Amapá informara ao ministério, por escrito, sobre a fraude.

Em resposta, a pasta de Lupi alegara: “Não cabe ao ministério apurar se os integrantes da entidade possuem indústria no ramo ao qual pretendem representar.”

Os certificados de criação dos sindicatos de fancaria carregam duas assinaturas: a de Lupi e a do então secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros.

Ao lado do jamegão do ministro, uma inscrição: “certifico e dou fé.” Certificou sindicatos que, por inexistentes, não mereciam a minima fé.

Um deles diz representar, por exemplo, indústrias de Construção Naval. O Amapá não fabrica um mísero navio.

Os outros alegam defender os interesses dos setores de: Papel e Celulose, Material Plástico, Bebidas não Alcoólicas, Joalheria e Ourivesaria, Mármores e Pesca.

Pela lei, os presidentes de sindicatos patronais precisam ser donos de indústrias. Os pseudo-empresários do Amapá são, em sua maioria, motoristas.

Servem a uma cooperativa de automóveis controlada por político do PTB, aliado no Amapá ao PDT do deputado Bala e do ministro Lupi.

Esconde-se sob a tramóia a disputa por uma arca de mais de R$ 10 milhões. Verbas do ‘Sistema S’, geridas pela Federação das Indústrias do Amapá.

Cabe aos sindicatos patronais eleger os dirigentes da federação, hoje sob jugo do PR. Graças à autorização de Lupi, os sem-indústria do PDT ganharam direito a voto.

O ministério diz que procedeu conforme a lei. O deputado Bala confirma que patrocinou os pedidos.

Instado a comentar o fato de os sindicatos representarem indústrias inexistentes, Bala disparou: “A organização sindical é livre.”

A bandalheira sindical, como se vê, também é livre. Lupi certifica e dá fé. Dilma, por ora, finge-se de morta. Até quando?

Josias de Souza

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Jornalismo

Ministro LUPI é pego literalmente na Mentira

Daniel Pereira/Veja
O então secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento desce de avião avião King Air, de prefixo PT-ONJ, no Maranhão, seguido pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (no destaque)O então secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento desce de avião avião King Air, de prefixo PT-ONJ, no Maranhão, seguido pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi (no destaque)

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, mentiu na semana passada ao dizer que não conhece o gaúcho Adair Meira, dono de três ONGs que têm contratos milionários com a pasta. Adair providenciou um avião King Air, de prefixo PT-ONJ, para que Lupi cumprisse uma agenda oficial em sete municípios do Maranhão, em dezembro de 2009.

No sábado, numa tentativa de reagir ao fato revelado por VEJA, Lupi não só ratificou a mentira como decidiu ampliá-la, num comunicado divulgado a toda a população. No texto, Lupi afirma que viajou pelo estado a bordo apenas de aviões Sêneca, providenciados por dirigentes do PDT.

Chegou a divulgar fotos dessas aeronaves em aeroportos do interior rodeadas de populares. As fotos não provam que Lupi desembarcou ou embarcou sempre em Sêneca. Nem poderiam. Fotos divulgadas hoje pelo portal www.grajaudefato.com.br mostram o ministro desembarcando no município de Grajaú justamente no King Air providenciado por Adair Meira.

E não apenas Lupi, como também o ex-secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento. Ezequiel foi quem contou a VEJA que coube a Meira, dono das ONGs que fraudaram o governo, a pagar otour maranhense de Lupi. Abaixo, as fotos que derrubam a farsa do ministro.

Reprodução

Página do site Grajaú de Fato, com imagens de caciques do PDT descendo de avião particular em viagem oficial do ministro do Trabalho Carlos LupiPágina do site Grajaú de Fato, com imagens de caciques do PDT descendo de avião King Air em viagem oficial do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Na primeira imagem, aparece o então secretário de Políticas Públicas de emprego do Ministério Ezequiel Nascimento. Na segunda, o ministro Lupi. Na terceira, o ex-governador do estado Jackson Lago, já falecido.

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Jornalismo

Carlos Lupi: "só saio abatido a bala"

Em tempos desvairados, nem a semântica se salva. Funcionário de primeiro escalão costumava ser nomeado em português e demitido em latim.

Ministros de Estado eram demissíveis ad nutum. Quer dizer: para destroná-los, bastava a vontade discricionária do inquilino do Planalto.

Pois bem. Se quiser se livrar de Carlos Lupi (Trabalho), Dilma Rousseff vai precisar de algo mais possante do que o desejo e a caneta: um revólver. Talvez um canhão.

“Duvido que a Dilma me tire, ela me conhece muito bem”, disse Lupi. “Para me tirar, só abatido a bala. E precisa ser bala forte porque eu sou pesadão.”

Em timbre peremptório, o mandachuva do PDT acrescentou: “Não sairei do ministério […]. Não vou sossegar enquanto este assunto estiver completamente esclarecido.”

Lupi reuniu-se nesta terça (8) com os deputados e senadores de sua legenda. Deopois, o PDT brindou-o com uma nota de apoio. Haja munição!

Josias de Souza

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Jornalismo

TCU informa: Sob Carlos Lupi do PDT, pasta do Trabalho vive situação crítica

Em acórdão enviado ao Palácio do Planalto há duas semanas, o TCU informou que a gestão de Carlos Lupi conduziu o Ministério do Trabalho a uma “situação crítica”.

O documento do TCU traz no cabeçalho o número 2.773/2011. Redigiu-o o ministro-substituto Weder de Oliveira. Foi aprovado pelo plenário do tribunal em 19 de outubro.

O texto expõe um quadro de descalabro administrativo na gestão de convênios firmados pelo ministério com ONGs, sindicatos, prefeituras e Estados. Anota:

A despeito de “reiteradas auditorias” em que o TCU detectou “irregularidades na aplicação” de verbas públicas, a pasta do Trabalho não se dignou nem mesmo a analisar as pestações de contas dos convênios que celebrou.

O TCU recorda em sem acórdão que a lei obriga os órgãos públicos a analisar a escrituração dos convênios no prazo máximo de 90 dias.

Por quê? Para corrigir falhas, identificar parceiros ineptos ou mal intencionados e, no limite, cobrar a devolução de verbas malversadas.

Pois bem. Na pasta submetida ao comando de Carlos Lupi, o mandachuva do PDT, a legislação é solenemente ignorada.

Há nos armários do Ministério do Trabalho convênios que aguardam por uma análise há arrastados quatro anos.

Pelas contas do TCU, os acordos cujas prestações de contas o ministério de Lupi se absteve de perscrutar somavam 543 processos em 2010.

O tribunal cobrou providências. Em resposta, a pasta do Trabalho apresentou um plano de “ação” que, por risível, os ministros do TCU consideraram temerário.

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Política

Ministro do Trabalho afasta o primeiro auxiliar, quem será o próximo?

Sob Dilma Rousseff, a Esplanada dos Ministérios converteu-se numa espécie de Roma de múltiplos Neros. A dúvida é:

Os Neros de Brasília tocam a lira enquanto suas pastas ardem (erro do artista) ou os ministérios ardem enquanto os Neros tocam (pecado de uma Roma incorrigível).

Neste sábado (5), foi à berlinda o Ministério do Trabalho, pasta gerida por Carlos Lupi, o imperador do PDT.

Os repórteres Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques noticiam: caciques da tribo dos pedetês converteram a pasta em usina de extorsão de ONGs.

Primeiro, o ministério assina convênios com as entidades para ministrar cursos de capacitação profissional.

Depois, as ONGs são submetidas a ficalizações que apontam irregularidades na execução dos convênios.

Num terceiro momento, os mesmos assessores de Lupi que criam dificuldades para as ONGs, se oferecem para resolver as “pendências.”

Mediante pagamento de propinas que variam de 5% a 10% do valor de cada convênio, a entidade é liberada para continuar recebendo verbas públicas.

A notícia cita o caso de uma ONG, o Instituto Êpa, do Rio Grande do Norte. Foi contratada para dar cursos a trabalhadores no Vale do Açu.

Depois de receber a segunda parcela do convênio, em dezembro de 2010, o instituto potiguar caiu na malha do esquema ministerial do PDT.

Alvejada por três fiscalizações, o Êpa teve bloqueados os repasses seguintes do convênio.

Ao tentar resolver as pendências, diretores do instituto foram informados que a regularização seria célere se azeitada por propinas.

Deveriam procurar Weverton Rocha. Era, na época, assessor especial do imperador Lupi. Hoje, dá expediente como deputado federal, na Câmara.

O Êpa foi informado de que, além de Weverton, poderia contactar também Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação do ministério.

De acordo com a notícia, veiculada nas páginas de ‘Veja’, Weverton cuidava da fixação dos valores da propinas. A Anderson cabia dar efetividade aos contatos.

Ambos se reportavam ao chefe de gabinete de Lupi, Marcelo Panella, que também estaria envolvido na engrenagem de extorsão.

A reportage anota que o Planalto não está alheio à fuzarca que se processa sob o som da lira do Trabalho.

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Jornalismo

Extorsões, propinas e convênios com ONGs abre crise no Ministério do Trabalho

Assessores do ministro Carlos Lupi, todos eles ligados ao PDT, são acusados de cobrar propina para liberar pagamentos a ONGs suspeitas de irregularidades. Leiam o que informam Paulo Celso Pereira, Gustavo Ribeiro e Hugo Marques, na VEJA desta semana:

Há pouco mais de um mês, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, deixou seu gabinete no 8° piso do edifício-sede da pasta, na Esplanada dos Ministérios, desceu três andares e se reuniu com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que despacha no mesmo prédio. Garibaldi agendou o encontro a pedido de um dirigente do Instituto Êpa, uma organização não governamental sediada no Rio Grande do Norte, seu estado de origem. A ONG recorrera a Garibaldi numa tentativa de fazer com que o Ministério do Trabalho voltasse a repassar verbas para um programa de qualificação profissional firmado com a entidade. Em vão. Na reunião entre os ministros, representantes do Trabalho elencaram uma série de irregularidades na prestação de contas do instituto e disseram que, em razão disso, as transferências não poderiam ser retomadas. Garibaldi e os dirigentes da ONG foram embora sem ver o problema resolvido. Atitude correta, republicana? Só na aparência.

Antes de procurarem Garibaldi Alves, os representantes da ONG tentaram resolver as pendências no lugar apropriado: as instâncias administrativas do Ministério do Trabalho. Esbarraram, porém, em um esquema de extorsão montado por dirigentes da pasta filiados ao PDT, partido do qual Carlos Lupi é presidente licenciado. O esquema funciona assim: o ministério contrata as ONGs para dar cursos de capacitação profissional. A exemplo do que ocorreu nas pastas do Turismo e, mais recentemente, do Esporte, muitos dos convênios servem apenas como fachada para desviar o dinheiro. Na hora de prestar contas, essas ONGs apresentam comprovantes de despesas inexistentes e listam alunos que nunca freqüentaram aula alguma. No caso do Turismo e do Esporte, a fiscalização corria frouxa para permitir que os recursos chegassem rapidamente ao caixa dos partidos. No Trabalho, desde o fim do ano passado, partiu-se para o achaque direto. O ministério suspendeu repasses de dinheiro ao mesmo tempo em que os dirigentes avisaram às ONGs que era preciso “normalizar as pendências” existentes – procedimento correto em caso de contratos micados. O problema é que, para “normalizar as pendências”, apareciam os mesmos assessores de Lupi responsáveis por “criar as pendências”.

Em dezembro de 2010, o Instituto Êpa recebeu a segunda parcela de um convênio para qualificação de trabalhadores em construção civil no Vale do Açu (RN). O ministério determinou três fiscalizações na organização, levantando indícios de irregularidades. Imediatamente, ordenou que não fosse feito mais nenhum repasse. Sem dinheiro para manter os alunos em sala de aula, os dirigentes da ONG procuraram o ministério para tentar resolver o problema. Lá, foram avisados de que as irregularidades poderiam ser encaminhadas à Controladoria-Geral da União, órgão que tem o poder de declarar a inidoneidade de parceiros do poder público e, assim, impedi-los de receber recursos. Os diretores do Instituto Êpa receberam também um recado: a situação poderia ser resolvida rapidamente. Como? Pagando propina, conforme uma planilha de extorsão do PDT, que varia de 5% a 15% do valor do contrato. A quem? O contato deveria ser feito com Weverton Rocha, então assessor especial do ministro, ou Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de qualificação. Os dois respondiam ao então chefe de gabinete do ministro, Marcelo Panella, homem de confiança do ministro Lupi e também tesoureiro nacional do PDT. Foi para escapar do achaque que a ONG pediu a ajuda de Garibaldi Alves.

Nas últimas semanas, VEJA conversou com diretores de ONGs, parlamentares e servidores públicos sobre como os caciques do PDT comandados por Carlos Lupi transformaram os órgãos de controle interno do Trabalho em um instrumento de extorsão.

Reinaldo Azevedo

Opinião dos leitores

  1. Uma vergonha essas ONG's que pegam verba do Governo e fazem mau uso dela! Algumas contratam profissionais  para prestar serviços e não repassaram dinheiro para eles, alegando que não há dinheiro, que o governo não libera a verba, mas as mesmas se quer prestam contas do valor gasto anteriormente, sendo que o 100% do dinheiro já havia sido liberado pelo Governo  para esses programas como consta no Portal da Transparência!

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