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CASO MP EM NATAL: Defesa do ex-servidor Guilherme Wanderley emite nota

Defesa do ex-servidor Guilherme Wanderley Lopes da Silva, que será julgado no dia 11 deste mês, sob a acusação de tentar matar os promotores Rinaldo Reis, Wendell Beetoven e Jovino Pereira, em março do ano passado, na sede do MP em Natal, emite nota sobre acusações e saúde mental do réu.

Nota

A Defesa Técnica do sr. Guilherme Wanderley Lopes da Silva, vem através deste instrumento, tendo em vista as publicações distorcidas e incompletas veiculadas nos canais de comunicação, esclarecer ao povo Potiguar que, na primeira fase do procedimento do Júri, o mesmo foi acusado de atentar contra a vida três Promotores de Justiça por tripla tentativa de homicídio com duas qualificadoras: uma pelo motivo fútil e a outra pela dissimulação.

Em face das peculiaridades do fato, ocorrido na manhã do dia 24/03/2017, bem como a carta apresentada pelo acusado, onde continha evidências de que o sr. Guilherme Wanderley apresentava transtorno mental, o Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Natal, deflagrou o Incidente de Insanidade Mental, oportunidade que fora rechaçada de plano, tanto pela Defesa Técnica, quanto pelo Juízo a perícia realizada pelo Ministério Público em sede de processo administrativo disciplinar.

Esclarecemos, ainda que, por motivos óbvios, qual seja a busca pela imparcialidade, não poderíamos aceitar que a Parte interessada produzisse a própria perícia, e por este motivo, como já dito acima, o Juízo da 3ª Vara Criminal determinou que o Instituto Técnico-Científico de Perícia /ITEP/RN providenciasse o exame de insanidade de Guilherme Wanderley.

Para tanto, foi designado, por orientação do próprio Ministério Público, o Dr. João Batista de Souza, médico-perito psiquiátrico forense do ITEP/RN, com larga experiência atividade na área de psiquiatria forense (aproximadamente 30 anos). O referido perito constatou e asseverou em seu laudo técnico oficial, que no dia do fato, Guilherme Wanderley, era parcialmente incapaz de entender o caráter ilícito dos seus atos, assim como esclareceu detalhes do seu trabalho em juízo, através de laudo complementar e depoimento prestado em audiência de instrução e julgamento.

Ressalte-se que o próprio Juízo, em sede de sentença de pronúncia, reconheceu que Guilherme Wanderley, estava parcialmente incapaz na data do fato, haja vista que revogou a qualificadora do motivo fútil, por entender que os motivos estressores alegados em sua carta, não poderiam ser considerados como fúteis.

Ademais, vale o registro que a impressa potiguar noticiou diversos entreveros e problemas institucionais de toda ordem ocorridos no período da gestão do então Procurador-Geral de Justiça, com o Colégio de Procuradores e servidores em geral.

Portanto, diferentemente do que está sendo veiculado de forma distorcida, equivocada e omissa, estamos diante de um cidadão que, no dia 24 de março de 2017, era parcialmente e mentalmente incapaz de entender o caráter ilícito de sua conduta, é tanto que, até a presente data, ainda se encontra recolhido no MANICÔMIO JUDICIÁRIO e não em clínica particular como desavisadamente restou repercutido nos meios de comunicações.

Em relação aos caminhos jurídicos dispensados para a Defesa Técnica do sr. Guilherme Wanderley ou para qualquer outro caso semelhante, competirá de forma exclusiva ao Tribunal do Júri da Comarca de Natal/RN, apreciar este caso e decidir livremente entre a sua absolvição ou uma condenação com redução de pena.

Mas, o caso em tela já conta com uma verdade incontroversa, extreme de dúvida, estamos diante de um processo que envolve um cidadão portador de transtorno mental que, no dia fato narrado na denúncia, era parcialmente incapaz de entender a ilicitude de sua conduta, circunstância essa provada pela única perícia admitida pelo Juiz do feito.

(Advogados: José Maria Rodrigues, Jonas Antunes e Marcelo Antunes.)

 

Opinião dos leitores

  1. E aquele Promotor que matou uma pessoa atropelada em São Miguel do Gostoso?
    Será que serão igualmente duros com ele, na medida de sua culpa e nos limites da lei?
    Tenho lá minhas dúvidas…

  2. Se todo mundo que resolver matar pessoas, por um motivo que não seja de legítma defesa, alegar insanidade naquele intervalo de tempo, não teremos mais assassinos, apenas doidos!!! A defesa do cara que esfaqueou o Bolsonaro deve tá alegando o mesmo…Ôh paísin conivente como criminoso esse nosso!!! Varêi…

  3. Pode não, só pode demitir depois do transito em julgado da sentença, o rapaz é inimputável!

  4. ABSURDO A DEMISSÃO DESSE CARA!
    Agora tem juiz e promotor que roubou milhoes e foi premiado com aposentadoria compulsoria!
    Essa turma das regalias é demais!
    Bolsonaro tem que acabar essa farra, começando pelo respeito ao teto salarial que hoje é salario base considerando os penduricalhos que inventam para driblar o teto, quando toda e qualquer verba deveria entrar no calculo, senao o jeitinho brasileiro aparece…
    Fim de regalias JÁ, férias 60 dias e muitas outras imoralidades

    1. Se o crime tivesse ocorrido de forma inversa , ou seja praticada por um promotor contra servidores, com certeza não haveria demissão, nem júri popular. O Ministério Público pode tudo

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Confira íntegra do documento Guilherme Wanderley, acusado de atentado no MPRN

Confira documento na íntegra disponibilizado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, em que o ex-assessor Guilherme Wanderley, acusado de atentado contra procurador e promotor, dentro do órgão em Natal, premedita crime.

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Desmandos, arbitrariedades e corrupção existem na integralidade do poder público e é comum (mas não é ético) na gestão pública.
    Entretanto, DÓI MENOS FAZER SEU TRABALHO FELIZ E CALADO, SATISFEITO POR TER UM BOM SALÁRIO E TER ESTABILIDADE FINANCEIRA E FAMILIAR e deixar a investigação para a polícia civil. Faz umas denúncias anônimas, faz uns fakes e pronto. Já é bastante para o que lhe cabe. O Hobin Hood Nutella se lascou.

  2. Possa existir fundo de verdade, em uma mente conturbada e um relato complexo que fala muito da forma escrita e não explica nada; Deus está presente, Jesus e Nossa senhora, faz saber que o indivíduo prescisa de luz. Os fatos relativo a conduta dos diregentes, se houver crime que haja denúncia, e que os órgãos superiores se posicione.
    (Um bom psiquiatra é capaz de avaliar esse conflito mental apresentado.)

  3. Quem não tem mundo cor de rosa é ele, que ganha 10 mil? Por certo porque não trabalha 6hs né?

  4. Para quem trabalha no mundo de Alice…mundo cor de rosa…está tudo uma maravilha no MP. É tudo fantasioso! Tem que abrir a caixa preta e já!!

    1. Posso lhe assegurar que o mundo de alice de que você tá falando é um bocado sofrido. Quem trabalha no MP, sobretudo no interior, sabe do quanto é preciso reinvindicar pra fazer um trabalho correto. Problemas em relações pessoais existem em todos os lugares (e existem outros meios pra resolvê-los). Nem tudo é perfeito, nem nunca será em lugar nenhum, seja no setor público ou privado. Afinal, o mundo é feito de homens. Que a caixa preta seja então aberta e a investigação seja realizada. E que o verdadeiro culpado seja penalizado. O problema do brasileiro é querer sempre achar uma razão pra justificar um erro ao invés de procurar progresso!

  5. É preciso que se diga que a realidade do MPRN não é a retratada nessa carta e somente quem está dentro tem autoridade pra falar dela. "Falar é fácil, mas conhecer é preciso". O MPRN é um excelente local de trabalho, composto por pessoas em sua grande maioria de bom trato e corretas. Os atos de corrupção mencionados são FANTASIOSOS. Nem o próprio agressor, em que pese a extensão de seu texto, conseguiu explicar quais seriam eles. Enfim, a população ignorante não pode dar voz a esse ato de extrema covardia!

    1. Mentira. Já não são poucos os relatos de perseguições e assédio moral no MPRN. A divulgação do histórico funcional do servidor é uma prova cabal disso.
      A propósito, vem a calhar o verso do poeta Gregório de Matos Guerra, o Boca do Inferno, que vaticinou a mais de 5 séculos: "…em todo canto um governante quer nos governar cabana e vinha. Não sabem governar sua cozinha e querem governar o mundo inteiro."

  6. Que pelo menos essa loucura sirva de atenção aos dirigentes politicos, o povo está cansado de ser preterido para sustentar regalias. O mundo precisa mesmo de mais justiça social, esse imoral tal auxilio -moradia é um escarnio com os trabalhadores.
    Hoje a judiciario e o MP reflete pouco do seu principio e é mais injustiça e regalias, sombra da politicagem.

  7. Um cara que ganha R$10.000,00 por mês, mais ou menos, trabalhando no gabinete do concunhado…deu até pena dele!

    1. Eu acho que está bem claro que a questão não era financeira.
      Só não vê quem não quer!

  8. Como a própria carta diz , desde o primeiro dia da gestão atual ela planeja isso !!! Claro que não foi nenhuma conduta que o levou a tal desiquilibrio , a não ser o ódio . Outro sim , se ele assessor do próprio concunhado como os promotores por ele citado teriam usado de assédio moral ??? O cargo Tecnico e vitalício o de assessor , comissionado ( acredito eu ) , logo foi tudo semeado por ódio as pessoas .
    Em todos os lugares haverá excessos por parte de algum dirigente , empresário , juiz , medico etc.. Até dentro dos nossos lares !!!
    Tudo isso foi motivado por muito ódio , desequilíbrio e muita falta de Fé !!

    1. Não é nepotisto trabalhar com o concunhado e ele era devidamente concursado. Ninguém concorda com o ato que foi produto de um surto psicótico, mas há MUITO de podre no reino da dinamarca.

  9. Complicada a situação – de um lado um documento que foi escrito com um misto de desequilíbrio, algo que parece de uma pessoa com transtornos mentais, mais por outro com informações que merecem de análise e de investigação.
    O ato praticado pelo servidor não tem justificativa, poderia ter tirado vidas, este não é o caminho de quem quer mudanças, pois ninguém tem o direito de tirar a vida do outro.
    Por outro lado, fala algumas verdades, existem Juízes e Promotores que se julgam verdadeiros DEUSES.
    Isto é fruto de um ato desesperador – de uma população que sofre com os desmandos dos políticos e as regalias dos Judiciário.
    Fruto de uma população cansada de sofrer com as desigualdades sociais.
    Repito, nada justifica o ato do servidor, mais este relato precisa de uma análise.

    1. Acho que é isso mesmo. O servidor não tem direito de tirar a vida de ninguém e sua carta mostra desequilíbrio. Mas as informações contidas na carta não podem ser desprezadas.
      Há muita coisa obscura aí

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