A possibilidade de a inflação chegar à meta de 4,5% no fim de 2016 está se fortalecendo, mas, para tanto, a taxa básica de juros será mantida em 14,25%, informou nesta sexta (21) o Banco Central.
A perspectiva é de que a taxa Selic continue no patamar atual por período “suficientemente prolongado” e que a política monetária fique “vigilante” no que tange a desvios significativos na projeção de inflação em relação à meta, segundo o diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira.
As informações constam do Boletim Regional do trimestre, divulgado em Belo Horizonte nesta sexta-feira (21).
A Selic teve sua última alta consecutiva no fim de junho, quando chegou ao maior patamar em nove anos, o mesmo de agosto de 2006.
Awazu pediu “muita calma e sangue frio” até que o ajuste fiscal comece a produzir efeitos. Para isso, disse, a política monetária terá “viés conservador por tempo prolongado”.
Embora a projeção de agosto feita por economistas consultados pelo BC é que, este ano, a inflação chegue a 9,32%, o órgão afirma que já está em curso -mas de forma lenta- a fase do ajuste fiscal que incide sobre preços.
A mesma projeção aponta que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) em 2016 será de 5,43%, e não de 4,5%. Questionado sobre o assunto, Awazu disse que existem “elementos de incerteza” sobre o ano que vem, como a situação da economia externa, mas que o Brasil não deve “ceder a uma espécie de pessimismo”.
Segundo o diretor, a atual fase do ajuste já tem dado os resultados esperados, como melhoria das contas externas e inflação sob controle.
Folha Press
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