O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite de sábado retirar trechos das campanhas da presidente e candidata à reeleição do PT, Dilma Rousseff, e do candidato do PSDB, Aécio Neves. No caso da propaganda petista, o tribunal determinou a suspensão do trecho em que a campanha cita a recusa de Aécio em fazer o teste do bafômetro, durante uma blitz da polícia do Rio de Janeiro. O TSE também acatou o pedido de Aécio, que acusou o PT de atacar sua honra ao insinuar que ele tenha recusado o bafômetro por estar embriagado.
No caso da propaganda do tucano, a suspensão é de trechos em que o irmão de Dilma, Igor Rousseff, é citado por ter sido contratado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel (eleito governador de Minas Gerais), para um cargo público, sem jamais ter aparecido para trabalhar.
Os dois casos – tanto da blitz de Aécio quanto da contratação de Igor – foram usados pela troca de ataques entre Aécio e Dilma no último debate presidencial, exibido pelo SBT na última terça-feira.
Já a decisão de retirar do ar trechos da propaganda de Aécio foi tomada pelo ministro Admar Gonzaga, também no sábado à noite. A propaganda dizia que Igor Rousseff “foi nomeado pelo prefeito Fernando Pimentel, no dia 20 de setembro de 2003, e nunca apareceu para trabalhar”. A defesa de Dilma apresentou na ação declarações do ex-prefeito Fernando Pimentel, eleito governador de Minas Gerais no primeiro turno, segundo o qual o irmão da presidente trabalhava de forma regular.
Na representação ao TSE, a coligação de Dilma afirmou que Aécio Neves utilizou trechos editados do debate realizado pelo SBT, na quinta-feira, “com a nítida intenção de degradar a imagem, a honra e a dignidade da candidata, caluniando Dilma Rousseff, que à época da nomeação de seu irmão na prefeitura de Belo Horizonte nem sequer era presidente da República”.
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As críticas da campanha da presidente Dilma, nos comerciais de TV, estão colando em Aécio Neves. As pesquisas qualitativas revelam, segundo analistas políticos, que os ataques fizeram a rejeição de Aécio ficar maior que a de Dilma. Por isso, os tucanos querem paralisar essa ofensiva e estão requerendo ao TSE que tire o adversário do ar ou lhes dê o direito de resposta.