Os vereadores da câmara Municipal do Natal aprovaram, em segunda discussão, o projeto de lei do vereador Maurício Gurgel (PHS) que dispõe sobre a destinação de 10% (dez por cento) da grade musical de cada programa das emissoras de rádio AM e FM na cidade do Natal a divulgação de trabalhos e obras de músicos e compositores natalenses.
“Este projeto surge do nosso mandato interativo. Tomamos cuidado de pensar no artista de nossa terra, garantindo que essa lei não seja jogada para sua execução só na madrugada ou outros períodos de baixa audiência. A lei também prevê uma fiscalização para que as rádios não procurem burlar a lei. É um projeto que já funciona em outras cidades e visa valorizar o artista da casa”, explicou o vereador propositor.
Os parlamentares aprovaram ainda, em primeira discussão, o projeto de lei do vereador Dagô Andrade (DEM) que Institui o registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem Patrimônio Cultural Natalense, cria o Programa Municipal do Patrimônio Imaterial.
Ao final da sessão, o presidente Albert Dickson (PROS) anunciou aos vereadores que a câmara fará na próxima quarta-feira (23) um curso que será aplicado aos chefes de gabinete de cada parlamentar para passar as instruções sobre a regulamentação e utilização de verba indenizatória, que passará a valer a partir de 1º de maio.
Foi anunciada ainda a primeira reunião da CEI da bilhetagem eletrônica, a ser realizada nesta quarta-feira (16) a partir das 14horas na presidência. Foram definidos ontem (14) os nomes dos cinco integrantes que irão compor a CEI. São eles: Aroldo Alves (PSDB), Franklin Capistrano (PSB), Hugo Manso (PT), Marcos Antônio (Psol) e George Câmara (PC do B), que propôs a instauração da comissão na semana passada.
“Uma CEI é uma forma de assegurar a função fiscalizadora do legislativo. Nosso objetivo é investigar porque não foi cumprida a lei da bilhetagem eletrônica. Não é acusar ou defender, é investigar. Existe um descumprimento da legislação, pois a lei tem seis meses e meio e o decreto do prefeito tem dois meses e cinco dias”, explicou o propositor da Comissão, George Câmara.
Só assim para estes "renomados e ultramegablaster talentosos artistas" conseguirem expor as suas "músicas fantásticas", pois a mídia sulista capitalista opressora, não enxerga este veio de ouro que são os cantores da terra.
Como todo mundo sabe, este é o país dos 10/20%, sejam em propinas ou em cotas das mais variadas, como esta que determina agora a tal lei. Não sei, meu caro editor, cultura goela abaixo… Não dá! Não entra! Pode parecer bacaninha, politicamente correto, mas não dá. Nunca que eu gostaria de ver um trabalho meu comprado ou veiculado por força de uma lei. Cada obra tem que se impor pela sua qualidade intrínseca de tudo o que ela representa, e não por imposição do que quer que seja. O artista verdadeiramente artista não precisa disso, que não deixa de ser uma tutela. Artista tutelado é meio caminho para o fracasso. O que é bom é bom aqui e em Madagascar. Se não presta, meu irmão, paciência: nem por decreto.
O que falta agora? Obrigar a população a ouvir os “artistas da terra”? conheço esse meio e a panela vai continuar a mesma, vai beneficiar quem tem conchavo. O artista que é bom não precisa disso. Tem artistas desses ai que, pra entender o que ele canta o cara tem que ser formado em astrofísica, tamanha complexidade de sua letra/arranjo.
Acho que os amigos que comentaram ai em cima não são da classe e por isso reclama, vocês não sabem o quão desleal é esse meio, e muito menos os esforços dos nossos "bons" artistas qye gravam o seu material e não tem quem divulgue… acho que a população de Natal não consume o que é daqui, pq é preferível divulgar as músicas baianas e norte americana.