Esporte

Clóvis Emídio chuta o Pau da Barraca

O Blog do BG reproduz entrevista realizada por Gabriel Negreiros para o Jornal de Hoje e o site Fome de Gol com o ex-presidente Clóvis Emídio:

JORNAL DE HOJE: Clóvis, algumas vezes você citou que deixaria o clube se sentisse que estava prejudicando o América. Sua renúncia acontece por isso?

CLÓVIS EMÍDIO: Se eu represento um entrave, eu renuncio. Falei isso e acredito que atingi esse estágio. A prova disso é que tudo que era dinheiro pendente, provenientes a parcerias firmadas, agora vão surgir. Eu era um entrave, representava a negação da vontade de uma minoria. Permanecendo eu estaria interferindo no futuro do clube e sendo um empecilho na vida daqueles que pensam que são donos do América. Agora, não podemos deixar o América nas mãos de 5, 6 ou 7, que se dizem donos do clube. Tenho absoluta convicção que eles se pensam donos do América. Teve um que depois que tomou uns whiskys chegou a ousar dizer que o América era dos Rocha e dos Bezerra. E não é.

JH: Como assim, “dono do América”?

CE: Todo mundo queria impor alguma coisa. Jogadores, funcionários. Quando Zé Maria assumiu o América tinha entre 12 e 15 funcionários que não faziam nada. Tem vários exemplos de imposição de jogadores. Contrariei interesses e isso me prejudicou. A diferença é que quando eu penso no América, não penso em relação particular. Penso no América como o clube que eu amo. Politicamente eu penso contrário a esse grupo que vai assumir, mas vou me colocar a disposição para ajudar. Sei que não tenho a vivencia e perspicácia de outros, mas tenho muito a colaborar, porque eu penso no América. É isso que me move.

JH: Há vaidade?

CE: Não tenha dúvida. Há muita vaidade. A prova disso é que mesmo com a possibilidade desse grupo se unir em torno da salvação do América, como eles dizem, que vão salvar o América, a discórdia é uma marca entre eles. A prova disso é a escolha do treinador, que uns querem e outro não. Já começaram com discórdia até nessa formatação simples.

JH: Você cita na carta que a gestão de José Maria Figueiredo foi injustiçada e boicotada. Como isso aconteceu?

CE: Zé Maria foi por muito tempo cortejado para voltar a ser presidente. Por todos. Eu fui veículo disso várias vezes. Prometeram ficar juntos com ele e apoiar no que fosse necessário e foi por isso que ele aceitou. Quando ele decidiu ser o presidente impôs a condição de eu ser o vice. Com um mês depois começou o jogo de intrigas e imposições de vontade. Quando o América vislumbrou a possibilidade de fazer negócios com a sede social, agora você vai ver, essa negociação vai andar rapidamente, houve quem ousasse entrar com um projeto para tombar a sede social. Isso inviabilizaria a vida do clube para sempre. Só pelo fato de ser Zé Maria o presidente. Fecharia as portas do América. O clube ia sobreviver de que? Aquela sede social representa muito para o América. Você já imaginou alguém entrar com um projeto desses só para prejudicar?

JH: Esse projeto, o que acontece?

CE: Nós conseguimos brecar. Não há condições disso acontecer. O América tem sua vida financeira ligada ao patrimônio. Não podemos simplesmente tombar uma sede e perder o controle sobre ela.

JH: Você também foi boicotado?

CE: Quando eu falo em relação a mim, falo em relação à gestão. Sou uma continuidade de Zé Maria. Quando chegamos no América tinham pendurados cerca de 12 a 15 nomes que não faziam nada. Foi o famoso choque de gestão de Zé Maria que deixou todo mundo reclamando. Tiramos gente e modificamos uma estrutura que não poderia ser mantida pelo América. Tinham que ser eliminados esses custos. Tentamos implantar uma mentalidade empresarial. Ninguém estava tirando a quentinha de Baé, não é nada disso. Temos que buscar a rentabilidade financeira. Isso criou uma série de críticas. Funcionário que não da expediente, não pode ficar. O América não é INSS. Não pode um clube que vive à custa do esforço de alguns e abnegação da torcida bancar essa situação. Hoje a gente não admite que o poder público faça isso, porque o clube tem que fazer? Tiramos essas pessoas e o América continuou funcionando normalmente.

JH: Essa situação mudou hoje?

CE: Eu iria iniciar agora mais uma formatação. Há pessoas que insistem em não cumprir com as obrigações como empregado. Ficaram estagnados no tempo e não produzem. Estão descansados. Eu criei um organograma de cargos e isso foi uma confusão danada. Como posso dirigir uma empresa que tem três secretárias para uma cadeira? No ponto de vista administrativo, são coisas indispensáveis. Não tive tempo de fazer porque o sistema não deixou. O América não pode virar uma ilha de desmandos.

JH: O dinheiro falou mais alto?

CE: Não vai sair nenhum centavo do bolso deles. Só tem três pessoas que tem dinheiro empregado dentro do clube, que está contabilizado e está lá, nos documentos. José Maria Figueiredo, Carlos Theodorico Bezerra e Eduardo Serrano da Rocha têm dinheiro dentro do América. São empréstimos contabilizados na secretaria do clube. Qualquer outro que disser que tem dinheiro emprestado ao América foi por doação. Esses que citei há comprovação.

JH: Como será sua atuação no clube a partir de agora?

CE: Permanentemente vigilante. Um conselheiro mais atuante do que fui até então. Um sócio a disposição do América Futebol Clube para ajudar. Não vou criar obstáculos nem dificuldades. Não se faz política criando adversidades, como fizeram comigo. Farei isso construtivamente. Podem ter certeza, se os últimos anos foram marcados pela falta de oposição, agora o América tem. Não guardo rancor de quem atravessou o caminho da nossa gestão, mas vou lutar para que o torcedor participe das decisões do clube. Vou trabalhar para que o torcedor esteja mais presente nos quadros sociais. Precisamos democratizar.

JH: Você se considera injustiçado?

CE: Pela forma de me expressar as vezes fui mal compreendido. Acredito que em uma gestão tem que predominar a palavra do presidente, mas sempre conversava com todos. Mas não deixaria de tomar as atitudes que tomei. Jamais tomei uma decisão de cunho individual. Sempre submeti e me dobrei as evidencias, mesmo pensando de forma contrária, mas o consenso deveria prevalecer. O que não poderia permitir eram quatro ou cindo mandando no futebol, um da uma ordem de manhã e outro desfaz a tarde. Por isso que tinha que fazer prevalecer minha opinião em alguns momentos.

JH: Você pensa em um dia voltar a ser presidente?

CE: Eu alimento um ideal e citei na carta de renúncia. Assumir a presidência de forma precipitada e acidental. Não esperava ser nesse momento. A partir de agora vamos criar uma corrente no América que possamos administrar o clube de forma íntegra. E eu penso nisso sim em apoio com a torcida. Chegará o momento certo.

JH: O clube agora inicia um novo processo. Já está praticamente certo que Diá será o treinador, que João Maria Belmont estará no clube e que Paulinho Freire também terá interferência no futebol. Como você analisa essa conjuntura?

CE: Eu sempre defendi que o clube precisa ter parceria com empresários, com setores que sejam benéficos. Mas precisa ser claro e transparente. Não acredito que um cidadão como Paulinho Freire jamais se envolva em qualquer tipo negociação que prejudique o América. Pelo contrário, é um cidadão de bem, um político competente e que eu admiro. Um americano de verdade. Já não posso falar a mesma coisa em relação a Belmont e Diá. Eu disse que comigo Diá não trabalharia. Não enxergo Diá com condição para ser treinador de futebol. Ele não tem formação para isso. Várias atitudes dele o reprovam para assumir a direção técnica do América. Agora não me compete mais discutir isso. Torcerei pelo sucesso, se ele mesmo for o treinador.

JH: Você vai continuar indo aos jogos?

Logicamente. Sou torcedor. Venho das arquibancadas e lá estarei. A torcida tem que acreditar que essa mudança pode representar dias melhores. Eu vou a todos os jogos do América apoiar. Sou torcedor e estarei sempre junto. Essa agora é minha função. É impossível se pensar que poucos mudem o América, se querem mudanças, precisam jogar junto.

JH: Quer deixar um recado final?

CE: Gostaria muito de agradecer a todos que estiveram comigo. Todos os diretores que foram fiéis e estiveram presentes. São muitos os nomes que admiro e tenho respeito, a eles rendo todos os meus agradecimentos e mensagens. Seremos agora encorajadores das mudanças.

Opinião dos leitores

  1. Quando digo que o america é um time semi profissional e que vive de doações muita gente não gosta.agora o clovis trouxe tudo á tona …….e a fábrica de craque???? agora o tutu vai aparecer,,,,falcão teve sempre razão " A burguesia fede mas tem dinheiro prá comprar perfume".

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Lula diz que temor de corrupção faz países ricos evitarem enviar recursos para governos de países pobres

O presidente Lula disse nesta quarta-feira (17) que temor de corrupção faz países ricos evitarem enviar recursos para governos de países pobres. “Dão dinheiro para uma ONG deles”, completou.

“Foi assim no Haiti. 15 anos atrás, o único país que deu dinheiro vivo para o Haiti foi o Brasil, que deu US$ 40 milhões. Ninguém deu”, afirmou o presidente.

Metrópoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Trânsito

Desvio na BR-304 não ficará pronto dentro de prazo dito por ministro, admite Dnit; confira rotas alternativas

Foto: Roberta Trindade/TV Tropical

O desvio que está sendo construído na BR-304, no trecho onde a ponte foi destruída em Lajes, não ficará pronto dentro do prazo. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Rio Grande do Norte (Dnit-RN) admitiu a dificuldade em concluir o serviço nos 15 dias anunciados pelo ministro dos Transportes, Renan Filho.

Em nota, o departamento afirmou que “em virtude da forte incidência de chuvas na região, o cronograma pode ser revisto. O DNIT ressalta que está demandando todos os esforços para que a construção do desvio seja concluída até o final deste mês”. Nessa terça-feira (16), o trecho voltou a ficar completamente alagado.

A ponte caiu no dia 31 de março, Domingo de Páscoa, após as fortes chuvas que caíram na região. Na ocasião, cerca de 100 veículos e algumas pessoas ficaram ilhadas em trechos da BR-304. No dia 03 de abril, o ministro decretou emergência para agilizar a construção do desvio e da nova ponte no trecho.

“Em 15 dias estaremos com o desvio pronto. E vou ao Rio Grande do Norte junto com a governadora para inaugurá-lo. Nos próximos 15 dias, quero me preparar aqui para já anunciar o cronograma da construção emergencial da ponte, para que possamos restabelecer a BR-304 o mais rápido possível, de uma vez por todas, para o povo potiguar”, disse o ministro na oportunidade.

Confira as rotas alternativas

Sentido Natal – Mossoró: 

Rota 1:  BR 226, seguindo por Currais Novos e Jucurutu (via Florânia), até Triunfo Potiguar, pela RN 233 até Açu, acessando A BR 304, em direção a Mossoró.
Rota 2:  BR 406 até Macau, seguindo pela RN118, acessando a BR 304 (acesso no km 118, após o ponto de interdição), em direção a Mossoró.

Mossoró – Natal: 

Rota 3: Saindo pela BR 304 e acessando a RN 118 (acesso a Ipanguaçu), no sentido Macau- pegar BR 406, em direção a Natal.
Rota 4: BR 304, acessar RN 118 (acesso a São Rafael), via Jucurutu para BR 226
Rota 5: Sair pela BR 110 e pegar a BR 226 até Natal
Rota 6: Acesso ao município de Santana do Matos está ocorrendo através da BR 226, via Jucurutu. Trecho da RN 041, entre a cidade de Santana do Matos e a BR 304 está interditado desde a noite de ontem, quando a cheia de um rio danificou a cabeceira de uma ponte e abriu uma cratera da via estadual.

Portal da Tropical

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Laudo do IML não conclui se idoso chegou morto ao banco no Rio de Janeiro

Foto: reprodução

Um laudo de necrópsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) não conseguiu concluir se o idoso Paulo Roberto Braga morreu antes ou depois de chegar ao banco, onde foi levado em uma cadeira de rodas para sacar um empréstimo por Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, parente do idoso. O caso aconteceu na tarde da última terça-feira (16) em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

O perito do Instituto Médico Legal (IML) responsável pelo laudo diz que o óbito pode ter ocorrido entre 11h30 e 14h30, mas que não tem elementos seguros para dizer, do ponto de vista técnico e científico, que a vítima morreu no trajeto para a agência.

A morte, ainda segundo o laudo necroscópico, pode ter sido causada por broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca, compatível com a de um homem previamente doente.

Os peritos aguardam ainda resultados de exames toxicológicos para determinar se houve algum fator externo envolvido na morte, como alguma droga ingerida por Paulo, indicando um homicídio.

O caso

Os vídeos viralizaram nas redes sociais e mostram a mulher carregando o suposto tio em uma cadeira de rodas, tentando fazer ele assinar um documento para concretizar o saque de um empréstimo no valor de R$ 17 mil.

Nas imagens, é possível notar que os funcionários da agência bancária, ao desconfiarem do estado de saúde do homem, passaram a filmar a cena.

No vídeo, a mulher simula uma conversa com o tio e tenta, sem sucesso, fazer o parente segurar a caneta. “Se o senhor não assinar, não tem como, eu não posso assinar pelo senhor.”

Segundo o delegado responsável pelo caso, Fábio Luiz da Silva Souza, foi constatado que quando chegou na agência bancária para fazer o empréstimo, o homem já estava morto há algum tempo.

CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Educação

UFRN vai discutir calendário acadêmico somente após fim da greve

Foto: Igor Jácome/G1

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) confirmou, em publicação no seu site nesta quarta-feira (17), que mudanças no calendário acadêmico só vão ocorrer após o fim da greve. Ainda segundo a Instituição, os Colegiados Superiores decidirão sobre o tema.

O comunicado de deflagração de greve foi recebido pelo reitor da UFRN, José Daniel Diniz Melo, também nesta quarta-feira. A categoria decidiu pela suspensão por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (22)

A decisão veio após um plebiscito, onde 1.820 dos 2.396 docentes aptos a votar participaram. A consulta registrou 62,52% de votos favoráveis e 34,06% de votos contrários à deflagração da greve, com 3,40% de abstenções. O resultado foi formalizado em ata pela comissão responsável pelo plebiscito, na terça-feira (16).

Daniel Diniz contou que, no dia 12 de abril, em audiência com a Presidência da República, as instituições de ensino reforçaram a necessidade urgente de recomposição do orçamento, de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos e docentes, bem como de investimentos na assistência estudantil.

Além da recomposição do orçamento das Ifes, o Adurn-Sindicato tem como reivindicação o reajuste salarial linear para os servidores públicos federais de 7,06% em 2024, 7,06% em 2025, e 7,06% em 2026, totalizando 22,8%, e a reestruturação das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT).

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PEC DO QUINQUÊNIO: Comissão do Senado aprova PEC que turbina salário de juízes e promotores

Senadores reunidos na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) — Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) a proposta que turbina os salários de juízes, membros do Ministério Público, delegados da Polícia Federal, defensores e advogados públicos, a chamada PEC do Quinquênio.

A proposta foi aprovada por 18 votos a 7 e depende, agora, de avaliação pelo plenário do Senado. Segundo o relator e o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o Senado deve promover uma sessão de debates antes da votação.

A proposta altera a Constituição para garantir aumento de 5% do salário para as carreiras contempladas a cada cinco anos, até o limite de 35%. A atuação jurídica anterior dos servidores públicos —na advocacia, por exemplo— poderá ser usada na contagem de tempo.

A PEC original tratava apenas de juízes e membros do Ministério Público, mas o relator, senador Eduardo Gomes (PL-TO), incluiu defensores públicos; membros da advocacia da União, dos estados e do Distrito Federal; e delegados da Polícia Federal.

Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o Ministério da Fazenda estima impacto de R$ 42 bilhões por ano nas contas públicas, a depender do número de carreiras incluídas.

Apresentada em 2013, a PEC do Quinquênio voltou a ser alvo de articulação em 2022 durante a presidência de Luiz Fux no STF (Supremo Tribunal Federal) e recebeu apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que é advogado.

Pacheco tentou aprovar o penduricalho no fim do governo Jair Bolsonaro (PL), mas adiou a votação a pedido da equipe de Lula (PT), então recém-eleito. A PEC acabou arquivada ao final da legislatura, mas foi reapresentada pelo senador em março do ano passado.

A volta da PEC à agenda do Senado desagradou ao governo. Mesmo que a aprovação seja acompanhada do avanço do projeto que combate os supersalários, o gasto adicional com o penduricalho mais que anulará qualquer economia obtida.

Wagner expôs uma série de argumentos contrários à PEC na sessão desta quarta e disse que o quinquênio pode provocar um “tsunami” nas contas da União e dos estados.

O senador afirmou que a política é ruim do ponto de vista de gestão por conceder aumento automaticamente, sem considerar o desempenho do servidor público, e destacou que o alegado orçamento próprio do Judiciário é apenas um orçamento previsto —com recursos públicos.

“É um tsunami do ponto de vista das chamadas carreiras jurídicas. Isso vai ter impacto nos 26 estados e no Distrito Federal. Não me digam que isso está restrito, não ficará restrito. A pressão sobre os governadores será imensa, até porque há similitude entre o salário de desembargadores e ministros do Supremo.”

Um estudo do CLP (Centro de Liderança Pública) afirma que o pagamento do quinquênio apenas para juízes e membros do Ministério Público terá impacto de R$ 1,8 bilhão por ano nas contas públicas. Cerca de 32 mil pessoas seriam beneficiadas.

A Afipea (Associação dos Funcionários do Ipea) estima que, com a inclusão de advogados, defensores públicos e delegados da PF, o impacto chegará a R$ 9,9 bilhões anuais no caixa da União —sem considerar o gasto nos estados.

Questionado pela Folha na semana passada, Pacheco disse que a PEC do Quinquênio “constitui valorização, por tempo de magistratura, em razão das especificidades da carreira”, e reforçou que a proposta está “está associada” ao projeto de lei que tenta barrar os supersalários.

O projeto que limita os supersalários está parado na CCJ do Senado desde 2021, sem perspectiva de votação. Gomes, que também é relator do texto, disse à reportagem que é “politicamente difícil” avançar com os dois temas ao mesmo tempo.

“É isso que a gente está tentando [votar os dois]. Agora, não vai acontecer [como a dupla] Chitãozinho & Xororó [votação em conjunto]. A tramitação é diferente, mas o objetivo é que uma economia institucional seja feita”, afirmou o senador.

Folhapress

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Moraes visita o Senado e diz que “éramos felizes” quando não havia redes sociais

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Em meio ao embate entre o empresário Elon Musk e Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes disse que o mundo era mais feliz antes das redes sociais.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

PARNAMIRIM: O desconforto é grande com a candidatura de SALATIEL

Imagem: reprodução/TV Tropical

O clima não é bom para o candidato da situação em Parnamirim

Passados quase 30 dias da oficialização e do lançamento da pré-candidatura do comunicador Salatiel de Souza a prefeito de Parnamirim, com o apoio do grupo do prefeito Rosano Taveira, ninguém pega em lanças para defender seu projeto político, apesar de pontuar bem em algumas pesquisas.

A falta de sintonia entre secretários, cargos comissionados e parceiros políticos para começar a caminhada em favor do candidato de Taveira é quase total.

A rejeição ao nome do comunicador não é alta e visivel somente nas redes sociais mas também nos círculos internos do governismo parnamirinense.

O prefeito Rosano Taveira e seu grupo vão ter muito trabalho para unir as pessoas que atuam na gestão municipal em torno do projeto.

E não estou falando de Katia Pires e Wolney França, que mantém suas respectivas pré-candidaturas pelo União Brasil e PSDB.

Estou falando das pessoas que fazem parte da administração do Município mesmo e do círculo mais próximo ao prefeito.

O nome do prefeito é Rosano Taveira, mais nesse momento no caso de Salatiel, podemos chamá-lo de Hércules…. Tamanho é o desafio.

Se puxarmos para os grupos ideológicos, mesmo no PL de Bolsonaro e Rogério Marinho, tem direitista com os olhos revirados vendo Salatiel sendo o representante do segmento.

BG

Opinião dos leitores

  1. Não consigo aceitar essa atitude do Senador Rogério Marinho depôs de uma eleição fácil defendendo a direita e a seriedade na política ele vem querendo empurrar de goela abaixo dos eleitores do Bolsonarismo um forasteiro fixa suja. Eu sou patriota, fora fixa suja

  2. A ARROGÂNCIA de Taveira, é o que mais IMPACTA (contribui) para o seu alto grau de rejeição. Quem Taveira indicar como candidato, será derrotado. Fora Taveira.

  3. Entregar Parnamirim nas mãos de Salatiel é a pior obra de Taveira, uma mistura de Micarla com Maluf.

    1. Salatiel é o melhor nome, para a oposição pois com ele a Professora NILDA vence por W.O

    2. Estamos em apuros e dos grandes.

      Fátima consegue ser pior que todas as gestões anteriores e até pior que ela mesma, e é professora.

      Vem a Nilda que não tem perfil e muito menos qualidade para governar, além de ser PT que é um lixo.

      Imagina Fátima no Estado, Nathalia Lixo Malvides em Natala e a Nilda em Parnamirim, pronto fechou o caixão e o povo que vai sofrer ainda mais.

      Além de um bandido na República. Estamos bem prontos para esquecer de tudo que poderia melhorar para a população.

      Salatiel pode até não ser o cara ideal, mas não é PT, isto importa e muito. Mas há quem defenda o caos que já existe no país, no estado e ainda apoiam criar o caos elegendo PT em Natal e Parnamirim

  4. Eu voto em Parnamirim, sou de direita e não voto em Salatiel. Ele já se envolveu em corrupção e a gente não pode se enganar.
    Ele já mostrou o que é quando foi vereador em Natal.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Senado aprova isenção do imposto de renda para quem ganha até dois salários mínimos

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O Senado aprovou, nesta quarta-feira (17), em votação simbólica, o projeto de lei sobre a isenção do imposto de renda (IR) para quem ganha até dois salários mínimos.

Opinião dos leitores

    1. Satãnaro, ainda em 2018, prometeu isenção até 5 salários mínimos.
      Reajustou: 0 (zero)

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

PGR se manifesta a favor de queixa-crime apresentada ao STF por Jair Bolsonaro contra André Janones

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados/Edesio Ferreira/EM/D.A Press

A PGR (Procuradoria-Geral da República) enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma manifestação na qual defende que a Corte receba a queixa-crime apresentada por Jair Bolsonaro contra o deputado André Janones por calúnia e injúria após o parlamentar fazer postagens chamando o ex-presidente de “assassino”, “ladrãozinho de joias”, “miliciano ladrão de joias”, dentre outros.

Agora, o caso será analisado pela relatora, ministra Cármen Lúcia. “No caso, ao tratar o querelante por miliciano, ladrão de joias, bandido fujão e assassino e mencionar que ele matou milhares de pessoas na pandemia, o querelado, em tese, ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar material. O contexto parece completamente estranho ao debate político, associando-se apenas à intenção de atingir a pessoa contra quem as palavras foram dirigidas. Nessas condições, o Ministério Público Federal opina pelo recebimento da queixa-crime”, disse a PGR.

Segundo a PGR, a liberdade de expressão é direito individual de índole constitucional, porém, sem caráter absoluto. Não se presta, por isso, como escudo para a prática de infrações penais.

“Assim também a imunidade parlamentar material, cujo objetivo é assegurar o livre exercício da função pública, permitindo aos congressistas, no desempenho de seus cargos ou em razão deles, exprimir de forma livre quaisquer opiniões, palavras e votos”, disse.

Em janeiro desde ano, a ministra Cármen Lúcia solicitou saber o interesse dos dois na realização da audiência de conciliação em ação e não houve desejo das partes. O R7 entrou em contato com o parlamentar e aguarda manifestação.

R7

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Sicredi cresce 23,2% em ativos

Instituição financeira cooperativa manteve o ritmo de evolução e alcançou R$ 324,5 bilhões em ativos totais em 2023

Com atualmente 2,7 mil agências distribuídas em mais de duas mil cidades em todo o país, o Sicredi seguiu em ritmo forte de expansão em 2023, apresentando crescimento significativo em todos os seus principais indicadores. Os ativos da instituição financeira cooperativa totalizaram R$ 324,5 bilhões, aumento de 23,2%. Nos últimos cinco anos, o acrescimento dos ativos anos supera os 240%.

Indicador importante para mensurar o fomento do Sicredi às atividades econômicas de seus associados, a carteira de crédito registrou ampliação de 21,4%, chegando a R$ 210,5 bilhões. O recorte da carteira agro, que considera as operações de crédito rural, direcionados e a CPR, foi de R$ 83,4 bilhões, 24,2% a mais que em 2022. O saldo mantém o Sicredi como a segunda maior instituição financeira em concessão de crédito para o público agro no Brasil.

Já a carteira de crédito para pessoas jurídicas fechou 2023 em R$ 66,3 bilhões, aumento de 20,2% no ano. O saldo da carteira para pessoas físicas atingiu saldo de R$ 60,7 bilhões, alta de 19,1%. No ano passado, vale ressaltar, o Sicredi foi o principal agente repassador de recursos do BNDES, no total de R$ 8,2 bilhões (52% a mais que em 2022) em operações para pessoas físicas e jurídicas de micro, pequeno e médio porte, além de produtores rurais. A taxa de inadimplência registrada em dezembro foi de 2%, inferior à média verificada no Sistema Financeiro Nacional no mesmo período que foi de 3,2%.

“Temos o interesse genuíno em apoiar o crescimento dos nossos associados, sejam eles pessoas físicas, pessoas jurídicas ou produtores rurais. Por isso, somos movidos por conhecer de perto e valorizar as histórias de cada um e das regiões onde atuamos, criando relacionamentos que promovem o desenvolvimento e geram prosperidade”, explica César Bochi, diretor presidente do Banco Cooperativo Sicredi.

O resultado líquido do Sicredi em 2023 foi de R$ 6,9 bilhões, um aumento de 16,5% em relação a 2022. A partir deste resultado, R$ 2,9 bilhões serão distribuídos diretamente aos associados em conta corrente, poupança ou capital social. Esta distribuição é um dos diferenciais do modelo de negócio do Sicredi, feita por cada uma das 104 cooperativas de crédito da instituição.

Além do valor distribuído diretamente aos associados a partir do resultado líquido, R$ 344,7 milhões foram direcionados para o Fundo Social Sicredi que investe em projetos voltados ao desenvolvimento social e para o Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (FATES), que tem como finalidade apoiar associados, colaboradores e a comunidade em geral. Como as cooperativas de crédito não visam o lucro, o restante do resultado é direcionado para obrigações como Reserva Legal (R$ 3,4 bilhões) e Reserva de Expansão (R$ 145,7 milhões).

O patrimônio líquido registrado foi de R$ 37 bilhões, representando uma elevação de 22,4%. Já em depósitos totais e captações, no ano passado, houve um crescimento de 23,7%, chegando a R$ 229,7 bilhões, que incluem depósitos à vista e a prazo, interfinanceiros e poupança, além de captação em LCA (Letra de Crédito do Agronegócio), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e Letras Financeiras.

Relacionamento próximo – Após a consolidação da sua presença em todos os estados brasileiros no ano de 2022, o Sicredi deu continuidade à expansão da sua rede de atendimento físico. Somente no último ano, foram 224 novas agências e 162 novas cidades com atendimento presencial. Atualmente, o Sicredi tem mais de 2,7 mil agências em dois mil municípios, sendo que em mais de 200 deles é a única instituição financeira fisicamente presente.

Indicador de benefício econômico – O desempenho das cooperativas de crédito no Brasil também é medido por índice de benefícios econômicos, com base em metodologia do Banco Central (BC). No ano passado, o Sicredi atingiu ainda um marco significativo de R$ 23,5 bilhões de Benefício Econômico Total (BET) aos seus associados, um aumento de 13% em relação ao ano anterior. O valor representou uma economia média de R$ 3.119,91 para cada um dos seus 7,5 milhões de associados em 2023.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *