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Estoque de vacina BCG começa a ser normalizado nas unidades de saúde de Natal

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal está abastecendo, de forma gradativa, as unidades de saúde com doses da vacina BCG, que estavam sendo racionadas desde fevereiro em todo o país por problemas com a empresa fabricante do produto. Além das maternidades públicas, as unidades do Gramoré, na zona Norte e a Unidade Mista de Cidade Satélite, na zona Sul, receberam nesta quarta-feira (1) as doses. A primeira já está ofertando a vacina e a segunda deve iniciar nos próximos dias.

Segundo a chefe do Setor de Vigilância Epidemiológica da SMS, Aline Bezerra, neste período, a quantidade média de doses recebidas do Ministério da Saúde caiu de quatro mil para 800 ao mês, fazendo com que o produto tivesse que ser racionado e distribuído apenas entre as maternidades municipais. No entanto, as demais vacinas recomendadas pelo Calendário Anual ministerial continuam sendo ofertadas normalmente pelas unidades equipadas com salas de vacinação.

“A BCG é fabricada na Dinamarca e seu fabricante estava passando por dificuldades para adquirir matéria-prima para fazê-las. Isso causou problemas para muitos países e fez com que o Ministério da Saúde racionasse a distribuição para não faltar para nenhum estado. Por isso, estávamos recebendo uma quantidade tão pequena e insuficiente para atender à demanda nestes quatro meses”, explicou.

Aline disse também que todos os recém-nascidos já saem da maternidade imunizados com a dose única da BCG, mas, por causa da diminuição na distribuição desta, muitos tiveram que aguardar e seus pais e responsáveis, orientados a procurar as demais maternidades públicas para a administração da vacina.

“Estávamos recebendo do Ministério da Saúde menos de 10% do que nós precisamos normalmente, mas, felizmente, a situação está voltando ao normal e vamos, em breve, voltar a disponibilizar a vacina na rede de atenção básica. Para esse mês, recebemos cerca de 2,5 mil doses e estamos retomando, aos poucos e de forma gradativa, a disponibilização desta nas unidades de saúde”, falou Aline Bezerra.

Doses são ofertadas nas maternidades públicas da Capital

Durante os quatro últimos meses, a SMS fez a distribuição preferencial das doses recebidas da BCG do Ministério da Saúde nas maternidades públicas da rede municipal, em Felipe Camarão, Quintas e a Leide Morais, na zona Norte da Capital. Além destas, as maternidades Santa Catarina e a Januário Cicco também estavam disponibilizando as doses, segundo a chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (Nai), Solange Cruz.

“Tivemos que reduzir a quantidade para não faltar nas maternidades, que foram priorizadas por oferecerem atendimento direto ao público-alvo da vacina. Mas, no geral, podemos afirmar que não houve grandes prejuízos e, felizmente, estamos voltando aos poucos a receber a quantidade ideal para suprir a demanda no município”, afirmou.

A BCG protege contra a tuberculose e suas formas graves, incluindo a extrapulmonar, que além do pulmão, pode atingir também as meninges (membranas que envolvem o cérebro), o rim, os ossos e o sistema digestivo. De transmissão direta pelo ar, de pessoa a pessoa, ela gera baixa na resistência imunológica e seus principais sintomas são: tosse seca, emagrecimento, fraqueza e falta de apetite. Seu tratamento dura em média seis meses e é disponibilizado de graça pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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