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EUA: consumo ilegal de maconha e incidência de doenças relacionadas aumentaram nos estados onde o uso medicinal foi permitido

Pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA) analisaram dados sobre três pesquisas nacionais sobre o consumo de maconha entre 1991 e 2013. Eles descobriram que os estados que legalizaram a maconha medicinal viram um aumento no número de usuários ilegais, bem como nos casos de transtorno associados ao uso de cannabis, de acordo com informações do Daily Mail. A pesquisa, publicada recentemente na revista JAMA Psychiatry, é a primeira a fazer uma revisão abrangente de dados que se estendem desde antes as leis de legalização.

As leis e atitudes em relação à cannabis mudaram drasticamente nos últimos 20 anos. Em 1992, nenhum norte-americano viveu em estados onde a maconha para uso medicinal era permitida. Diferente disso, até 2012, mais de um terço deles vivem em estados nestas condições. Hoje, os EUA somam 29 estados e o Distrito de Columbia que permitem o consumo medicamente prescrito da droga. Oito desses estados, além do Distrito, também legalizaram a droga para uso recreativo. Isso significa que quase um quarto dos norte-americanos (mais de 20%) tem acesso à maconha recreativa, e mais de 60%, à medicinal.

Contudo, especialistas, incluindo o médico da Casa Branca, General Dr. Vivek Gupta, advertem que a legalização está avançando mais rápido do que as pesquisas sobre o assunto. Em um relatório divulgado em novembro passado, Dr. Gupta pediu aos usuários que tivessem cautela, dizendo que “a maconha é de fato viciante”. Para o estudo mais recente, os pesquisadores consultaram dados do Levantamento Epidemiológico Nacional Longitudinal Alcoólico (1991-1992), do Inquérito Epidemiológico Nacional sobre o Álcool e Condições Relacionadas (2001-2002) e o Inquérito Epidemiológico Nacional sobre o Álcool e Condições Conectadas III (2012-2013).

Os resultados indicaram que, entre 1991-1992 a 2012-2013, o uso ilícito de cannabis aumentou significativamente (1,4%) nos estados em que a droga medicinal é legalizada, bem como o número (0,7%) de desordens relacionadas ao uso. Agora, como próximo foco de pesquisa, os autores planejam confirmar por que essas leis estimulam o mercado ilegal de cannabis, que também experimentou um “boom” nestes estados.

“As leis de maconha medicinal podem beneficiar alguns com problemas médicos”, escreveu a autora principal Deborah Hasin, do Columbia University Medical Center. “No entanto, as mudanças nas leis estaduais (medicinais ou recreativas) também podem ter consequências adversas para a saúde pública”. “Uma interpretação prudente dos nossos resultados é que os profissionais e o público devem ser informados sobre os riscos do consumo de cannabis e os benefícios do tratamento e prevenção/serviços de intervenção para as doenças relacionadas devem ser fornecidos”, concluiu.

Jornal Ciência via DailyMail

 

Opinião dos leitores

  1. Você postou o único estudo provindo de um tablóide não confiável (Daily Mail). Todos os outros estudos correlacionam a legalização ao decréscimo do uso (tanto legal quanto ilegal) e à queda de vícios.

    O texto também está mal traduzido, bem mal, o texto original cita que o Vivek Gupta falou dos benefícios para doenças como "epilepsia, dores, nausea, obesidade, vício, doenças autoimunes, etc."

    "He cited 'a growing body of research' suggesting marijuana's chemicals can help with 'pain, nausea, epilepsy, obesity, wasting disease, addiction, autoimmune disorders, and other conditions."

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