POR ESTADÃO
Após uma disputa acirrada por uma cadeira no Senado pelo Estado do Alabama, o candidato democrata Doug Jones venceu nesta terça-feira,12, a eleição no Alabama para uma cadeira no Senado, o que encolheu a maioria do governo na Casa e impôs uma derrota humilhante a Donald Trump e à corrente insurgente do Partido Republicano que o levou à presidência no ano passado. Segundo a agência de notícias Associated Press, quando as urnas estavam com 99% dos votos apurados, Jones liderava com 49,5% dos votos contra 48,8% de Moore.
Por uma margem estreita, os eleitores de um dos mais conservadores Estados americanos rejeitaram a candidatura de Roy Moore, um evangélico extremista acusado de ter molestado sexualmente adolescentes na década de 70, quando ele tinha mais de 30 anos. A mais jovem das supostas vítimas tinha 14 anos na época.
Apesar das alegações, Trump colocou o peso da presidência atrás de Moore e sofreu uma derrota crucial no Estado em que obteve 63% dos votos na eleição de 2016, uma vantagem de 28 pontos sobre sua adversária, Hillary Clinton. Jones conseguiu a façanha de ser o primeiro democrata a vencer uma disputa para o Senado no Alabama em 25 anos.
O resultado vai energizar os opositores de Trump, que já haviam conseguido vitórias expressivas em eleições regionais realizadas no dia 7 de novembro, quando levaram com margens superiores às previstas os Estados de Virgínia e New Jersey e várias prefeituras do país.
Na origem das vitórias democratas está a mobilização da mesma coalizão que levou Barack Obama à Casa Branca em 2008 e 2012: jovens, mulheres, negros e minorias. Moore venceu nas áreas rurais do Alabama, mas foi derrotado nos centros urbanos e em muitos dos condados médios nos quais Trump prevaleceu no ano passado.
A chegada de Jones ao Senado reduzirá a maioria do governo Trump na Casa a apenas 51 dos 100 votos, o que deve dificultar a aprovação de medidas que não contem com o apoio unânime do Partido Republicano.
Mesmo com dois votos de vantagem, a agenda presidencial enfrentou dificuldades no Senado. A proposta de rejeição do Obamacare, por exemplo, naufragou por uma diferença de apenas um voto, depois que três republicanos se manifestaram contra sua aprovação.
Jones é um ex-procurador célebre por ter conseguido a condenação, na década passada, de dois membros da Ku Klux Klan que explodiram uma igreja negra em Birmingham nos anos 60, provocando a morte de quatro meninas.
As acusações de abuso sexual contra Moore foram amplificadas por uma sucessão de casos que levaram à renúncia de parlamentares republicanos e democratas e ao afastamento de jornalistas e de celebridades de Hollywood, na esteira do movimento #MeToo (#EuTambém).
Na véspera da eleição do Alabama, três mulheres que acusaram Trump de assédio sexual na campanha de 2016 reiteraram suas alegações e pediram que o Congresso abra uma investigação sobre a conduta do presidente. Trump gravou mensagens de apoio a Moore, realizou um comício na sexta-feira em uma cidade da Flórida próxima do Alabama e pediu votos para Moore em entrevistas e mensagens no Twitter.
“O povo do Alabama fará a coisa certa. Doug Jones é pró-aborto, fraco em crime, Forças Armadas e imigração ilegal, ruim para donos de armas e veteranos e contra o MURO”, escreveu na mídia social no momento em que os eleitores começavam a ir às urnas. “Roy Moore sempre votará conosco. VOTE EM ROY MOORE!”
Às 23h10 (2h10, horário de Brasília), Trump congratulou Jones pela vitória no Twitter. O presidente observou que o resultado foi influenciado pelo fato de que parte dos eleitores (1,7%) escreveram nomes de outros candidatos na cédula. “Mas uma vitória é uma vitória”, reconheceu.
“Parabéns a Doug Jones nesta vitória disputada. Os votos da cédula desempenharam um fator muito importante, mas uma vitória é uma vitória. O povo do Alabama é grande, e os republicanos terão outra chance com este assento, em um período muito curto de tempo. Isso nunca acaba!”, disse o presidente.
Se essa derrota de Trump (por 49,5% a 48,8%) é considerada "humilhante", imagine a que o PT sofreu nas eleições municipais do ano passado. Praticamente foi banido do mapa eleitoral brasileiro.
Sim humilhante porque Trump ganhou o estado em 2016 com 62 % dos votos…..
Grande derrota humilhante… "49,5% dos votos contra 48,8%"
Esse trump é um maluco mesmo. Mas dizer que 49 a 48 %é humilhante, acho que perderam a aula de porcentagem. Kkkkkkkkk
ô vontade da imprensa em sujar o nome de Trump…..se conformem comunistas kkkkk