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Moro decreta bloqueio de R$ 128 milhões de Palocci, empresas e dois assessores

o-ex-ministro-antonio-palocci-1465472158211_615x300O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, decretou o bloqueio de até R$ 128 milhões em contas-correntes do ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci e de dois assessores. O bloqueio foi determinado no último dia 12, mas só foi divulgado nesta segunda-feira (26) após a deflagração da 35ª fase da operação, que prendeu Palocci e os assessores.

O bloqueio de bens determinado por Moro foi solicitado pelo MPF (Ministério Público Federal). Segundo as investigações, Palocci e outros integrantes do PT foram beneficiados com o pagamento de recursos de origem ilegal feito pela Odebrecht.

Segundo as investigações, a companhia teria pago em torno de R$ 128 milhões a Palocci e outros agentes do partido. Ainda segundo o MPF, Palocci teria atuado em benefício da empreiteira em temas de interesse da companhia enquanto exercia cargos públicos como o de deputado federal.

Entre os projetos de interesse da Odebrecht que, segundo as investigações, teriam tido a interferência de Palocci está a MP (medida provisória) 460/2009 que resultaria em benefícios fiscais a empresas que exportadoras para Angola, país com no qual a Odebrecht mantém operações.

As informações sobre os pagamentos foram encontradas em uma planilha chamada “Posição Programa Especial Italiano”. O MPF sustenta que o termo “italiano” se refere a Palocci.

Além de Palocci, tiveram suas contas bloqueadas Branislav Kontic, Juscelino Antônio Dourado (ambos assessores de Palocci) e as empresas Projeto – Consultoria Empresarial e Financeira LTDA e J & F Assessoria LTDA (empresa da qual Juscelino é sócio, segundo o MPF).

Moro disse, em seu despacho, que não há problema se o bloqueio determinado por ele atingir valores de origem lícita. “Não importa se tais valores, nas contas bancárias, foram misturados com valores de procedência lícita. O sequestro e confisco podem atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos”, afirmou Moro.

Críticas

O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, criticou a atuação da Operação Lava Jato nesta segunda-feira e fez uma comparação com a ditadura militar.

“Não conheço a acusação porque ela é até o presente momento absolutamente secreta. No melhor estilo da ditadura militar. Você não sabe de nada, não sabe do que está sendo investigado. Um belo dia batem a sua porta e o levam”, disse o advogado antes da entrevista coletiva realizada pela Força-Tarefa da Operação Lava Jato sobre o assunto.

Batochio classificou a ação da Lava Jato como autoritária e arbitrária. “Nós estamos voltando nos tempos do autoritarismo, da arbitrariedade. Qual é a necessidade de prender uma pessoa com domicílio certo, que é médico, que foi duas vezes ministro, que pode dar todas as informações quando for intimado. É por causa do espetáculo?”, indagou Batochio.

UOL

Opinião dos leitores

  1. So Otário para acreditar que esse bandido é inocente… vai dizer que é dinheiro de trabalho honesto

  2. Até onde sei, todo assassino, estuprador, assaltante tem endereço fixo e isso é razão para não ser preso?
    A diferença é que os bandidos menores não tem recursos para pagar um criminalista a preso de ouro.
    Quem desvia R$ 128 milhões deixa de manter, adquirir e viabilizar quantos leitos de hospitais?
    Quem desvia R$ 128 milhões evita que sejam viabilizadas quantas escolas?
    Quem desvia R$ 128 milhões inviabiliza a construção e reforma de quantas delegacias e presídios?
    Com a palavra a vida real?

  3. O PT e Lula são achacadores do povo brasileiro. O Brasil era governado por uma quadrilha de assaltantes, bandidos, ladrões do povo brasileiro comandado por Lula e o PT.

  4. Dr Botochio, o sr tem todo direito de achar q seu cliente foi preso de forma arbitrária…
    Agora,faça jus aos honorários q recebe,e vá contestar na justiça,não na imprensa….

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