Diversos

Brasil é o 5º colocado em novo ranking de países ‘mais ignorantes’ do mundo

O Brasil ficou em quinto lugar na nova edição do ranking que mede o quanto os países têm noção equivocada sobre a própria realidade.

Chamada “Os Perigos da Percepção”, a pesquisa anual é realizada pelo instituto Ipsos. O estudo foi realizado em 37 países e se baseia em entrevistas com pessoas em cada um deles sobre o que elas acham sobre a realidade que vivem. A pesquisa então compara esta percepção com os dados oficiais. Quanto maior a diferença entre percepção e realidade, maior a “ignorância” da população –e por isso o ranking geral foi chamado originalmente de “índice de ignorância”.

A cada edição, o foco das perguntas é diferente –portanto os rankings anuais não podem ser comparados uns aos outros ou serem vistos como evolução–, mas o Brasil esteve entre os líderes de percepção equivocada em todos os anos em que a pesquisa foi realizada. Em 2017, o país aparecia como o segundo país com menos noção sobre a própria realidade, atrás apenas da África do Sul. Um ano antes, ficou em sexto lugar.

Na edição deste ano, o foco das perguntas tratou sobre temas relacionados à formação da população, imigração, segurança, criminalidade, comportamento sexual, violência sexual, saúde, economia, ambiente e outros temas.

Em 2018, o Brasil ficou atrás de Tailândia, México, Turquia e Malásia. Os lugares em que a população tem uma maior noção sobre a realidade em que vivem são Hong Kong, Nova Zelândia, Suécia, Hungria e Reino Unido.

Essa falta de noção dos brasileiros sobre a própria realidade pode afetar até mesmo o funcionamento da democracia, segundo o ex-diretor de pesquisas do Ipsos, Bobby Duffy, autor do livro “The Perils of Perception: Why we’re wrong about nearly everything” (Os perigos da percepção: Por que estamos errados sobre praticamente tudo).

Em entrevista ao blog Brasilianismo, em setembro, Duffy indicou que candidatos extremistas tendem a se beneficiar da falta de noção da realidade.

Ele também explicou que o problema não é exatamente “ignorância”, como dizia a pesquisa originalmente, mas o fato de que as pessoas acreditam ativamente em coisas factualmente erradas, têm uma percepção equivocada da realidade (chamada “misperception” em inglês).

Segundo o livro, é possível ver uma correlação entre o nível de certeza que a pessoa tem sobre sua avaliação e o de percepção equivocada da realidade. Quanto mais certa a pessoa acha que está sobre um determinado tema, mais alta a chance de ela estar errada.

“A questão não é falta de conhecimento, mas que elas acham que estão certas, mesmo que não estejam. São duas coisas diferentes. Percepções erradas são mais difíceis de lidar do que ignorância. Quando as pessoas não têm conhecimento sobre algo, elas podem ser ensinadas. É mais difícil convencer pessoas que acham que sabem algo que na verdade está errado. Mudar a percepção das pessoas é mais difícil”, explicou.

Imigração

Alguns dos dados da pesquisa deste ano foram publicados em reportagem de Flávia Mantovani na Folha nesta sexta (21).

O jornal mostra que os brasileiros acreditam que o país tem muito mais imigrantes do que realmente tem, e que é o quarto país com a percepção mais equivocada em relação à porcentagem de imigrantes, atrás apenas de Colômbia, África do Sul e Peru. A resposta média dos entrevistados é que 30% da população é formada por imigrantes, quando o índice verdadeiro é de aproximadamente 0,4%.

Os brasileiros também acham que o país tem muito mais muçulmanos do que tem na realidade. O palpite médio foi de 16 a cada 100 pessoas, quando o dado oficial é de menos de 1%.

Ouvida pelo jornal, a pesquisadora Elissa Fortunato, vice-presidente de uma ONG que acolhe imigrantes em São Paulo, disse que o aumento dos fluxos migratórios recentemente no Brasil, principalmente de haitianos, sírios e venezuelanos, pode ter contribuído para a percepção superestimada.

“As pessoas passam a acreditar que aquilo é um problema muito maior do que é. Se as fronteiras onde chegam venezuelanos estivessem mais preparadas para recebê-los, por exemplo, o impacto sobre os serviços públicos seria menor e a percepção das pessoas poderia mudar.”

Blog do Brasilianismo – UOL

 

Opinião dos leitores

  1. 16 anos de adoração ao pt só podia mostrar a ignorância brasileira. A maior parte do país ficou vivendo uma fantasia pintada pela publicidade esquerdopata petralha e pagas pelo dinheiro sujo da corrupçao, enquanto nos porões escuros e mal iluminados do país os ratos de camisas vermelhas com estrelas ruiam os pilares da economia e da dignidade da sociedade com seus atos criminosos de superfaturamentos, propinas, desvios de verbas, má versação de dinheiro público, avareza, investimentos inapropriados e sem prioridades, enfim todos os males que a corrupção gera, induzindo a grande maioria, uma visívelmente ignorância, a ponto de mesmo após descoberto toda essa engrenagem maléfica montada pelos governos luladrão/dilmanta, ainda se encontra idiotas a achar que o desmonte da estrutura diabólica, foi uma conspiração das elites e do impérialismo americano. Lamentável!

  2. Lembrei do cara que comentou que Putin é de esquerda, kkkkk. Não é à toa que esse povo estudado do Brasil diz que o nazismo é de esquerda. Não culpo quem não pôde estudar, mas me refiro a quem teve oportunidade de estudar, não estudou e paga de intelectual atrás da sua telinha.

    1. O ranking é coisa de esquerda, assim como o teu comentário, este blog, o papa, Angela Merckel, o PSDB, a KKK, Jesus, Maomé etc

    2. Concordo em gênero, número e grau com você, colega leitor. E acrescento o que disse o escritor Humberto Eco : A internet deu voz aos ignorantes.

    3. Pior é a esquerda brasileira achar que dinheiro desviado dos cofres públicos, não é dinheiro que atenderia as nescessidades básicas dos mais carentes, talvez por adorar ditadores corruptos como chaves, maduro, irmãos Castros, os tiranos das ditaduras da Nicarágua, Coréia do norte e africanas, todos escravisam seus povos, mas incutem nos ignorantes que são aliados contra a classe dos poderosos, entretanto esses inimigos são seus verdadeiros aliados na hora de dilapidar o patrimônio do povo.

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Diversos

Brasil sobe no novo ranking do Índice de Desenvolvimento Humano: com 187 nações, país está em 79ª,junto com (Geórgia e Granada)

2013-675232442-2013-675137894-2013122476266.jpg_20131224.jpg_20131225Foto: Carlos Ivan / Agência O Globo

 O Brasil subiu um degrau no novo ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quinta-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O país ocupa agora a 79ª posição (junto com Geórgia e Granada) numa lista que inclui 187 nações. O IDH está em 0,744, o que mantém o Brasil na categoria de alto desenvolvimento humano, onde também estão outros emergentes como Rússia, China, Turquia e Uruguai. Pelos critérios da ONU, quanto mais próximo o indicador estiver de 1, maior é o desenvolvimento humano.

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH) 2014, o Brasil avançou graças, principalmente, ao aumento da renda e da expectativa de vida da população. O documento aponta que a Renda Nacional Bruta (RNB) per capita do país subiu de US$ 14.081 em 2012 para US$ 14.275 em 2013, enquanto a expectativa de vida aumentou de 73,7 anos para 73,9 anos no mesmo período. O ranking do IDH divulgado em 2014 é relativo ao ano de 2013.

Já os indicadores de educação, que provocaram polêmica com o governo no ano passado, ficaram estáveis. A expectativa de anos de estudo (que significa quanto tempo se espera que uma criança ficará na escola) se manteve em 15,2 anos e a média de anos de estudo, em 7,2 anos. No entanto, o Pnud fez questão de destacar que isso não significa que o Brasil não fez avanços nesse campo.

— O Brasil avançou nas três áreas que compõe o IDH (saúde, educação e renda), mas isso não apareceu na educação porque as bases de dados ainda não captaram essas mudanças — explicou a coordenadora do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Andréa Bolzon.

Segundo o cientista político Simon Schwartzman, presidente do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), apesar de o Brasil conseguir avançar nas três dimensões medidas, ainda encontra dificuldade de dar saltos qualitativos.

— Estamos numa armadilha da renda média. Temos uma renda relativamente alta em relação a países africanos, nossa mortalidade infantil melhorou, as crianças estão na escola, mas o problema é como passar a ter educação de qualidade, como dar o salto — avalia.

No ano passado, o governo brasileiro fez duras críticas ao relatório e à colocação do Brasil no ranking do IDH, porque os dados de educação que haviam sido usados para calcular o índice eram de 2005. A reação do Palácio do Planalto chegou a fazer com que, pela primeira vez, o Pnud recalculasse o IDH do Brasil informalmente para acalmar os ânimos. Este ano, os dados de educação vieram da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2012.

Em 2013, o IDH do Brasil deixava o país em 85º lugar no ranking de desenvolvimento humano. Recalculado pelo Pnud, o indicador passou o Brasil para a 69º posição, mas como a conta era informal, não alterou o relatório.

CRESCIMENTO SUSTENTADO: EVITAR PERDAS

Este ano, o índice passou por novas mudanças metodológicas. Essas alterações, segundo o Pnud, são feitas para aprimorar o IDH e recalculam os números de todos os países desde 1980. Assim, a colocação do Brasil do ano passado ficou na 80ª posição e agora subiu para o 79º lugar.

O RDH 2014 se intitula “Sustentar o Progresso Humano: Reduzir as Vulnerabilidades e Reforçar a Resiliência”. Segundo o representante do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, o documento alerta para os riscos de os países perderem os avanços que já conseguiram em desenvolvimento humano em função de problemas como desastres naturais, crises econômicas e conflitos. Por isso, defende que as nações adotem políticas de proteção social.

— A crise (financeira) internacional (iniciada em 2008) cortou pela metade o desenvolvimento social — alertou Jorge Chediek, lembrando que o desenvolvimento humano continuou avançando no mundo, mas perdeu fôlego após 2008.

Segundo o RDH 2014, 18 países ganharam posições no ranking do IDH, que é liderado pela Noruega, cujo índice é de 0,944. A expectativa de vida de um cidadão norueguês é de 81,5 anos. Já a RNB per capita é de US$ 63.909. Em média, a população tem 12,6 anos de estudo e uma expectativa de 17,6 anos de estudo.

Outros 114 países se mantiveram na mesma posição do ranking e 35 caíram, entre eles, Síria e Venezuela. Na lanterna do IDH está o Níger, cujo índice é de 0,335, com uma expectativa de vida de apenas 58,4 anos e uma RNB per capita de US$ 873.

De acordo com o relatório, apenas cinco países da América Latina e Caribe ganharam posições no ranking do IDH. Além do Brasil, subiram na lista Chile (que está entre as nações com desenvolvimento humano muito alto – 0,822), Panamá, Suriname e Uruguai. Mas o Brasil tem um índice acima da média da região, que é de 0,740. Já entre as nações que integram o Brics, o Brasil fica na segunda colocação, perdendo apenas para a Rússia, que está em 57º lugar e tem um IDH de 0,778.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. É só muita conversa mole, muitas manipulações de metodologia e muito dinheiro gasto, mas os resultados são sempre medíocres.
    E agora deve piorar um pouco mais com os péssimos resultados da economia brasileira.
    O povo brasileiro não merece um governo tão incompetente como esse do PT.

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