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Polêmico aplicativo de terapia no Brasil oferece aconselhamento psicológico com mensalidade de 300 reais

A busca por aconselhamento psicológico por meio de aplicativos, mais madura nos Estados Unidos, ainda está começando no Brasil. O primeiro app do gênero se chama FalaFreud e foi lançado no ano passado.

Após causar alvoroço no Conselho Federal de Psicologia e na comunidade acadêmica, o app mudou seu posicionamento e deixou de chamar os profissionais de “psicólogos” em favor do termo “terapeutas”. Ainda assim, a empresa, fundada por empreendedores brasileiros que vivem em São Paulo e no Vale do Silício, diz ter um criterioso processo seletivo de terapeutas.

Segundo dados obtidos por EXAME.com, os principais usuários que decidiram pagar a mensalidade para ter acesso ao aconselhamento psicológico via app são de São Paulo, Rio e Belo Horizonte. Alguns brasileiros dos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Inglaterra também adotaram a plataforma.

Os principais motivos que levaram as pessoas a procurar o FalaFreud foram angústia e tristeza; ansiedade exagerada e esgotamento emocional. Essas pessoas têm o primeiro contato com um terapeuta por meio do aplicativo e, em muitos casos, têm vergonha de procurar um profissional para atendimento presencial.

As mulheres representam hoje 78% do público do FalaFreud, contra 22% dos homens. A maior parte delas é casada ou está em um relacionamento e apenas 6% têm renda mensal superior a 5.500 reais. A maioria (60%) ganha menos de 1.000 reais.

O preço médio dos honorários estabelecidos pelo Conselho Federal de Psicologia para a psicoterapia individual é de 118,18 reais. Ou seja, por 300 reais ao mês, o FalaFreud oferece acesso ao atendimento terapêutico – ainda que os resultados não sejam iguais aos de um atendimento presencial tradicional com um psicólogo.

Pessoas com desordens psíquicas que requerem mais atenção não devem utilizar o aplicativo. Nesses casos, a triagem feita pelos profissionais do FalaFreud é responsável por identificar e indicar o atendimento presencial com um psicólogo.

Especialistas consultados por EXAME.com disseram que depender somente do aplicativo em casos de depressão avançada, por exemplo, pode representar um grande risco para a pessoa. Nesse e em vários outros casos, a orientação com um psicólogo profissional é indicada.

Esse WhatsApp da terapia também planeja atendimento por vídeo dentro do app. Por enquanto, o aconselhamento psicológico acontece por texto e também por áudio. O app tem versões para smartphones Android e iPhones.

Veja o vídeo de divulgação do app aqui em texto na íntegra

Exame

 

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