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SE LIGA, RN: Após nova medição, PI buscará junto ao Guinness título de maior cajueiro do mundo

img_4054 (Foto: Gilcilene Araújo/G1)

Após nova medição, o Piauí vai buscar junto ao Guinness Book, livro dos recordes, o reconhecimento do maior cajueiro do mundo. A informação é do secretário estadual de Turismo, Flávio Nogueira Júnior, depois da conclusão do estudo feito pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Segundo os pesquisadores, que o Cajueiro Rei, situado em Cajueiro da Praia, possui 8.832 m² de área. Atualmente, o título é do Rio Grande do Norte.

O estudo chegou a conclusão que a partir da região analisada, o Cajueiro Rei do Piauí é um único pé de caju com total de 8.832 m² com 732m de comprimento, todo ele a partir de um gene como uma única espécie em sequência. “O laudo feito pela equipe traz essa constatação e vamos agora fazer o contato com a equipe do Guiness”, comentou o secretário de Turismo, Flávio Nogueira Júnior.

Para o secretário não haverá dificuldades para obter o reconhecimento, já que há o estudo de Fabrício Pires, doutor em farmacologia, Francisco Soares, doutor em Botânica e Caio Reis, mestre em ecologia comprovam o recorde. “A equipe fez um estudo amplo na área e emitiu o laudo de que é o maior cajueiro do mundo com toda a comprovação”, afirmou o secretário.

A equipe do Guiness deve comparar a comprovação do tamanho do Cajueiro Rei no Piauí com o cajueiro potiguar que consta no Livro dos Recordes, desde 1994, como o maior do mundo, com 8.500m².

“Ter o tamanho é importante, mas se houvessem outras plantas não seria o maior exemplar porque não seria o mesmo indivíduo”, disse Fabrício Pires, doutor em farmacologia que participou do estudo. Na pesquisa ficou comprovado que trata-se apenas de uma planta.

Padrão genético

As primeiras amostras de material genético da planta foram colhidas em junho deste ano, afim de estabelecer um padrão genético. “Fizemos várias viagens ao local com a colega e extração de DNA para sequenciamento genético a fim de saber se era a mesma composição, a mesma planta”, explicou o doutor em farmacologia. O estudo foi realizado em conjunto com um laboratório de São Paulo que comprovou o perfil idêntico entre as amostras como parte de um mesmo cajueiro.

A pesquisa foi feita a partir da extração das folhas de cinco pontos diferentes do Cajueiro Rei. Depois as amostras foram submetidas a outros estudos que levassem ao objetivo final. No cajueiro foram recolhidos ainda pontos com coordenadas geográficas com o uso do aparelho GPS, com a observação de as áreas da copa da planta na qual foram utilizados programas de mapeamento como Google Earth Pro e Arc Giz.

Os resultados do estudo foram submetidos a publicações internacionais e os pesquisadores aguardam respostas para publicação da pesquisa. “Esse trabalho foi submetido à revista Nature, mas como eles privilegiam a inovação nos recomendaram publicar em outra revista, da qual aguardamos resultados, comentou Fabrício Pires acrescentando que outros projetos serão desenvolvidos para estudar os cajueiros da região.

Corte criminoso

Tombado por lei municipal e localizado em área de domínio da União, o Cajueiro Rei, localizado na cidade de Cajueiro da Praia, teve uma parte de seus galhos cortada de forma irregular. O caso foi denunciado para a Polícia Civil em Parnaíba, no litoral do Piauí, que vai investigar a queixa.

Segundo o secretário de Turismo da cidade, Marcos Cazuza, uma parte da planta foi cortada para que fosse feito um acesso para um terreno particular.

G1 – PI

 

Opinião dos leitores

  1. Em casa onde falta o pão, todos gritam e ninguém tem razão… É o caso de Piauí e Rio Grande do Norte, dois entre os três mais pobres estados do Nordeste brasileiro.

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RN e PI brigam por título de ‘maior cajueiro do mundo’ , destaca Folha de SP

15179313Foto: Kairo Amaral – Meio Norte – PI

Um exército de biólogos e agrônomos prepara suas armas e está prestes a entrar no campo de batalha para uma guerra fratricida entre dois Estados nordestinos.

De um lado, o Piauí; do outro, o Rio Grande do Norte. O motivo da peleja é uma árvore gigante que produz toneladas do que não é nem fruta, mas um pedúnculo: caju.

Cajueiro da Praia (PI), cidade de 6.000 habitantes cercadas de dunas e falésias, é a desafiante anônima da famosa Parnamirim (RN), que em 1995 entrou para o “Guinness Book”, o livro dos recordes, como a dona do “maior cajueiro do mundo”.

Os dois cajueiros possuem uma copa maior que as medidas oficiais de um campo de futebol padrão Fifa.

O Cajueiro de Pirangi, no Rio Grande do Norte, tem 8,5 mil metros quadrados, enquanto o Cajueiro-Rei, do Piauí, tem alegados 8,8 mil metros quadrados, que ainda carecem de comprovação.

As árvores gigantes são resultado de uma anomalia que faz com que os galhos cresçam para os lados. Com o próprio peso, eles atingem o chão e criam novas raízes, que crescem como se fossem uma outra árvore

15179314Foto: Rodrigo Capote – UOL

EM BUSCA DE PROVAS

A origem da polêmica data de 2010, quando o engenheiro agrônomo Welington Rodrigues de Souza mediu o cajueiro do Piauí e disse que ele superava o potiguar.

Agora, o governo piauiense decidiu contratar a Universidade Federal do Piauí para fazer um estudo genético e comprovar que o cajueiro gigante é uma única árvore. Depois, vai bancar auditorias independentes para pleitear o título de maior cajueiro do mundo no “Guinness Book”.

“Vamos para cima. O plano é fazer os estudos necessários e buscar reconhecimento internacional para o nosso cajueiro”, diz o secretário estadual de Turismo do Piauí, Flávio Nogueira.

O governo ainda não tem estimativas de custo.

CONTRAOFENSIVA

No Rio Grande do Norte, a iniciativa dos concorrentes é vista com ceticismo. Mesmo assim, os potiguares preparam uma contraofensiva, intensificando as ações em torno do seu cajueiro, que recebe cerca de 500 mil visitantes por ano e cobra R$ 8 (ou R$ 4 a meia) pela entrada. A cidade tem 202 mil habitantes.

“Se os concorrentes querem ter o maior cajueiro, vão ter que provar”, provoca o secretário de Turismo de Parnamirim, Laizomar Wanderley.

Segundo ele, o Cajueiro-Rei do Piauí só será maior no dia em que a árvore de Pirangi parar de crescer. “E isso não vai acontecer”, diz.

Para garantir, a prefeitura construiu um caramanchão para que a copa da árvore cresça por cima da estrada. O município também estuda desapropriar e demolir casas na região para abrir espaço.

ALMA DO NEGÓCIO

Como toda ação de marketing que se preze, a guerra pelo maior cajueiro já tem seus garotos-propaganda.

No Rio Grande do Norte, a campanha tem o apoio de Tom Rodrigues, 30, conhecido como Tom do Cajueiro. Hoje empresário, Tom foi guia turístico mirim no local nos anos 90 e ganhou notoriedade após participar de um programa de Regina Casé.

“O Piauí pode até reivindicar, mas a gente ganha essa com certeza. Não existe cajueiro maior, mais bem cuidado e amado do que o nosso”, garante ele.

Do lado piauiense, o publicitário e ecoaventureiro Alcide Filho defende a união dos conterrâneos em torno da causa: “A disputa está ganha. Majestade é só uma e nós temos o Cajueiro-Rei”. E chama para a briga: “Podem vir quentes que estamos fervendo”.

Folha de SP

Opinião dos leitores

  1. Duas cidades que pertencem a estados atrasados economicamente e politicamente brigando pelo título de abrigar o maior cajueiro do mundo.
    Quando a mentalidade dessas pessoas evoluírem, talvez elas passem a discutir para ver qual a cidade que tem mais educação de qualidade, mais saúde, mais desenvolvimento, mais indústrias, mais doutores.

  2. RN não ganha nem par ou ímpar. Estado fraco demais. Até um pé de caju?? Cadê Henrique pra salvar o Estado?? Kkkkkkkk

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