A polícia da Suíça prendeu nesta quarta-feira sete dirigentes da Fifa e indiciou mais oito por corrupção em um hotel em Zurique, onde membros da organização estavam reunidos para a eleição para a presidência da entidade que pode dar a Joseph Blatter um quinto mandato. Segundo a rede BBC, entre os presos estão o brasileiro José Maria Marin, membro do comitê da Fifa; Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman, chefe da confederação da Concacaf; o uruguaio Eugenio Figueredo, presidente da Conmebol e vice-presidente da Fifa; Jack Warner, de Trinidad e Tobago, ex-vice-presidente da Fifa e ex-presidente da Concacaf; e Eduardo Li, presidente da Federação da Costa Rica, Costas Takkas, ex-secretário-geral da Federação de Futebol das Ilhas Cayman, Julio Rocha, presidente da Federação de Futebol da Nicarágua, e Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos planeja anunciar acusações de corrupção contra dirigentes da Fifa. Até 14 pessoas devem ser acusadas nesta quarta-feira em uma corte federal em Nova York.
Blatter não está entre os acusados, mas está sendo investigado. Funcionários próximos a Blatter devem estar entre os que serão indiciados. As acusações são o resultado de uma investigação de três anos do FBI.
Segundo o “The New York Times”, as acusações estão relacionadas a um grande esquema de corrupção dentro da Fifa nos últimos 24 anos, envolvendo corrupção, fraude, extorsão, lavagem de dinheiro e propinas no valor de US$ 150 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ligados a Copas do Mundo e acordos de marketing e transmissão de jogos pela televisão. Os mundiais da Rússia (2018) e do Qatar (2022) são alvos da investigação dos agentes americanos.
Ainda de acordo com o jornal americano, os suspeitos deverão ser transferidos para os Estados Unidos.
ELEIÇÃO E COPAS MANTIDAS
A eleição para a presidência da Fifa acontecerá na próxima sexta-feira, como estava previsto, apesar da revelação de um novo caso de corrupção na entidade, anunciou em uma entrevista coletiva Walter De Gregorio, diretor de comunicação da entidade.
— O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral, Jérôme Valcke, não estão envolvidos no caso — afirmou De Gregorio, que disse que a Fifa irá cooperar com as autoridades.
O diretor de comunicação da entidade disse que a operação “é boa para a Fifa”.
– Isso para a Fifa é bom. Não é bom em termos de imagem e reputação, mas é bom em termos de limpeza (da entidade). Para nós, mais uma vez, não é bom dia e temos outras coisas dcom que lidar também, mas em outras palavras também é um bom dia. O processo está andando e estamos de olho nos resultados futuros.
De Gregório descartou que as Copas de 2018 e 2022 não sejam jogadas nos países previamente escolhidos
O Globo
E a lista de FURNAS?
É muito bom que tenha acontecido essas prisões e que as investigações cheguem ao Brasil para finalmente vermos essa cambada de dirigentes corruptos na cadeia. Política e futebol tem muita coisa em comum e a corrupção é a principal coincidência. Se investigarem a fundo não ficará um para contar a história.