Diversos

Filho do fundador das Casas Bahia é acusado de estupro e aliciamento por 14 mulheres

FOTO: DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE ARARAQUARA

O filho do fundador das Casas Bahia Saul Klein, 66, entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com 14 mulheres que acusam o empresário de aliciá-las e estuprá-las em festas que reuniam dezenas de garotas em sua casa, em Alphaville, desde 2008.

As duas medidas são precauções solicitadas pelo Ministério Público de SP para o andamento da investigação das denúncias, que estão mantidas em segredo de Justiça em um inquérito policial aberto na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri. Em julho, a polícia arquivou outro inquérito com alegações semelhantes e que apurava a suposta exploração sexual de uma menor de idade por Klein.

A defesa do empresário diz que o seu cliente é um sugar daddy, termo que descreve homens que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo, mas alega que ele jamais cometeu os crimes apontados pelas alegadas vítimas.

“O sr. Saul Klein vem sendo vítima de um grupo organizado que se uniu com o único objetivo de enriquecer ilicitamente às custas dele, através da realização de ameaças e da apresentação de acusações falsas em âmbito judicial, policial e midiático”, afirma o advogado André Boiani e Azevedo, que representa Klein.

“Várias dessas pessoas já conseguiram se aproveitar dele em outras oportunidades, causando-lhe prejuízo milionário, e estavam acostumadas a essa situação. Quando perceberam que esse tempo acabou, passaram a difamá-lo publicamente”, segue Azevedo.

“Ele [Saul] sente profunda indignação diante desse quadro, mas se defenderá com toda a tranquilidade, pois tem absoluta confiança na polícia, no Ministério Público e no Poder Judiciário, que já atestaram sua inocência em investigação anterior e certamente o inocentarão mais uma vez.”

O advogado afirma que o seu cliente contratava uma agência que lhe trazia sugar babies (como são chamadas as garotas que se dispõem a serem bancadas pelos daddies) e que ele mantém diversos relacionamentos simultaneamente.

“Ele era o ‘daddy’ de todos os ‘daddies’, do qual todas as ‘babies’ gostariam de ser ‘babies’”, afirma Azevedo.

Azevedo aponta que os ataques têm por objetivo chantageá-lo e achacá-lo desde 2019, quando Klein parou de adquirir o serviço da empresa que lhe apresentava as mulheres, por desconfiar que os seus proprietários estavam tentando extorqui-lo.

Saul Klein é filho de Samuel Klein (1923-2014), fundador das Casas Bahia. Ele atualmente disputa a herança do pai na Justiça com o seu irmão mais velho Michel Klein, para quem Saul vendeu a sua parte societária na rede varejista em 2010 pelo valor estimado de R$ 1,5 bilhão.

O empresário também é um dos atuais donos do time de futebol Ferroviária, de Araraquara, no interior de SP, e foi candidato (não eleito) a vice-prefeito de São Caetano do Sul neste ano, cidade cujo time de futebol também teve ele como investidor por anos.

Os relatos das 14 vítimas foram feitos à Ouvidoria da Mulher do Conselho Nacional do Ministério Público, que encaminhou o conteúdo ao Ministério Público de SP (MPSP). A promotoria paulista solicitou à Justiça medidas restritivas para que o empresário não deixe o país nem contate as mulheres que o acusam. O pedido foi acatado pela 2ª Vara Criminal da comarca de Barueri.

A decisão judicial elenca informações apresentadas pelo MPSP baseadas nos testemunhos das supostas vítimas A. P. F. S., F. D. S. M., M. C. D. C., N. E., T. M. C., I. P.. D. F., B. R. B. D. O., A. L. M. P., J. F. S., P. Z., S. G. D. S., M. D. S M. e L. R. G.

“Segundo constou do requerimento, todas as mulheres acima foram vítimas de aliciamento sexual”, aponta o despacho da Justiça citando informações elencadas pela promotoria. “Eram procuradas por aliciadores em redes sociais e outros canais, informadas falsamente de que havia interesse na contratação delas por parte de uma empresa e conduzidas a uma apresentação, a título de teste, para o requerido Saul.”

“Os testes eram feitos em um flat e elas tinham que usar biquínis ou roupa íntima. Elas eram convencidas de que, se satisfizessem a lascívia do requerido Saul, poderiam ser contratadas para eventos na ‘mansão’ de Alphaville, quando então receberiam de mil a três mil reais, ou numa casa de campo dele em Boituva”, segue a narrativa.

“Nesses eventos, que podiam contar com 15 a 30 moças, elas tinham que exibir o tempo todo de biquíni e submeter-se a atividades sexuais com o requerido Saul, inclusive de modo humilhante e a contragosto. Também podiam ter que ingerir droga, permanecer trancadas em um quarto por um dia inteiro e aceitar se submeter a consultas com médicos ginecologista e cirurgião plástico, respectivamente, para cuidar das persistentes e reiteradas doenças sexualmente transmissíveis que as acometia e de outras enfermidades que apresentaram, bem como receber aplicações de botox ou outros tratamentos destinados a prepará-las para as sessões com o requerido Saul.”

“Salientou o Ministério Público que o fato de que as propriedades sempre eram vigiadas por seguranças armados e que as mulheres eram submetidas a atos de brutalidade e de humilhação, exemplificando com cusparadas. Telefones celulares normalmente eram confiscados quando da chegada delas ao local”, cita o despacho. “Em razão da constante exploração, da dependência econômica, do subjugo físico e da intimidação moral, muitas mulheres adoeceram e uma delas chegou a se suicidar.”

“Foi realçado, ainda, o fato de que eram providenciados documentos falsos às mulheres, com nomes e demais dados alterados, o que era especialmente importante para as adolescentes”, emenda o documento sobre acusações sobre a possível relação de Saul com menores de idade.

“[Elas também disseram que] eram ameaçadas a não tratar do que ocorria nesses locais com quem quer que fosse, sob pena de sofrerem consequências”, continua .

A Folha conversou por telefone com duas das alegadas vítimas que acusam o empresário. Uma conheceu Saul em 2008 e conviveu com ele até este ano. A outra começou em 2013. Nenhuma delas quis se identificar, alegando que não querem ser expostas e que têm medo de represálias do empresário. Elas corroboram os relatos elencados na decisão judicial. Uma terceira suposta vítima desistiu de falar com a reportagem.

Azevedo aponta que a relação criada entre Klein e as mulheres nem sempre acarretava em atos sexuais, mas que quando isso ocorria era um algo consensual. Ele afirma que o empresário dava presentes a elas, mas que ele nunca fez pagamentos às suas amantes e não participava desta negociação —quem tratava disso era a agência, que também se responsabilizava por verificar as idades de todas as garotas para que fossem maiores de idade.

“As participantes estavam ali de livre e espontânea vontade —e, saliente-se, todas queriam voltar aos eventos, em demonstração de que estavam de acordo com o que ali acontecia”, diz ele.

A advogada Gabriela Souza, que representa as vítimas, afirma que só se manifestará em janeiro. A investigação segue em segredo de Justiça.

Mônica Bergamo – Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Tanto que o velho trabalhou, para o filho jogar fora na prostituição.
    Se havia alguma de menor, é caso de prisão, não de indenização.

  2. Virou Já moda, ninguém pode mais levar amigas pra uma festa que depois já cria coisas da mente delas pra extorquir,tiram fotos do Instagram, Facebook e grupos do whatsapp, tom am whisky 12 anos, cerveja ? Stella artois, Budweiser depois inventa fatos virou moda já no Brasil!

  3. Assim é muito fácil!!!! Curte na mansão do rico com todo o luxo, postando fotos nas redes sociais, depois quer extorquir o cara.

  4. Essas mulheres de hoje são todas uma bombas relógios,logo se percebe que essas relações sexuais eram absolutamente consensuais entre o senhor klein e entre essas decentes e recatadas mulheres,pelo que se sabe elas frequentavam essas festas íntimas de livre e espontânea vontade,e que foram pagas para realizarem os fetiches sexuais do distinto cidadão e agora veem com essas invencionisses de que sofreram assédios sexuais e que foram estupradas,isso é um completo absurdo.

    1. Estou com pena desse distinto e inocente homem do bem,pelo poder que ele possui pode comprar e fazer que quiser com o seu patrimônio,inclusive realizar extravagâncias eróticas e sexuais,agora essas mulheres ingênuas e santas e que sabiam exatamente o que estavam fazendo naqueles ambientes,agora se reuniram para destruir a dignidade do rico homem pelo qual eram todas bem remuneradas para prestarem serviços de apresentações eróticas e sexuais,agora ele será escolhido para ser bombardeado pelas pessoas fracassadas e pelos canais de telecomunicações.

  5. Uma delas ficou desde 2008 nesse "sofrimento"?! Ela estava amarrada em algum lugar, só pode.

  6. Achaque, vivaldinas tentando explorar o empresário. Pelo que li no artigo, ele não obrigou ninguém a nada. Tudo consensual. Agências de garotas existem por todo canto. E ele só está usufruindo de sua condição financeira. Segue o jogo.

  7. As putas mudam o nome de sua ativida pra sugar baby e depois querem extorquir os babacas que caem nessa.
    Kkkkk

  8. Virou profissão curtir com rico e se colocar como vitima. Essas mulheres deveriam pensar antes da balada e das fotos na lancha.

  9. Se não se deve, ou não se pode divulgar os nomes das vítimas, precisa colocar isso: A. P. F. S., F. D. S. M., M. C. D. C., N. E., T. M. C., I. P.. D. F., B. R. B. D. O., A. L. M. P., J. F. S., P. Z., S. G. D. S., M. D. S M. e L. R. G?!!!
    Faria alguma diferença simplesmente não divulgar os nomes ou letras?!!!!

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Casas Bahia é condenada a indenizar funcionário por apelido

A Casas Bahia foi condenada a indenizar um funcionário por danos morais. A multa de R$ 450 mil inclui, além da punição por ofensas, valores de horas extras e incentivos de vendas que não haviam sido pagos.

A vítima, que não teve o nome revelado, possui uma patologia lombar que causa um desvio na coluna, deixando a costela saliente. Por isso, era chamado de “costela” ou “costelinha” com frequência pelos colegas de trabalho, incluindo o gerente do estabelecimento, localizado em São Paulo.

Na avaliação da 15ª Turma do TRT da 2ª Região, “o tratamento dispensado ao reclamante era desrespeitoso, sobretudo devido à sua condição física, sendo de conhecimento da Casas Bahia, na pessoa de seu gerente, que também o tratava pelo termo acima referido”.

Além disso, há acusações de que o funcionário era obrigado a carregar itens pesados e fazer esforço físico, apesar de ter comunicado à empresa sobre sua condição física e o impedimento para realizar tais atividades.

A Via Varejo, administradora da Casas Bahia, informou que, com base nas diretrizes e valores de seu Código de Conduta Ética, realiza treinamentos e materiais de apoio, entre outras ações, que visam estabelecer a ética e a transparência nas relações de trabalho. A empresa reafirma o “respeito à dignidade e ao valor de cada pessoa”. A companhia preferiu não comentar o caso.

Opinião dos leitores

  1. Ora, a justiça do trabalho, por si só, há é uma excrescência. Portanto nada de bom podemos esperar. Pobre povo brasileiro!!

  2. A Justiça do Trabalho, um maiores males existentes no nosso Brasil, continua sua incansável luta para ACABAR COM O NOSSO PAÍS, para afundar cada vez mais economia, para aumentar ainda mais o desemprego e para condenar quem consegue produzir e gerar emprego e renda neste Brasil cansado de guerra.
    ENQUANTO OS MARAJAS DA JUSTIÇA DO TRABALHO não QUEBRAREM O PAÍS, ELES NÃO SOSSEGARÃO.
    Não canso de me impressionar com a estatística que prova a imprestabilidade da Justiça do Trabalho: em 216, a Justiça do Trabalho custou aos brasileiros, somente para mantê-la, mais de 18 BILHÕES DE REAIS. Toda esta fortuna para pagar aos reclamantes pouco mais de 8 BILHÕES.
    Isso PODE, ARNALDO CESAR COELHO?,

  3. BG.
    Aqui no RN o sujeito bota uma música Imoral, mais a juíza não acha nada demais, imagine ela chegando na farmácia com seu marido e filhos e ouvir essa beleza de música, agora se fosse o empresário ai estaria ferrado podia vender até suas cuecas para pagar por danos morais,etc e tal. É por essas e outras que se ver o protecionismo DELIBERADO da justiça do trabalho. São dois pesos e duas medidas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Com queda no faturamento, Casas Bahia e Pontofrio fecham 31 lojas

A Via Varejo, empresa de eletroeletrônicos do Grupo Pão de Açúcar (GPA), encerrou o terceiro trimestre de 2015 com queda de 24,6% nas vendas ante igual período do ano anterior. O indicador considera apenas unidades abertas há mais de um ano. Já levando em conta a totalidade das lojas, a receita líquida da companhia dona do Pontofrio e das Casas Bahia caiu 22,7% entre julho e setembro ante os mesmos meses do ano anterior, para 4,095 bilhões de reais.

Diante do cenário de vendas fracas, a companhia informou que seguiu com seu plano de reestruturação e decidiu fechar 31 pontos de venda deficitários no período.

Foram fechadas 28 lojas do Pontofrio e 3 das Casas Bahia, segundo a empresa. O processo de fechamento de lojas já havia começado antes e, até julho, a Via Varejo já havia informado o fechamento de 19 lojas. Além disso, a empresa tem adotado um plano de redução de despesas, incluindo cortes em marketing, aluguéis, logística e pessoal.

A Via Varejo informou ainda que decidiu converter lojas da bandeira Pontofrio em lojas Casas Bahia. Foram 36 lojas convertidas até o momento. “A Via Varejo deve acelerar o plano de conversões visando um maior crescimento de vendas e rentabilidade”, diz o GPA.

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

Bandidos rendem funcionários e assaltam a Casas Bahia de Cidade Jardim

Um assalto foi registrado no início da manhã desta sexta-feira (16), na Casas Bahia de Cidade Jardim, no momento em que o estabelecimento abria as suas portas. De acordo com a Polícia, três bandidos invadiram o local e renderam funcionários e gerentes e realizaram um arrastão, levando produtos eletrônicos.

Segundo a Polícia, um detalhe da ação criminosa é que os bandidos usavam trajes como se fossem funcionários da loja. Após o arrastão, o trio se encontrou com um quarto integrante, que dava apoio em um veículo. O bando fugiu com destino ignorado.

Opinião dos leitores

  1. "Tem muito intelectualzinho de esquerda que ganha a vida defendendo vagabundo, o pior é que esses caras fazem a cabeça de muita gente."
    Cap. Nascimento

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Economia

Casas Bahia inicia processo seletivo de funcionários para loja que abrirá no Midway

A informação está no Blog da jornalista Renata Moura:

A Casas Bahia vai contratar 47 colaboradores para a loja que deverá abrir em setembro, no MIdway Mall. Hoje, a rede varejista divulgou que está iniciando o processo seletivo. As vagas disponíveis são para os cargos de vendedor, operador de caixa, auxiliar de estoque, analista de crédito e cobrança e analista de crédito e cobrança trainee, auxiliares de escritório e de limpeza.

Os candidatos deverão ter, no mínimo, 18 anos de idade, experiência de 06 meses na função desejada e 2º grau completo (para as vagas de vendedor, analista de crédito e cobrança e trainee, auxiliar de escritório e operador de caixa). Para os cargos de auxiliar de de limpeza e de estoque, os candidatos devem ter 1º grau completo. Os interessados poderão cadastrar seus currículos pelo site da empresa – www.casasbahia.com.br – no link “Envie seu Currículo”, até o dia 20 de julho, ou procurar o SINE de Natal.

Também há vagas para lojas que serão abertas em Recife, nos bairros de Água Fria e Afogados. Os interessados devem se cadastrar no site ou no Sine de Boa Vista (Recife). As entrevistas com os selecionados serão realizadas, ainda este mês, nas próprias cidades. Segundo a Casas Bahia, há mais de 100 vagas abertas, se consideradas as oportunidades em Recife.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *