Cultura

Globo não descarta voltar com a Globeleza nua em 2018

Sai o corpo nu e entra o Carnaval da diversidade de ritmos. A primeira exibição da vinheta Globeleza, no último domingo (08), surpreendeu o país. Pela primeira vez desde sua criação, em 1991, o símbolo do Carnaval da Globo, apareceu menos sexualizada.

“Nosso objetivo com a vinheta deste ano é representar a diversidade do Carnaval brasileiro, espelhando a festa que toma conta do país nesta época do ano. Chegamos a este formato unindo o já tradicional samba de avenida a outros ritmos como o frevo, o axé, o maracatu e o bumba-meu-boi. Para isso, usamos elementos como a coreografia e o figurino para marcar esses ritmos”, explicou a Central Globo de Comunicação à coluna.

Questionada, a emissora não descarta a volta ao vídeo da valorização do corpo em 2018: “Ainda não estamos trabalhando nas vinhetas do próximo ano, mas a nossa busca é surpreender o público sempre”.

Sobre reinventar um símbolo tão tradicional no carnaval da TV, a Comunicação da Globo responde: “O símbolo é o Carnaval Globeleza, que representa a alegria da festa mais popular do país e uma folia curtida com respeito, entre amigos, sem lixo no chão, sem violência e sem xixi na rua. Trouxemos à vinheta desse ano a diversidade de outros ritmos, ampliando o significado do Carnaval Globeleza, uma marca importante da Globo”.

A emissora comemora a repercussão positiva: “A boa acolhida da nova vinheta mostra que estamos no caminho certo e que o público entrou nesta festa conosco”.

A nova vinheta Globeleza é um trabalho do experiente diretor de arte Alexandre Romano, responsável pela criação e execução de várias aberturas de produtos da TV Globo, entre elas “Cheia de Charme”, “Hoje é Dia de Maria” e “Sangue Bom”.

“Depois da gravação tivemos um extenso trabalho de pós-produção e efeitos visuais, para fazer funcionar o efeito de troca de dançarinos na edição picotada, e para inserir os objetos cenográficos e os confetes virtuais”, contou o profissional com exclusividade para a coluna.

Confira abaixo entrevista exclusiva com o diretor de arte Alexandre Romano:

Quando foi gravada a vinheta? Quanto tempo durou? O que deu mais trabalho na gravação?

Alexandre Romano: Gravamos em dezembro do ano passado, depois de meses de estudos de linguagem e pré-produção. A gravação em si levou cerca de 10 horas. Foram muitas combinações de figurinos e dançarinos na mesma coreografia. Cada figurino com sua particularidade de movimento e limitação. Depois da gravação tivemos um extenso trabalho de pós-produção e efeitos visuais, para fazer funcionar o efeito de troca de dançarinos na edição picotada, e para inserir os objetos cenográficos e os confetes virtuais. Os elementos 3D, além de reagir ao cenário de forma realista, ainda acompanham os movimentos de câmera.

O processo de criação fica limitado algumas vezes devido ao politicamente correto?

Alexandre Romano: O processo de criação é sempre um desafio. Passar uma mensagem de forma original torna o desafio ainda mais gratificante.

De todas as vinhetas criadas por Hans Donner para a Globeleza, qual você mais se identifica? Por quê?

Alexandre Romano: O trabalho do Hans Donner inspirou gerações e ficará para sempre na memória afetiva do brasileiro. O uso da tecnologia aliada à arte de forma criativa é com o que eu mais me identifico no conjunto de sua obra.

Na Telinha, UOL

 

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