Política

‘Precisa ser mais homem que eu para me derrubar’, diz Ciro Gomes

Foto: Gabriel Cabral – Folha Press

O pré-candidato do PDT à sucessão presidencial, Ciro Gomes, criticou nesta quinta-feira (26) o hábito de se pedir o impeachment de um presidente quando não se concorda com a sua política de governo.

Em discurso a uma plateia de vereadores, ele disse que, caso seja eleito, não será fácil retirá-lo do comando do Palácio do Planalto, já que não é como a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impedimento em 2016.

“Não vai ser fácil não [me derrubar], porque eu não sou a Dilma Rousseff, eu sou do ramo. Você acha que um marginal como [o ex-presidente da Câmara dos Deputados] Eduardo Cunha me derrubaria? É preciso ser muito mais homem que eu para me derrubar”, disse.

Segundo ele, a tentativa de se retirar mandatários do Poder Executivo já está “escrita na história do país” e é necessário um presidente com força política, apoio popular e que retome a confiança da sociedade na democracia.

“Se não tivermos apoio aqui embaixo, eles vão derrubar o terceiro, o quarto e o quinto [presidentes]. Isso está escrito neste país enquanto não virarmos o jogo”, afirmou.

Ele lembrou que, desde a queda de Fernando Collor, são protocolados pedidos de impeachment contra presidentes em exercício e que foi contra, por exemplo, quando Luiz Inácio Lula da Silva apresentou solicitação para a saída de Fernando Henrique Cardoso.

“O impeachment derrubou uma presidente honrada, embora estivesse fazendo um governo que eu achava muito ruim, mas respeito quem pensa diferente”, disse.

Ciro participou de evento da XVI Marcha dos Vereadores, em Brasília. No discurso, sem citar nomes, disse que integrantes do Poder Judiciário que dão muitas entrevistas deixaram de fazer justiça para fazer política.

Para ele, o ativismo judiciário ocorre quando os Poderes Executivo e Judiciário entram em colapso e deixam um espaço público. “O poder não aceita o vácuo. Se ele não é exercido por alguém, outro o exerce”, disse.

Ele criticou o discurso de desmoralização do Poder Legislativo e disse que, na época que era deputado federal, apenas um terço do Câmara dos Deputados era formado por “batedores de carteira, estupradores, assaltantes e gente da pior categoria”.

“O outro terço é de gente muito séria e muito competente. E o outro terço é de sobreviventes, pessoas que jogam o jogo do Poder Executivo”, disse.

PROPOSTAS

O pré-candidato afirmou ainda que, no início de maio, irá disponibilizar na internet um esboço de seu programa de governo para que seja analisado e criticado pela sociedade. Segundo ele, após ser readaptada, a plataforma oficial será lançada em junho.

No evento, ele defendeu propostas como a manutenção do Ministério da Segurança Pública e a federalização da investigação dos crimes de narcotráfico, facção criminosa, contra a administração pública e lavagem de dinheiro.

Para isso, ele disse que o efetivo da Polícia Federal será ampliado, mas não detalhou com que recursos. Ele afirmou que ainda não tomou uma decisão sobre se acabaria com o Ministério da Justiça ou o fundiria a Segurança Pública.

“Ele [Segurança Pública} não precisa rivalizar, da forma oportunista como foi feito, com a Justiça. É preciso trazer o tema à centralidade da política pública nacional”, disse.

O pedetista disse ainda que pretende, nos primeiros seis meses de mandato, realizar uma reforma conjunta fiscal e previdenciária. E que, caso ela não prospere junto ao Congresso Nacional, irá propor um plebiscito ou um referendo.

No discurso, criticou a proposta previdenciária apresentada pelo presidente Michel Temer e disse que pretende implementar um modelo de capitalização, ou seja, com a aplicação dos recursos em fundos de pensão públicos para que gerem lucro.

Folha de São Paulo

 

Opinião dos leitores

  1. Foi muito feliz no comentário. As reportagens que tentam distorcer o fato. Parabéns Ciro, tem se mostrado o melhor candidato.

  2. João, quem disso usa, disso cuida. Você parece ser um dos "acuso você do que eu sou"…vai crescer rapaz!

  3. Nao entendi o que ele quis dizer quando falou que era do "ramo"… mais esperto do que eduardo cunha??? Por isso que sabe como funciona a safadeza? Esse é o pior dos candidatos de esquerda.. parece ser fascista.

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Política

Tucano Tasso Jereissati (CE) e ex-ministro Nelson Jobim (PMDB) são os “melhores nomes” em eleição indireta, diz Ciro Gomes

Postulante a presidente da República em 2018, Ciro Gomes (PDT) divulgou nota no sábado, dia 27, declarando apoio ao senador tucano Tasso Jereissati (CE) e ao ex-ministro Nelson Jobim (PMDB), em uma eventual eleição indireta, no caso de afastamento de Michel Temer da Presidência. No texto, Ciro afirma que são “os melhores nomes possíveis”.

De acordo com o pedetista, Tasso levaria vantagem na eventual disputa, por ter “experiência de seus governos e pela respeitabilidade merecida”. O tucano foi o antecessor de Ciro no governo do Ceará. E Jobim foi ministro do governo Lula, assim como o presidenciável do PDT.

Ainda na nota, contudo, Ciro defende que o Congresso vote uma emenda à Constituição, convocando eleições diretas – seu partido, o PDT, já anunciou que não participará de eleições indiretas. Mas o ex-governador admite, no entanto, que essa hipótese é pouco provável. “O que restará é a torcida para que o Congresso escolha alguém minimamente capaz de administrar a delicada transição”, disse.

Época Negócios

Opinião dos leitores

  1. O melhor candidato é aquele que o povo aprovar nas urnas e não o que os gatunos do Congresso querem parar satisfazer as suas conveniências!

    1. Segundo vc, "cumpanhero", o Congresso é composto por "gatunos" prá eleger de forma indireta um eventual sucessor do Temer, conforme determina a Constituição, mas é honesto prá modificar essa mesma Constituição, condição necessária prá que haja eleição direta. Deixa ver se eu entendo sua "interessante" lógica…

    1. Concordo, na minha opinião o Brasil precisa no momento de alguém que não esteja envolvido em nenhuma falcatrua e que entenda muito de economia. O que nos resta #Ciro2018

    2. "alguém que não esteja envolvido em nenhuma falcatrua" ?

      Até ser candidato e a impressa varrer a vida dele.

      Difícil um brasileiro livre de falcatrua, quem dirá um politico.

    3. Rapaz, esse sujeito é um desequilibrado mental. Pesam dúvidas sobre essa tal "honestidade", por intermédio de seus irmãos. Cuidado, petistas. Vocês podem estar, mais uma vez, contribuindo prá destruição do nosso Brasil. Criem juízo.

  2. Se Ciro Gomes afirmou isso, é bom termos muito cuidado com esses nomes. Abra o olho Brasil, nada que Ciro indique tem confiabilidade.
    Tasso Jereissati é um nome limpo até hoje, merece ser visto com bons olhos, mas foi ele quem lançou politicamente Ciro.
    Quanto a Nelson Jobim, esse sim, tem que ser visto com toda restrição possível. É o nome de Lula para presidência no caso de uma eleição indireta, sendo assim, deve ter razões que a própria razão condenaria para ser apoiado por Lula.

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Política

‘Não tenho vontade de ser candidato se o Lula for’, diz Ciro Gomes

Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

Ex-ministro de Lula, Ciro Gomes (PDT-CE) torce para que o petista não concorra à Presidência. Pelo país (“seria um desserviço”) e por ele, que se vende como o nome progressista para 2018. “Não tenho a menor vontade de ser candidato se o Lula for”, diz.

Ele já tentou chegar ao Planalto em 1998 (11% dos votos) e 2002 (12%). Diz o anedotário político que, na última tentativa, morreu pela boca, ao chamar um eleitor de “burro” e dizer que Patricia Pillar, então sua esposa, tinha o crucial papel de “dormir comigo”.

A língua continua afiada. Em uma hora de conversa, critica o “farsante” João Doria, o “exibicionista” Sergio Moro e o “golpista” Michel Temer.

*

Folha – Em outubro, o sr. disse que Lula brincou de Deus e se queimou. Ele seria seu maior rival?
Ciro Gomes – Temos longa história de parcerias e diferenças. Votei nele em 1989 [no segundo turno], 2002 e 2006. Na Dilma em 2010 e 2014. Entretanto, acho que nesse momento a candidatura do Lula desserve a ele e ao país. Na melhor das hipóteses, ganha e projeta essa confrontação odienta que está rachando o país. Mas a probabilidade de polarizar e perder é muito alta.

É hora do PT apoiá-lo?
A natureza do PT, e é legítimo isso, é ter candidato próprio. Talvez o ideal fosse apresentar uma nova liderança.

Em 2008, a Folha o questionou se aceitaria ser vice de Lula. O sr. respondeu: “Admito ser qualquer coisa. Não fui ministro com a maior honra?”
Serei bastante categórico: não serei vice de ninguém.

Em vídeo, o sr. aparece dizendo que ele é “um merda” que não é “inocente de nada”.
As pessoas editam. Falaram: “Você é um aliado do Lula, o Lula é um merda”. Eu disse: “O Lula é um merda, mas tem direito a presunção de inocência”. É totalmente o oposto do que pareceu [no vídeo, um manifestante questiona: “Onde é que na história está escrito que o Lula é inocente, doutor?” Ciro: “Inocente nada, o Lula é um merda”].

Marina Silva é a única, em Datafolha de dezembro, que venceria Lula no segundo turno.
Veja, Marina é uma boa pessoa. Mas não tem visão administrativa. Hostiliza, no simbólico, o agronegócio, a mineração. Evidentemente nada autoriza nenhum deles a nenhum tipo de abuso. Mas o descuido da Marina com a vida real faz com que ela apresente, como sua única proposta que conheço concreta, uma aberração, que é a independência do Banco Central.

Bolsonaro tem 9% das intenções de voto, quase o dobro do que o sr. registra [5%].
Há um pensamento que se representa no que Bolsonaro diz, e que tem direito de se expressar. E taticamente ele presta ao país um serviço, pois esse eleitorado do antipetismo se concentrava todo no PSDB.

O que representa o avanço de um candidato tão extremista?
Esse pensamento sempre existiu. O que fez foi sair do armário, pela debacle do PT. Nós do mundo progressista deixamos parte da população imaginar que nosso apreço aos direitos humanos parece contemporizar com a impunidade. Há pessoas que imaginam soluções toscas, que veem muita verdade em “bandido bom é bandido morto”.

Temer, a quem você chama de golpista salafrário, disse que será o presidente mais nordestino que o país já teve.
Bote aí que dei uma risada. Ele, para além de ser essa coisa constrangedora de chefe de quadrilha, sendo um velho e notório malversador de dinheiros públicos, virou chefe de um governo de patetas.

O sr. disse que o “dr. da Lava Jato [Sergio Moro] errou”.
O exibicionismo midiático, ir ao Facebook agradecer o apoio de todos, as gravatinhas borboletas em todo tipo de solenidade, a confraternização descuidada com possíveis réus, a fraude com a gravação da presidente [divulgação do grampo de ligação entre Dilma e Lula] –o que nos EUA é considerado traição e gera até pena de morte, só para ter a relativização dessa leviandade. Isso tudo semeia a semente de matar essa coisa importante que seria a Lava Jato, que ainda pode ser o momento de virada na impunidade. Mandar prender um blogueiro, tem uma coisa patológica nisso. Não falo com prazer, falo com dor. Operação Satiagraha? Anulada inteira. Daniel Dantas, culpado de tudo? Tá com atestado de inocente.

Em entrevista, o sr. criticou a condução coercitiva do blogueiro Eduardo Guimarães, desafiou Moro a prendê-lo e disse que receberia “a turma dele na bala”. O que quis dizer?
Desta vez foi um blogueiro, mas amanhã pode ser um repórter da Folha. Não está certo. No momento que o país passa por um golpe de Estado, não podemos nos acovardar diante do autoritarismo.

O sr. disse que prefere mil vezes Bolsonaro ao prefeito de SP, João Doria. Por quê?
Antes eu perguntei se, entre os dois, vale morrer. Dito isso, prefiro um cara tosco e franco a um farsante. Conheço [Doria] de longuíssima data. O antipolítico, o empresário… Tem dois probleminhas básicos [nessa imagem]. Doria foi chefe da Embratur no governo Sarney. Saiu debaixo de muitas irregularidades no Tribunal de Contas da União e foi violentamente criticado por uma propaganda do turismo brasileiro com bundas de mulher na praia, estimulando claramente o turismo sexual. A segunda coisa: Doria reforçou muito a grande fortuna dele, do liberal, com dinheiro público dos governos do PSDB de Minas e SP, por exemplo.

Doria afirmou que o sr. é emocionalmente instável. Não é o primeiro. Você tem um problema de temperamento?
Não me parece. Quem deve dizer isso é o meu psiquiatra.

O sr. tem um psiquiatra?
Não [risos]. Mas repare uma coisa: tenho 37 anos de vida pública. Não tenho rádio, TV, empresa, nunca aceitei receber as pensões imorais que a Legislação me deu direito. Isso tudo me faz um cara meio estranho mesmo. E o que dizem de mim é que eu sou o cara que fala muito, que fala as coisas por destempero. Não é. Arroubos, se algum ser humano não tiver, me ensine.

Muitos políticos fazem “media training” para contê-los.
Já fiz com os melhores do mundo.

Carrega alguma lição?
[Uma especialista] sempre me estimulou a manter minha linguagem, meu sotaque, meu jeito de ser. Só tenho como ferramenta minha língua. Fui governador, prefeito, comandei a economia como ministro da Fazenda, fui ministro da Integração Nacional. Eu que fiz este projeto do rio São Francisco que tá cheio de pai, e vai ver se não entreguei serenamente essas tarefas?

Donald Trump, outro acusado de destempero, virou presidente dos EUA. O estilo “direto ao ponto” virou um ativo?
Em tempos bicudos, as pessoas procuram franqueza. Estão percebendo que um dos elementos fracos da política é o moralismo de goela pra depois roubar. Nunca tive tanta audiência nessa vida.

Já ser de esquerda hoje parece um passivo no mundo todo.
Não vejo esse pensamento de direita florescer, não. Por que o Trump é de direita? Populista, sim, ok. Mas a vitória dele foi importante. Ele representa a negação da perversão neoliberal. E, no Brasil, o problema não é de direita e esquerda. A política econômica do Lula é igual à do FHC.

O sr. já passou por sete partidos. Começou no PDS, sucessor do militar Arena. Por que tanto troca-troca?
Meu problema é que eu tento ser correto. Ajudo a fundar o PSDB, por exemplo. Elegemos o FHC, que escolhe o PFL [atual DEM] para vice, diz para o povo esquecer o que ele escreveu, faz o PMDB entrar no governo com Eliseu Padilha, Romero Jucá, essa mesma turma. Para ser coerente, fico ali calado ou criando caso?

Acha que eleição deve ter financiamento público?
Em 1995, escrevi um livro com Mangabeira Unger [“Uma Alternativa Prática ao Neoliberalismo”]. Está lá que devíamos ter voto distrital misto, lista fechada e financiamento público de campanhas. Evidentemente que hoje não posso aceitar que essas ideias sejam feitas pelo expediente golpista dos canalhocratas querendo escapar da severidade do voto popular.

Aceitaria para sua campanha dinheiro de empreiteiras envolvidas na Lava Jato?
Se a lei permitir, sem dúvida. O que é corrupto é ter toma lá dá cá, superfaturar obras, exigir propina. No Brasil estamos confundindo corrupto com empresa. Isso é sandice.

O sr. é próximo de algum político envolvido na Lava Jato?
Sempre fui muito amigo do Aécio [Neves]. É constrangedor. Do Ciro Nogueira [presidente do PP]. Quem mais? O Léo Pinheiro [ex-presidente da OAS]. O que pega é catapora.

O sr. é acusado de truculência no trato com manifestantes, como rasgar cartazes.
Vou ali conversar sem segurança, a pessoa esfrega papel no seu rosto, o que você faz? Me liga a cunhada à 1h30 dizendo que ameaçam de morte meu irmão. Vou deixar bater nele? Sou pessoa física, não tenho cargo de majestade.

Qual sua estratégia para 2018?
Tenho que manter minha intransigência sem parecer um cara incapaz de dialogar e tenho que olhar para o futuro, se Lula é candidato ou não.

Recuaria com Lula no páreo?
Não tenho a menor vontade de ser candidato se o Lula for. Menos em homenagem a ele e mais porque a tendência é ele polarizar o processo. E eu ficar falando de modelo econômico… Vou ter um papel nobre, vou lá para meus 12%, 15% no mínimo, mas daí dizer para o povo que acredito que vou ser presidente… Não consigo mentir desse jeito.

Folha de São Paulo

Opinião dos leitores

  1. Já mudou mais de partido do que eu de camisa. Já foi da direita (ARENA e PDS) e agora quer se passar por esquerdista pois já viu que é a única turma que ainda poderá apoiá-lo. É um maluco perigosíssimo, pois é mais inteligente e preparado que o Collor, que também tinha "aquilo roxo". É um enorme engodo político. Embora o eleitor brasileiro demonstre gostar de ser enganado, não creio que a candidatura desse sujeito prospere. Mais parece ser outro lacaio do Lula, louco prá mamar mais um pouco nas tetas governamentais. É como peixe, morre pela própria boca.

  2. Esse todos os dias muda de partido,oportunista,so tem voto no Ceará,onde manda no governo do estado e na prefeitura!!!!!!

  3. Porcarias como Ciro Gomes têm voz porque a imprensa brasileira, que também é um lixo, o concede espaço. Nunca deixou de ser bravateiro e metido a coronel do sertão. O Nordeste brasileiro adora produzir merdas como ele.

  4. Acho que ele foi até coerente, menos é óbvio, quando acha que Lula é gente e que Dilma foi vítima de "Goipe" ai é demais né?

    1. Cada um tem o herói que merece. Uns gostam de justiceiros, outros de bem feitores, outros de humanitários. Mas escolher o maior farsante que a política brasileira já fabricou é demais. Esse Cabral precisa ir a um psiquiatra, umas doses gigantes de remédio controlado fará muito bem as distrofias mentais. Tadinho!!

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Política

“Governo Dilma se constituiu em cima de farsa de marketing”, diz Ciro Gomes

8dz8nke64g_4uzm64p53k_fileEx-ministro de Lula e possível candidato nas eleições de 2018 pelo PDT, Ciro Gomes se diz cada dia mais crítico ao governo Dilma. Apesar de contrário ao impeachment, afirma que a atual gestão se constituiu em cima de uma “farsa de marketing”, com propostas de campanha nunca postas em prática.

Para Ciro, a política econômica é desastrosa, herança da “frouxidão moral” dos anos Lula. Ele diz não entender por que a presidente não propõe, por decreto, uma mudança nos rumos da economia – sugestão dada por ele em reunião com Dilma. “Quando sai da catatonia, não ela, mas o governo, sai para fazer bobagem.”

Prova de seu desgosto é seu apoio “entusiasmado” à sugestão de Carlos Lupi, presidente do PDT, de deixar a base aliada após a derrota do impeachment. No entanto, o partido não deve ir para a oposição.

— Nós não queremos participar de mais nada, está muito claro para nós. O ideal para nós é: ganhar a batalha pela democracia, preservar o mandato e comunicar à presidente que queremos sair. É uma ideia do Lupi com meu entusiástico apoio. E agora vamos validá-lo com os companheiros.

O ex-ministro também falou dos casos de hostilidade que sofreu recentemente e chamou os manifestantes antigoverno de “fascistinhas”. No começo de abril, o Movimento Endireita Brasil, crítico ao governo Dilma Rousseff e ao PT, publicou em sua página do Facebook uma oferta de R$ 1 mil a quem hostilizasse Ciro no restaurante em que jantava em São Paulo.

— Eles se autodenominam manifestantes e acham que podem ir na porta de um ministro do STF 1h30 da manhã gritar impropérios. Não pode não, isto é crime. Eu, como presidente da República, teria pedido para a Polícia Federal abrir um inquérito e estava todo mundo presinho da silva.

Leia abaixo os principais trechos da entrevista.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Oportunista bst!!!!!!….Não faz tempo tomava café com a Dilma,o irmão outro sem noção fez parte do governo como Ministro da Educação…. Agora vem com essa!!!!

  2. Já ouvi essa história de fazer história.
    o que ele acha do irmão?
    Será q o irmão dele, num futuro governo Ciro Gomes, terá um cargo? será q continuará viajando com a família para o governo pagar as contas?

  3. Esse aí peita coxinha com gosto e os vira latas fogem todos!

    1. Ele só teve aquele "peito" pq estava cercado de seguranças (peões como diria Luiz Inácio)…diferente da Dr Zenaide q encarou a manifestação só com a cara e a coragem….

  4. Ciro Gomes é um doido que muitas vezes diz a verdade. O que disse sobre a catatonia do governo, o marketing mentiroso de Dilma e a frouxidão moral de Lula é plena verdade.

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Polêmica

Ex-presidente Lula ‘avacalha’ autoridade de sua sucessora, diz Ciro Gomes

O ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará Ciro Gomes, criticou neste sábado, 17, em Fortaleza, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por sugerir a demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

“Não posso concordar é com o jeito que o Lula está fazendo as coisas. Hoje ele é uma figura perniciosa ao Brasil. Ninguém pode sugerir demissão de ministro a presidente da República pelos jornais. Isso avacalha a autoridade da Dilma, que já é quase nenhuma”, disse Ciro ao jornal O Estado de S. Paulo após a Convenção do PDT cearense – partido ao qual se filiou recentemente.

Segundo, ele, “boa parte da destruição da autoridade da presidente parte dessa tutoria pública descabida do Lula”. Para o ex-ministro, “Lula tem que voltar para uma posição de recato”.Ciro, contudo, fez críticas à condução da atual política econômica.

“A economia brasileira está basicamente administrada no rumo estratégico errado”, afirmou. “Simplesmente, o povo inteiro está perdendo para a inflação”, disse.

Isto É, com Estadão

Opinião dos leitores

  1. Lula e Dilma passam aos brasileiros a imagem de políticos aventureiros, populistas, irresponsáveis, despreparados, cínicos e desprovidos de quaisquer condições até para serem líderes comunitários, quanto mais ocuparem o cargo mais alto do país.

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Política

Cunha é pilantra de 5ª categoria’, diz Ciro Gomes

ciro-gomes1O ex-ministro Ciro Gomes acusou o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de ser “um pilantra de quinta categoria” que está “mandando e desmandando na República. A declaração foi dada na segunda-feira (17) à noite, na abertura de um encontro interno do Pros, em Fortaleza, no qual o ex-governador cearense e seu grupo político discutiram a migração em massa para o Partido Democrático Brasileiro (PDT). O Congresso em Foco teve acesso ao áudio do discurso do ex-ministro da Fazenda, no governo Itamar Franco, e da Integração Nacional, no governo Lula.

“Não é fácil o trabalhador chegar em casa e ligar a televisão e assistir à novela mal-cheirosa, diária, da ladroeira [em referência à roubo], que não poupa mais ninguém. Pra bem dizer, o presidente da Câmara Federal do Brasil é um pilantra de quinta categoria que tá aí mandando e desmandando na República”, afirmou Ciro na reunião. Ele também criticou o governo Dilma, que, segundo ele, tem feito “tudo ao contrário” do que prometeu na campanha eleitoral.

Ciro e seu irmão, o também ex-governador Cid Gomes, receberam convite do presidente do PDT, Carlos Lupi, para se filiar à sigla com vistas às eleições presidenciais de 2018. A ideia de Lupi é lançar Ciro Gomes como candidato. Outros nomes do partido, entretanto, como os senadores Cristovam Buarque (DF) e Reguffe (DF) não concordam com a filiação dos irmãos Gomes. Cristovam era tido como nome certo para concorrer novamente à Presidência da República, a exemplo do que ocorreu em 2006.

A crítica de Ciro ocorre meses após Cid chamar publicamente Eduardo Cunha e outros “400, 300 deputados” de “achacadores”, ratificando o que ele havia dito a universitários no fim de fevereiro, quando ele ainda era ministro da Educação. Após chamar os deputados de “achacadores”, Cid deixou a pasta. Sua saída foi anunciada por Eduardo Cunha em plenário, no momento em que o então ministro ainda discursava.

Na última segunda-feira, começou, pelo menos de forma oficial, as discussões para que vários nomes do Pros cearense deixem a legenda e passem a integrar o PDT. No encontro, Ciro Gomes disse que seria uma mudança natural sua filiação à sigla de Leonel Brizola. Além dos irmãos Gomes, devem aderir ao PDT outros nomes importantes da política cearense como a vice-governadora Izolda Cela e vários prefeitos e vereadores ligados à família.

“O PDT tem sido aliado nosso em todas as eleições. De maneira que é um passo muito natural, que é um passo muito coerente para quem está, como nós, obrigados a tomar essa posição”, defendeu Ciro. Entretanto, a posição ainda não está oficializada. Embora, o próprio presidente nacional do PDT já conte com Ciro e Cid nos quadros do PDT.

Em outro momento do desabafo, Ciro Gomes também criticou o governo federal. Ele afirmou que o PT não pode fechar os olhos para as manifestações. “Não é simples, nem é fácil a gente ver uma pessoa e um governo que a gente ajudou a eleger com tanto carinho, com tanto entusiasmo, com sacrifícios… Cid se sacrificou e muito… Todos os que estão aqui se sacrificaram, correram riscos sérios com aquele povo em cima do muro, não sei o que e tal. E, com tudo isso, no dia seguinte, tudo o que a gente achava que ia ser, foi ao contrário”, declarou.

“É o preço da gasolina, é o preço da energia… [Dilma] Nomeia o cara dos bancos pro Ministério da Fazenda [Joaquim Levy]… E aquilo que era um conjunto de valores, a questão nacional, a questão da desigualdade, a questão do valor dos salários como remuneração do trabalho decente das pessoas, foi esquecido. Isso explica porque a sociedade brasileira está aborrecida e qualquer governo que queira ter o mínimo de condições de se reconciliar com sua nação tem que ter humildade para entender isso”, disparou Ciro.

Depois disso, ele ainda afirmou que nas manifestações existem “doido de todo o tipo”, mas que é necessário se respeitar a Constituição. “Não adianta desqualificar as manifestações. Tem coisa de todo o tipo, doido de todo o tipo e modalidade, mas não adianta desqualificar. Aquelas multidões que foram pras ruas ontem só foram porque tem uma coisa muito errada acontecendo no nosso país”.

Por isso, Ciro defendeu que a militância seja focada não somente no respeito às instituições democráticas e na cobrança sistemática das ações do governo federal. Uma doutrina que, coincidentemente, tem sido pregada pela cúpula do PDT.

“A crise política se descomprimiu um pouco. Não que a gente não esteja no meio de uma crise política muito grave, com potencial muito grave de ameaça ao futuro do país. Mas aquela escalda de golpe deu uma diminuída grande. O próprio governo começou a cair em si e começou tomar aqui e ali, ainda muito desorientado, alguma iniciativa política”, pontuou.

Congresso em Foco, UOL

Opinião dos leitores

  1. É um sujo falando do outro. Eu não sei quem vale menos. Oh Brasil vei desmantelado. Só Jesus na causa.

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