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Moonlight vence, mas anunciam La La Land: Oscar 2017 comete gafe histórica por causa de envelope errado; veja vencedores

Por interino

Envelope segurado por Warren Beaty continha a inscrição de melhor atriz (“actress in a leading role”, em inglês). Imagem: Reprodução/Twitter

O musical “La La Land: Cantando Estações”, de Damien Chazelle, e o drama “Moonlight: Sob a Luz do Luar”, de Barry Jenkins, venceram as principais categorias da 89º edição do Oscar. A cerimônia foi marcada por um erro no anúncio do principal prêmio da noite, o de melhor filme. O apresentador, Warren Beatty, havia anunciado que o vencedor era “La La Land”, mas o premiado foi “Moonlight”.

Constrangido, Beatty afirmou que se confundiu ao ler o nome “Emma Stone” e que estaria com o papel errado nas mãos – o que indicaria o vencedor de melhor atriz, em vez do de melhor filme. Stone afirmou que o envelope com seu nome estava sob sua tutela o tempo todo.

O mistério foi solucionado horas depois em comunicado divulgado pela PricewaterhouseCoopers, empresa de auditoria responsável pela confecção dos envelopes para leitura dos vencedores.

“Pedimos sinceras desculpas a ‘Moonlight’, ‘La La Land’, Warren Beaty, Faye Dunaway e aos espectadores do Oscar pelo erro que foi cometido durante o anúncio de Melhor Filme. Os apresentadores receberam por engano o envelope da categoria errada e, quando descoberto, o erro foi imediatamente corrigido. Estamos investigando como isso pode ter acontecido e sentimos profundamente pelo ocorrido”, diz o texto, que agrade “aos indicados, à Academia, à [rede de TV] ABC e [ao apresentador] Jimmy Kimmel pela maneira como lidaram com a situação”.

Os premiados

“La La Land: Cantando Estações”, de Damien Chazelle, foi o maior vencedor da 89º edição do Oscar: venceu em seis categorias. O musical levou os prêmios de melhor direção (Damien Chazelle), atriz (Emma Stone), fotografia, trilha sonora, canção original e direção de arte.
“Moonlight: Sob a Luz do Luar”, por sua vez, venceu nas categorias de melhor filme, roteiro adaptado e melhor ator coadjuvante (Mahershala Ali).

Antes de a noite começar, “La La Land” já havia batido o recorde de maior número de indicações: concorria em 14 categorias, feito só alcançado antes por “A Malvada” (filme de 1950), de Joseph L. Mankiewicz, e “Titanic” (1997), de James Cameron.

O favoritismo do filme foi ampliado ao vencer sete categorias do Globo de Ouro (incluindo melhor filme de comédia ou musical e diretor) e cinco categorias do Bafta, o Oscar britânico (uma vez mais, melhor filme e diretor).

Política

Além das menções, veladas ou não, a Donald Trump (o mexicano Gael García Bernal citou muros ao apresentar a categoria de “melhor animação”), novo presidente dos Estados Unidos, um momento bem politizado da cerimônia foi a categoria de melhor filme em língua estrangeira.

O vencedor foi o iraniano “O Apartamento”. O diretor do longa, Asghar Farhadi, não compareceu à cerimônia, em boicote ao veto migratório do presidente americano contra cidadãos do Irã e de outros seis países de maioria muçulmana.

Uma carta enviada por Farhadi foi lida para pontuar a razão de ele não estar lá. Um trecho dela diz: “Minha ausência é em respeito às pessoas do meu país e dos outros seis países que foram desrespeitados pela lei dos Estados Unidos, que proíbe a entrada no país. Dividir o mundo entre nós e os inimigos cria medo, justifica guerras”.

“Pegadinha” com turistas

Apresentado pelo comediante Jimmy Kimmel, o Oscar teve uma “pegadinha” com turistas. Eles estavam participando de uma excursão no prédio do teatro Dolby, onde é realizada a entrega do prêmio, e acabaram entrando, sem prévio aviso, no meio da cerimônia.

Surpreendidos, os turistas tiraram fotos das estrelas e até interagiram com alguns que estavam sentados nas primeiras fileiras. Ryan Gosling, muito simpático, e Mahershala Ali, que venceu como melhor ator coadjuvante, foram os que mais interagiram.

Em outro momento de humor, Kimmel reclamou que, após mais de duas horas de cerimônia, Donald Trump não havia tuitado uma única vez. Aproveitou para tuitar uma mensagem para o presidente norte-americano: “ei, você está acordado?”.

Brasileiros: Babenco, Lázaro Ramos e Seu Jorge

O diretor brasileiro Hector Babenco foi lembrado no momento da cerimônia que homenageou os artistas que morreram desde o último Oscar.

Um pouco antes, Lázaro Ramos e Seu Jorge apareceram, entre outros artistas, para comentarem seus filmes favoritos.

Ramos citou “O Poderoso Chefão” e “Faça a Coisa Certa”, enquanto Seu Jorge lembrou “E.T.”.

Animações

“Zootopia – Essa Cidade é o Bicho”, de Byron Howard e Rich Moore, ficou com o prêmio de melhor animação.

O prêmio para animação em curta-metragem ficou com “Piper”, de Alan Barillaro, exibido antes de “Procurando Dory”.

Confira os vencedores do Oscar 2017:

(mais…)

Opinião dos leitores

  1. Se esta postagem fosse sobre Lula teria neste momento 22 comentários…mas é sobre cinema…pouco importa, cultura é pouco consumido no Brasil…já o ódio escorre pelas mãos dos brasileiros.

    1. Ódio a um ladrão também é normal em grandes países,como os EUA

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