O caso de um médico e oficial reformado da Marinha, que está sendo acusado de tentar matar o próprio filho, em dezembro de 2010, voltou a ser debatido na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte, na manhã desta terça-feira (23). Os desembargadores julgaram um Recurso em Sentido Estrito, através do qual a defesa pedia uma desqualificação da pena inicial, tese que não foi aceita.
O médico e ex-militar, Waldemir Joaquim de Santana, foi exposto pela defesa como um idoso que, ao disparar contra o abdômen do filho, agiu sob as circunstâncias de um quadro de depressão crônica e sob o efeito de álcool, já que havia bebido há poucas horas antes da chegada do filho no apartamento dele, localizado entre os bairros do Tirol e Petrópolis.
Segundo a defesa, naquele ano, a região onde se localiza o apartamento estava sendo alvo de diversos assaltos e que, esse fato junto às condições físicas e clínicas, levaram o aposentado a disparar a arma, assim que abriu a porta da residência, mas, por acidente e precaução.
Desta forma, a Defesa pediu a desqualificação da pena, para que o médico não fosse levado ao Tribunal do Júri, por tentativa de homicídio doloso.
Vítima comparece ao julgamento
No entanto, a própria vítima, o advogado Waldemir Joaquim de Santana Junior, compareceu à Câmara Criminal e refutou os argumentos da defesa, reforçando na Câmara Criminal que foi mesmo vítima de uma emboscada, já que, segundo ele, o pai possui “um histórico de práticas delitivas”.
A Câmara Criminal, contudo, apreciou os argumentos da defesa e o desembargador Glauber Rêgo se disse “não convencido” e o desembargador Ibanez Monteiro ressaltou que cabe ao próprio Tribunal do Júri definir se haverá ou não desqualificação da pena.
TJRN
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