Os 79.052 ingressos para assistir à final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha estão esgotados, pelo menos no site da Fifa.
Quem quiser ver a decisão do torneio ainda tem chance de conseguir um ingresso, mas tem de estar disposto a desembolsar muito dinheiro e a enfrentar o risco de ser barrado na porta do Maracanã.
Os aventureiros podem encontrar ofertas de ingressos não autorizados em sites, com preços que variam entre R$ 1.000 e R$ 19.000.
No Mercado Livre, ingressos que custavam oficialmente R$ 220 são vendidos a partir de R$ 1.000. Um homem, que se identificou como Emerson e mora no Rio, vende dois por R$ 2.000.
Em São Paulo, uma mulher que se identificou como Adriana oferece ingresso a R$ 1.800. O bilhete, dado por um patrocinador do evento, traz a identificação “convidado”.
“O meu é promocional, ganhei da Sony Entretenimento”, diz Adriana. “Se você for comprar, só aconselho que negocie para receber em mãos, tem gente que pode te mandar um envelope vazio.”
Como a Fifa vendeu as entradas nominais por seu site, quem comprou era obrigado a apresentar documento de identidade na retirada em pontos autorizados.
Mas não foi o que ocorreu com um homem que se identificou como Luiz. “Retirei o meu no [aeroporto do] Galeão e não me pediram nem o RG, só o código da compra. E, na porta do estádio, ninguém olha se é seu nome”, diz Luiz.
HOSPITALIDADE
A Fifa também vendeu os ingressos “hospitality”. Para a final, os pacotes –com serviços de bar, de manobrista e brindes–, vendidos por R$ 9.000, estão esgotados.
O site Viagogo, porém, ainda vende pacotes por mais de R$ 19.000. Na página, o cliente é advertido de que “está comprando ingressos de terceiros” e que “o Viagogo não é o vendedor do ingresso”.
Em seu site, a Fifa informa que “a revenda de ingressos de eventos esportivos a um preço superior ao indicado no ingresso é proibida”.
O Estatuto do Torcedor estabelece pena de um a dois anos para quem vende ingressos com preços superiores ao valor oficial.
Procurada, a Fifa solicitou que a reportagem enviasse perguntas por e-mail, mas não as respondeu até a conclusão desta edição.
Da Folha
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