Esporte

Justiça mantém bloqueio de R$ 193 milhões de Neymar

CbCfLNwXEAAPRBLO juiz Roberto da Silva Oliveira, titular da 7ª Vara Federal de Santos, confirmou decisão do TRF-3 de manter o bloqueio de R$ 192.798.293,84 de Neymar, seus pais e suas empresas. A sentença foi publicada na quinta-feira. O atacante é acusado de sonegar impostos entre 2011 e 2013, num valor de R$ 63,6 milhões, sobretudo nas transações que selaram sua transferência do Santos para o Barcelona. O valor original da medida cautelar era de R$ 188,8 milhões, por conta de uma multa de 150%, aplicada quando o Fisco identifica simulação e fraude. Mas chega agora a quase R$ 193 milhões, devido aos juros (Veja aqui a decisão na íntegra).

No entanto, o magistrado indeferiu o pedido dos procuradores da Fazenda de bloqueio de bens futuros de Neymar e sua família, que eventualmente venham a ser descobertos. Seus advogados chegaram a pedir sigilo integral do processo, o que foi negado pelo desembargador Carlos Muta, do TRF-3, em novembro.

O atacante e seu pai também foram denunciados pelo MPF-SP por sonegação fiscal e falsidade ideológica, mas a denúncia foi rejeitada pelo juiz Mateus Castelo Branco, substituto da 5ª Vara Federal de Santos, na última semana. O procurador da República Thiago Lacerda Nobre, autor da denúncia, deve recorrer da decisão na próxima segunda-feira.

Já na 4ª Vara Federal de Santos a Justiça negou, por duas vezes, o pedido do pai de Neymar e manteve multas de R$ 459.671,25 aplicadas pela Receita Federal em 2012. Os valores teriam sido omitidos por ambos nas declarações de imposto de renda de 2007 e 2008, atribuindo os rendimentos à “Neymar Sport e Marketing S/S Ltda”, que gerencia os contratos do atacante, que à época ainda era da base do Santos. De acordo com a sentença, “a empresa tinha assim ‘único cliente’, bem como que a totalidade de sua receita advinha exatamente desses ‘direitos de imagem’. O juiz conlcui, no texto: “(…) também por este segundo argumento autoral se pode enxergar a elisão ilícita — dissimulatória”.

Apesar dos dados de constituição da empresa fundada em 2006 não constarem nos autos, a Receita observou que o contrato qualificara Neymar Jr. como maior de idade, sendo que à época tinha apenas 14 anos. Na semana passada, seus advogados recorreram da decisão na 1ª instância, mas o juiz Bruno César da Cunha Teixeira indeferiu o recurso.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. E enquanto isso os políticos só rindo do povo. Afundaram o Brasil na corrupção e nós é que estamos pagando as contas abertas com tamanho descalabro. Uma vergonha!!!

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Finanças

Justiça mantém bloqueio de contas e aplicações de investigados na Lava Jato

A Justiça Federal determinou que sejam mantidos os bloqueios nas contas dos investigados na Operação Lava Jato e também das suas aplicações financeiras.

Em ofícios enviados aos bancos nesta segunda-feira (19), a juíza substituta Gabriela Hardt determina que as aplicações financeiras devem permanecer bloqueadas nos bancos onde estão e, quando chegar o prazo de resgate, devem ser depositadas em uma conta da Justiça.

Entre as modalidades de investimento bloqueadas, há exemplos com prazo até 2026.

A Folha de S.Paulo havia revelado em dezembro que os bancos não transferiram os recursos das aplicações financeiras para as contas judicias, argumentando que ainda não havia chegado o prazo de resgate delas.

As instituições financeiras temiam causar impacto na rentabilidade destes fundos, já que os valores envolvidos são muito altos, e com isso afetar clientes que nada têm a ver com os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras. Além disso, os recursos mantidos em CDB (Certificado de Depósito Bancário) e fundos de investimento, por exemplo, geram comissões para os bancos, como taxas de administração.

Até agora foram bloqueados ao menos R$ 81 milhões de 16 pessoas, dentre executivos das empresas e ex-funcionários da Petrobras, por ordem do juiz titular Sérgio Moro, que havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões para cada um deles.

Os ofícios enviados aos bancos também dizem para manter os bloqueios das contas correntes e enviar o que foi encontrado para uma conta judicial, respeitado o teto de R$ 20 milhões estabelecido pelo juiz.

Desses R$ 81 milhões já bloqueados, os valores em aplicações financeiras, como em planos de previdência, ultrapassam os R$ 30 milhões.

APLICAÇÕES

A Polícia Federal estima que o grupo do qual fazia parte o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, ambos presos na Lava Jato, tenha movimentado aproximadamente R$ 10 bilhões.

Boa parte dessa quantia foi desviada de obras da estatal petrolífera com suspeitas de fraudes e, posteriormente, aplicada nos bancos.

Para o juiz Moro, o bloqueio deve ocorrer, não importa se o dinheiro sujo foi misturado a recursos de origem lícita.

Folha Press

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