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Contas externas registram superávit de US$ 1,4 bi em março, o melhor resultado em 12 anos

Colheita de soja numa plantação no Paraná – Guito Moreto / Agência O Globo

As contas externas do país fecharam março no azul pela primeira vez em quase um ano. As chamadas transações correntes – resultado de todas as trocas de serviços do comércio do Brasil com o resto do mundo – apresentaram superávit de US$ 1,4 bilhão por causa do efeito da alta de preços de commodities. Foi o melhor desempenho para meses de março desde 2005.

De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central, nos 12 meses encerrados em março, as transações correntes registraram um resultado negativo de US$ 20,6 bilhões. Isso representa 1,10% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).

A balança comercial mais forte por causa da alta das commodities suprimiu os efeitos de alta de despesas como, por exemplo, as viagens internacionais. Os gastos de turistas brasileiros no exterior subiram 19%. Somente no mês passado, eles deixaram US$ 1,5 bilhão.

Outra conta que ficou no vermelho foi a de aluguel de equipamentos. O déficit foi de US$1,6 bilhão em março: redução de 8,5% comparativamente ao mesmo mês do ano anterior. Isso é considerado pelos economistas um mau sinal, já que isso representa menos atividade no país.

Os investimentos estrangeiros no Brasil, por sua vez, aumentaram 28% em março. Entraram no país US$7,1 bilhões. O destaque foi o ingresso de US$4,2 bilhões na modalidade participação no capital. Ou seja, os estrangeiros estão comprando ações de empresas brasileiras que estão baratas.

Nos últimos 12 meses, entraram no Brasil US$ 85,9 bilhões. Isso equivale a 4,62% do PIB.

O Globo

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