Clima

Meteorologistas preveem chuvas próximas do normal no RN; mais intensas no Alto Oeste e Vale do Assu

O resultado da II Reunião de Análise e Previsão Climática para a Região Nordeste do Brasil, encerrada nesta terça-feira (21) na sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), prevê a tendência de que as chuvas apresentem um comportamento próximo da normalidade climatológica em grande parte do norte do Nordeste, incluindo o Rio Grande do Norte. De acordo com o Gerente de Meteorologia da EMPARN, Gilmar Bristot, “as chuvas serão mais intensas em regiões como o Alto Oeste e Vale do Assu. Já em áreas como o Seridó, Agreste e Litoral as precipitações devem ser mais escassas. A média de chuvas no semiárido para os próximos três meses deve girar em torno de 500mm, o que não será suficiente para encher os grandes reservatórios, mas garante uma boa recarga de água nas pequenas bacias”, afirma.

Os meteorologistas utilizaram uma imagem com base no mapa do Nordeste, sinalizando de cor verde a área que terá chuvas, a cor amarela para chuvas abaixo do normal e a cor cinza para definir a área de baixa visibilidade. A previsão é para a quadra chuvosa de março a maio. A elaboração do documento contou com a participação dos meteorologistas de instituições estaduais, além do INPE/INMET e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

ANÁLISE

Com mapas ilustrando o documento final, os meteorologistas apresentaram a análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros) e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais, assim como de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil (como a FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior, o que acabou indicando o prognóstico climático para o período de março, abril e maio de 2017 na Região Nordeste do Brasil.

Na análise das condições oceânicas e atmosféricas, os meteorologistas concluíram que “no oceano Pacífico equatorial, observou-se uma condição de neutralidade, com algumas pequenas áreas na parte central ainda apresentando anomalias negativas de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) alcançando até -1ºC. O enfraquecimento do Fenômeno La Niña ocorreu de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e a condição de neutralidade deverá prevalecer no Oceano Pacifico equatorial nos meses de março, abril e maio”.

Destacaram também que “no Oceano Atlântico, as águas estão mais aquecidas do que o normal em toda a bacia tropical, porém, com aquecimento ligeiramente mais pronunciado em termos de abrangência de áreas aquecidas na bacia norte, de forma que o dipolo do Atlântico apresentou, em janeiro, índice de +0,31, indicativo de uma condição ainda não favorável ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical, (ZCIT), sobre o setor norte do Nordeste”. Lembraram que “essa condição indica que as áreas mais ao norte da região serão beneficiadas com as chuvas provenientes da atuação da ZCIT, enquanto que as áreas mais ao sul da região serão pouco influenciadas pelas chuvas deste sistema meteorológico.

Em função de algumas variabilidades (cobertura vegetal, proximidade do oceano e efeitos topográficos), os especialistas recomendam o acompanhamento das previsões diárias de tempo, análises e tendências climáticas semanais, divulgadas pelos Núcleos de Meteorologia dos Estados do Nordeste. No mês de março a reunião dos especialistas acontecerá em Pernambuco, quando será divulga

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Clima

Meteorologistas preveem chuvas abaixo do normal; confira chuvas das últimas 24 horas no RN

IMG000000000105262Na II Reunião de Análise e Previsão Climática para o Nordeste Brasileiro, encerrada hoje na sede da EMPARN, a conclusão é de chuvas abaixo do normal para o período de março a maio de 2016 no setor norte da Região Nordeste. De acordo com os especialistas, a constatação foi feita “diante de um quadro onde persiste o Fenômeno El Niño no Oceano Pacífico e um Oceano Atlântico indefinido, além dos modelos de previsão climática apontarem para chuvas abaixo do normal”.

A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal Sistema Meteorológico responsável pela ocorrência de chuvas no Nordeste. Ela é influenciada pelas variáveis climáticas ligadas aos oceanos Pacífico e Atlântico. Para os meteorologistas, ‘variáveis como a temperatura superficial, vento e pressão atmosférica sobre os oceanos tem forte correlação com as chuvas que ocorrem durante os meses de março a maio sobre a região Norte do Nordeste e, o seu monitoramento possibilita a elaboração de prognósticos mais confiáveis em relação a ocorrência de chuvas, tanto na questão da distribuição temporal como espacial”. A próxima Reunião de Análise e Previsão Climática será realizada em Recife/PE.

CHUVAS NAS ÚLTIMAS 24 HORAS

A gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) registrou chuvas de boa intensidade em vários municípios do Estado no período das 7h do dia 18 às 7h deste dia 19 de fevereiro. O boletim pluviométrico registrou chuvas em 65 postos pluviométricos. Na região Oeste choveu forte em Messias Targino, 59,0 milímetros (mm); Água Nova, 56,0mm; Frutuoso Gomes, 50,0mm e Rafael Godeiro, 48,8mm.

Choveu ainda em Lucrécia, 43,0mm; Felipe Guerra, 30,0mm; Venha Ver, 27,0mm; Viçosa, 21,5mm e Dr. Severiano, 20,5mm; Martins, 20,0mm; Pau dos Ferros e Campo Grande. Choveu forte também em Caicó, 61,4mm; Timbaúba dos Batistas, 57,0mm; São José do Seridó, 30,0mm; Jardim do Seridó, 29,1mm e Ipueira, 26,0mm. Também choveu em São João do Sabugi, Florânia, São Fernando e Pedro Avelino. Em outras regiões choveu em Senador Georgino Avelino, Canguaretama, Pedra Grande, Ceará-Mirim, Nísia Floresta, Taipu, Pureza, Parnanirim, Natal, Baía Formosa e Montanhas.

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